SEJAM TODOS MUITO BEM VINDOS

Aqui é o templo sagrado, em que nos permitimos desfrutar o contemplar da Vida, do Amor, da Alegria, do Perdão, da Gratidão, da Felicidade Plena, da verdadeira Paz ... tudo de bom. Navegue à vontade, deleite-se e se entregue plenamente com todo seu Ser. Um cantinho de amor, realizado para todos nós.

QUEM SOU EU?

EU sou presença Divina da Paz. Eu sou o EU

EU sou presença Divina da Luz. Eu sou o EU

EU sou presença Divina do Amor. Eu sou o EU

EU sou presença de Deus em ação. Eu sou o EU

EU sou a porta aberta do meu coração, que, nada, nem ninguém pode fechar. Eu sou o EU.

terça-feira, 24 de março de 2015

5 VENENOS BRANCOS - SAIBA COMO ELES DESTROEM A SUA SAÚDE


Em nosso cotidiano, muitas vezes ingerimos alguns alimentos simplesmente por costume ou tradição dos nossos pais. De repente, por consequência desse tipo de consumo, doenças como diabetes, colesterol, obesidade, aparecem e os hábitos alimentares precisam ser mudados radicalmente.
Estes alimentos devem ser chamados de “venenos”, porque além do pouco valor nutricional podem ser prejudiciais e muitas vezes fatais para a nossa vida.
Conheçam os venenos.
1) Açúcar refinado.
Não pode ser considerado como um alimento e sim uma substância química.
A adição de cal, dióxido de carbono, sulfato de cálcio e ÁCIDO SULFÚRICO, faz com que o produto não tenha proteínas, vitaminas, minerais, enzimas, fibras, sem gorduras, ou seja, não tem nenhum benefício para o consumo humano.isso mesmo!
2) Sal de cozinha refinado.
Desde que a indústria decidiu converter cloreto de sódio em sal qualquer semelhança entre o sal que consumimos agora e sal natural é inexistente. De um alimento que foi considerado “ouro puro”, porque possuía todos os 84 elementos necessários para a sobrevivência na proporção exata em que o corpo precisa, passou a ser “veneno puro”. Poucas pessoas sabem que a composição do sangue humano é praticamente idêntica à salmoura o “mar primitivo”.
3) Farinha refinada.
Quanto mais fina e branca for a farinha, menos fibras,vitaminas e minerais. Pão branco, pão de farelo, pães doces não contêm vitaminas ou minerais. Os pães mais recomendados são o pão de centeio e pão de trigo integral. Os tratamentos químicos para a produção da farinha refinada resultam na formação de uma substância chamada alloxan-1, veneno utilizado em pesquisas médicas para a produção de diabetes em ratos saudáveis.
4) Arroz refinado.
Cientistas descobriram que aqueles que comiam cinco ou mais porções de arroz branco por semana tinham 17% mais chances de desenvolverem diabetes do que aqueles que comiam menos de uma porção por mês.

5) Leite de vaca pasteurizado.

A pasteurização do leite destrói bactérias benéficas, rompe todas as cadeias proteicas e destroem as enzimas essenciais para a absorção de nutrientes. É considerada a principal causa de alergias em crianças, de acordo com a Academia de Alergia, Asma e Imunologia Estados Unidos. E o leite também é rico em gordura saturada e colesterol. Alguns estudos, inclusive relacionado ao diabetes e até osteoporose, porque devido a ser pobre em magnésio, os ossos deixam de absorver o cálcio.

Diminua e retire esses venenos da sua alimentação e viva mais. Existem opções maravilhosas que substituem como sal marinho natural,sal rosa do Himalaia, o açúcar mascavo, açúcar demerara, calda de agave, farinha de trigo integral, arroz integral e leites vegetais.

segunda-feira, 23 de março de 2015

NAMASTÊ

Dentro de mim
Dentro de você
Tem uma luz
Que ninguém vê
Luz que nos faz viver

No mar sem fim
Nas cores do céu
Há uma certeza
Há um porquê
Uma razão de ser

Bem diante dos olhos
No meio de tudo
O infinito me faz perceber
Deus cá em mim
Deus em você
Eu te saúdo, Namastê!

Fonte  por Plinio Oliveira

sábado, 21 de março de 2015

DOIS GRANDES LOBOS

Existe uma antiga história dos índios cherokee sobre o cacique de uma grande aldeia. Um dia, o cacique decidiu que era hora de orientar o seu neto favorito sobre a vida. Ele o levou para o meio da floresta, fez com que se sentasse sob uma velha árvore e explicou, “Filho, existe uma batalha sendo travada dentro da mente e do coração de todo ser humano que vive hoje. Embora eu seja um velho e sábio cacique, o líder da nossa tribo, essa mesma batalha é travada dentro de mim. Se você não souber dessa batalha, ela o fará perder o juízo. Você nunca saberá que direção tomar. As vezes vencerá na vida e, depois, sem entender o porquê, perceberá que está perdido, confuso, com medo, arriscado a perder tudo o que trabalhou tanto para ganhar. Você muitas vezes achará que está fazendo a coisa certa e depois descobrirá que fez as escolhas erradas. Se você não entender as forças do bem e do mal, a vida individual e a vida coletiva, o verdadeiro eu e o falso eu, você viverá a vida todo num grande tumulto.
“E como se existissem dois grandes lobos vivendo dentro de mim; um é branco e o outro é preto. O lobo branco é bom, gentil e não faz mal a ninguém. Ele vive em harmonia com tudo à sua volta e não se ofende se a intenção não era ofender. O lobo bom, sensato e certo de quem ele é e do que é capaz, briga apenas quando essa é a coisa certa a fazer e quando precisa se proteger ou à sua família, e mesmo então ele faz isso da maneira certa. Ele toma conta de todos os outros lobos da matilha e nunca se desvia da sua natureza.
“Mas existe o lobo preto também, que vive dentro de mim, e esse lobo é bem diferente. Ele é ruidoso, zangado, descontente, ciumento e medroso. Basta uma coisinha para que ele se encha de fúria. Ele briga com todo mundo, o tempo todo, sem nenhuma razão. Ele não consegue pensar com clareza, porque a sua ganância para ter sempre mais e a sua raiva e a sua ira são grandes demais. Mas trata-se de uma raiva infrutífera, filho, porque ela não muda nada. Esse lobo só procura confusão aonde quer que vá, e por isso sempre acaba achando. Ele não confia em ninguém, por isso não tem amigos de verdade.”
O velho cacique ficou sentado em silêncio durante alguns minutos, deixando que a história dos dois lobos penetrasse na mente do jovem neto. Então ele lentamente se curvou, olhou fixamente nos olhos do menino e confessou, “As vezes, é difícil viver com esses dois lobos dentro de mim, pois eles brigam muito para dominar o meu espírito”.
Cativado pela história do ancião sobre essa grande batalha interior, o menino puxou a tanga do avô e perguntou, ansioso, “Qual dos dois lobos vence, vovô?” E com um sorriso cheio de sabedoria e uma voz firme e forte, o cacique diz, “Os dois, filho. Veja, se eu escolho alimentar só o lobo branco, o preto ficará à espreita, esperando o momento em que eu sair do equilíbrio ou ficar ocupado demais para prestar atenção às minhas responsabilidades, e então atacará o lobo branco e causará muitos problemas para mim e nossa tribo. Ele viverá sempre com raiva e brigará para atrair a atenção pela qual tanto anseia. Mas, se eu prestar um pouquinho de atenção no lobo preto, compreendendo a sua natureza, se reconhecê-lo como a força poderosa que ele é e deixá-lo saber que eu o respeito pelo seu caráter e o usarei para me ajudar se um dia eu ou a tribo estivermos em apuros, ele ficará feliz, e o lobo branco ficará feliz também, e ambos vencerão. Todos venceremos”.
Sem entender direito, o menino perguntou,
“Não entendi, vovô.
Como os dois lobos podem ganhar?”
O cacique continuou a explicação:
“Veja, filho, o lobo preto tem muitas qualidades importantes de que eu posso precisar, dependendo das circunstâncias. Ele é feroz, determinado, e não se deixará subjugar nem por um segundo. Ele é inteligente, astuto e capaz dos pensamentos e estratégias mais tortuosos, o que é importante em tempos de guerra. Ele tem os sentidos aguçados e superiores que só aqueles que olham através da escuridão podem apreciar. Em meio a um ataque, ele poderia ser o nosso maior aliado”.
O cacique então tirou da sua bolsa alguns pedaços de carne defumada e colocou-os no chão, um à direita e o outro à esquerda. Ele apontou para a carne e disse,
“À minha esquerda está a comida para o lobo branco e à minha direita está a comida para o lobo preto. Se eu optar por alimentar os dois, eles não brigarão mais pela minha atenção, e eu poderei utilizar cada um deles como precisar. E como não haverá guerra entre eles, poderei ouvir a voz da minha sabedoria profunda e escolher qual dos dois pode me ajudar melhor em cada circunstância. Se a sua avó quer uma carne para fazer uma refeição especial e eu não cuidei disso como deveria, posso pedir para o lobo branco me emprestar a sua magia e consolar o lobo preto da sua avó, que estará zangada e faminta. O lobo branco sempre sabe o que dizer e me ajudará a ser mais sensível às necessidades dela. Veja, filho, se você compreender que existem duas grandes forças dentro de você e respeitar a ambas igualmente, as duas sairão ganhando e haverá paz. A paz, meu filho, é a missão dos cherokees – o propósito supremo da vida. Um homem que tem paz dentro de si tem tudo. Um homem dividido pela guerra em seu íntimo não tem nada.
Você é um jovem que precisa escolher como vai lidar com as forças opostas que vivem no seu interior. A sua decisão determinará a qualidade do resto da sua vida. E quando um dos lobos precisar de atenção especial, o que acontecerá às vezes, você não terá do que se envergonhar; poderá simplesmente admitir isso para os anciãos e conseguirá a ajuda de que precisa. Quando isso for de conhecimento público, aqueles que já travaram essa mesma batalha podem oferecer-lhe a sua sabedoria”.
Essa história simples e pungente explica como é a experiência humana. Cada um de nós está em meio a uma batalha contínua, em que as forças da luz e da escuridão competem pela nossa atenção e pela nossa submissão. Tanto a luz quanto a escuridão habitam dentro de nós ao mesmo tempo. Verdade seja dita: existe uma matilha inteira de lobos dentro de nós – o lobo amoroso, o lobo bondoso, o lobo esperto, o lobo sensível, o lobo forte, o lobo altruísta, o lobo generoso e o lobo criativo. Junto com esses aspectos positivos existem o lobo insatisfeito, o lobo ingrato, o lobo autoritário, o lobo desagradável, o lobo egoísta, o lobo indecente, o lobo mentiroso e o lobo destrutivo. Todo dia temos a oportunidade de reconhecer todos esses lobos, todas essas partes de nós mesmos, e escolher como iremos nos relacionar com cada um deles. Será que continuaremos condenando alguns e fingindo que eles não existem ou vamos tomar posse de toda a matilha?
Por que sentimos a necessidade de negar a matilha de lobos que vive em nós? A resposta é fácil. Ou achamos que ela não existe ou que não deveria existir. Tememos que, se admitirmos todos os diferentes eus que ocupam espaço na nossa psique, de algum modo seremos rotulados de esquisitos, diferentes, prejudiciais ou psicologicamente fragmentados. Achamos que devemos ser pessoas boas e “normais”, dentro das quais só mora um único eu. Mas existem muitos eus e a recusa em entrar em acordo com eles é um grave erro – que nos levará a cometer atos estúpidos e temerários de autossabotagem.
Eis o grande segredo: existem muitos eus contidos dentro do nosso “eu”, pois dentro de cada um de nós existem todas as qualidades possíveis. Não há nada que possamos ver e nada que possamos julgar que não exista dentro de nós. Todos somos luz e escuridão, santos e pecadores, pessoas adoráveis e abomináveis. Somos todos gentis e calorosos, mas também frios e cruéis. Dentro de você e dentro de mim existem todas as qualidades conhecidas pela espécie humana. Embora possamos não estar conscientes de todas as qualidades que possuímos, elas estão adormecidas dentro e nós e podem despertar a qualquer momento, em qualquer lugar. A compreensão disso nos permite entender por que todos nós, que somos “bons”, somos capazes de fazer coisas ruins e, mais importante, por que às vezes nos tornamos os nossos piores inimigos.

FONTE Baseado em: “Como entender o efeito sombra em sua vida” de Debbie Ford.

quinta-feira, 19 de março de 2015

SOMOS SERES ESPIRITUAIS A VIVER UMA EXPERIÊNCIA HUMANA




“Somos seres espirituais a viver uma experiência humana e não seres humanos a ter uma experiência espiritual”

Uma frase simples e quase verdadeira que muitos não a entenderão assim, pois não reconhecem a sua eternidade como seres espirituais que são. Toda esta questão começa com a simples pergunta:

Quem sou eu?

Ao tentarmos responder buscamos a continuidade do nosso Ser e começamos a descobrir que tudo o que percebemos é descontínuo ou seja: Começa e acaba. Reparem que, por exemplo, quando nos tentamos identificar com o corpo deparamo-nos com a morte das células de uma forma cíclica e mesmos o aglomerado celular do nosso corpo nasce, cresce, envelhece e morre. O Corpo é um dos nossos veículos de expressão na materialidade. É impossível identificarmo-nos com o nosso corpo pois isso seria a mesma coisa que dizermos que somos o nosso carro quando de facto somos apenas aquele que viaja nele.

Na mente residem pensamentos que começam e acabam e que se interligam como as pequenas células se interligam no nosso corpo físico para formar o órgão. Na mente o fluxo de pensamentos permite-nos raciocinar, resolver, criar, relacionar… tem memórias que se interligam formando corpos mentais tais como: crenças, conhecimento, mitos, etc. Na prática a nossa mente não é mais do que mais um veículo da nossa expressão da criação na fisicalidade.

Outros dos aspectos associados aos nossos pensamentos são as emoções. Esses ainda são mais subtis… um facto ou um pensamento podem nos emocionar de determinada forma e no momento seguinte, os mesmos pensamentos e os mesmos fatos, podem-nos emocionar de forma completamente diferente. Tal como os pensamentos, as emoções também começam e acabam. As emoções interligam-se permitindo-nos vivenciar sentimentos e aglomeram-se constituindo corpos emocionais. Um dos exemplos é o nosso corpo de dor, aquele que se deixa hipnotizar por imagens de dor e sofrimento. Por isso, estes corpos emocionais são também eles veículos da nossa expressão da nossa vivência neste mundo material.

Nesta incrível busca do contínuo e presente que nos possa identificar chegamos à energia que anima os diversos corpos percebidos e não percebidos. Esta chama de consciência universal que tende a encontrar individualidade na fisicalidade mas que é igual na essência de cada Ser Humano. É a chispa da Divindade em nós. É a pequena parcela da consciência e energia universal que nos habita. A esta presença que detectamos sutilmente em nós chamamos de espírito, aquele que simplesmente observa e que não pensa, não se emociona, não objeta, não critica e não julga.

Essa parcela de energia consciencial existente no mais profundo vazio de nós é eterna, não envelhece, não cresce nem se altera. Por isso o tempo não é referência e muito menos é o espaço.

Esta é a energia que nos anima desde a fecundação do óvulo de nossa mãe e que habita em nós, até à hora da nossa morte, libertando-se de seguida e reunindo-se à luz cósmica, se não levar consigo as memórias dos apegos e das cargas emocionais que em si cristalizaram. No momento em que nos libertamos dos nossos corpos deixamos de ser seres humanos encarnados para passarmos a ser pessoas espíritos até nos despirmos de toda a individualidade.

A tomada de consciência deste simples facto, transforma a morte apenas num portal que nos transporta para uma outra dimensão e que nos proporciona o retorno a casa e ao nossos estado mais natural que é o de sermos seres espirituais unidos e em comunhão com Mãe/Pai que TUDO é.

Como seres espirituais eternos que somos, os meros 80 anos confinados a uma fatiota biológica proporciona-nos a capacidade de criar na fisicalidade, expressando-nos não só em obras e ações espantosas mas também em pensamentos e emoções que integram uma imensa energia em evolução e expansão.

Tal como se deu o BIG BANG para a matéria no nosso Universo de LUZ também se deu o BIG BANG da Consciência divina que se mantém através de nós em evolução e expansão.

Sim… nós somos de fato Seres espirituais que escolheram viver uma experiência Humana na Fisicalidade. No entanto e nessa condição todos nós procuramos viver cada vida como vivemos a nossa eternidade, ou seja, como uma experiência espiritual.

Resta-nos uma pergunta sobre o que afinal nós somos: O que são 80 anos perante a eternidade?

Fiquem bem...  (A Mónada)



quarta-feira, 18 de março de 2015

A POSIÇÃO DO EGO

Praticamente tudo o que fazemos é um ato do Ego. Quando quer ajudar outros, quando quer sentir-se especial, quando tem razão, quando sofre, quando critica, quando se queixa, quando tudo parece estar mal na sua vida, quando os outros não agem como espera, quando vê estupidez ou inteligência, quando comenta algo. Sempre o Ego em ação.


Já alguma vez viu uma daquelas pessoas loucas na rua, que falam em voz alta com elas próprias? Parece que estão a falar com alguém, mas não há mais ninguém. Pensamos que são loucas.

A ironia é que nós fazemos exatamente a mesma coisa! Só não falamos em voz alta, mas a vozinha que não se cala... Essa está sempre presente e sempre a tagarelar. Chama-se Ego. No fundo todos somos loucos. Desperdiçamos o momento presente para pensar no passado ou no futuro. O problema é que não há passado nem futuro: apenas o momento presente.

Há alguns dias estava com uma pessoa amiga que se queixava ininterruptamente. A sua vida estava um caos. Nada corria bem. Sentia-se só e abandonada, deprimida, angustiada... Sem me aperceber do que estava a fazer limitei-me a sorrir, sem dizer uma palavra. Foquei a atenção no Ser. Na verdade comecei por focar a atenção na sensação da minha respiração. Inspirava e expirava calma e profundamente. Depois foquei a atenção na sensação dos meus órgãos internos, nas minhas mãos, nos pés. E ela falava, e queixava-se, e chorava. A dada altura dei por mim a rir-me! Não conseguia parar de rir! Não me perguntem porquê. Para mim é relativamente fácil rir. Mas rir-me sem ter consciência de o estar a fazer, sem qualquer esforço, isso foi novidade.

A minha amiga calou-se uns segundos. E depois começou a rir-se também! A única coisa que dizia era “Isto não tem importância, pois não?!” E ria-se.

Algo semelhante aconteceu ontem à noite. Um meu querido amigo estava à beira das lágrimas, com um peso enorme no peito e um sofrimento emocional incalculável. Não sei o que passou pela minha cabeça, só me lembro de começar a rir. E este meu amigo, sem compreender porquê, começou a chorar. O choro transformou-se em riso e depois em gargalhadas! Como se de repente nada fosse assim tão importante.

Os nossos problemas, as situações dramáticas, são jogos do Ego. Incapaz de aceitar a sua mortalidade e com muito medo de ser descoberto, cria as situações mais inacreditáveis! E depois diz coisas como “porque ME fizeram isto a mim?!”

Preste muita atenção! Quando pensa algo como “porque ME acontece isto”, a quem é que se está a referir? Quem é o “mim”? Alguma vez se perguntou isto? A sensação de haver duas pessoas na sua mente? A verdade é que há duas pessoas: o Ego e o Ser. O Ser é a consciência acima do “porque ME acontece isto”. 

O Ego é aquela vozinha que nos foi incutida desde muito jovens. A vozinha que quer ter razão, que necessita sentir-se superior ou inferior aos outros, que nunca se cala, que compara tudo, que analisa e compreende (e fica revoltada quando não compreende!).

O Ser é algo muito acima do Ego. O Ser aceita e não coloca rótulos. Para descobrir o Ser em si faça algo no presente sem colocar um rótulo. Eckhart Tolle ensina uma forma fácil de estar no presente. Pergunte-se a si mesmo “Ainda estou a respirar?”. Ao efetuar esta pergunta a sua atenção é focada na respiração e, por conseguinte, no momento presente. Faça-se esta pergunta muitas vezes ao longo do dia. Sinta o ar a entrar dentro de si, os pulmões a dilatar, a sensação de bem-estar produzida pelo ar e o relaxamento muscular enquanto exala.

Pode ainda estar presente descrevendo mentalmente o que está a fazer. Por exemplo “Eu agora estou a caminhar. Sinto a sensação do toque das calças nas pernas, sinto o piso debaixo dos meus pés. Primeiro um pé para a frente, depois o outro. Caminho agora.”

O Ego irá perguntar-lhe algo como “qual o objetivo desta conversa?!” Isto é uma questão típica do Ego. O Ego quer ter objetivos, para poder focar a atenção no futuro, na realização do objectivo, na insatisfação de nunca estar completo. Mas o objectivo desta conversa é precisamente estar presente. E quando estamos presentes o Ego não pode existir.

Já alguma vez reparou que quando está com alguém, no primeiro instante que vê a outra pessoa, a sua mente cria um rótulo? A outra pessoa tem um casaco feio. Ou está triste. Ou é muito alta. Ou está doente. Ou é i*****. Ou é chata. Ou é inteligente. Ou é...

A partir do momento que cria um rótulo será incapaz de sentir a outra pessoa. Irá julgá-la até ao fim. É esse o objectivo do Ego. E porque faz isto? Para se sentir inferior ou superior, com razão, claro!

A melhor maneira de impedir o Ego de colocar rótulos sobre os outros é começar a não colocar rótulos sobre outros seres. Por exemplo, delicie-se a observar uma planta, árvore, flor, animal, sem lhe dar um nome. Limite-se a sentir a sua presença. O seu Ser. Em vez de olhar para um pinheiro, sinta a árvore Ser. Verá que ao fim de uns dias é capaz de fazer o mesmo em relação ás pessoas à sua volta.

O sofrimento é mais um jogo do Ego. Todos temos uma história para justificar o ‘nosso’ sofrimento. E acabamos por acreditar na história e transportar o sofrimento connosco para onde quer que vamos. A verdade é que nós não somos o sofrimento. O sofrimento é apenas um aspecto de quem somos enquanto seres limitados. Se neste momento sofre (estou a falar de dor física), faça o seguinte:

Em primeiro lugar reconheça que você não é a sua doença. Pare de falar na doença quando está com outros. Peça ás pessoas que conhece que não lhe perguntem nem mais uma vez sobre o seu estado de saúde! Este passo é importante. (E é claro que o Ego não vai gostar mesmo nada! Como se atreve a não querer falar da MINHA doença?!) depois foque a sua atenção nas partes do seu corpo onde consegue sentir bem-estar. Pode ser apenas na cartilagem da orelha esquerda! Não se preocupe. Procure apenas a parte física de si onde consegue sentir bem-estar. Um sentimento de estar vivo e saudável. Para ultrapassar a dor tem que se render a essa dor. Aceite a dor. Sem qualquer emoção afirme algo como “ok, dor no braço, estás aí. Quando te cansares de estar aí tens toda a liberdade para partir.” Se a sua mente começar a queixar-se da dor então terá dois níveis de dor, em vez de apenas o nível físico da dor, irá ter que lidar com a dor ao nível da consciência. Mantenha a atenção nas partes do corpo onde encontra bem-estar. Comece por respirar calma e profundamente e depois pergunte-se “quem sou eu”?... Não responda à pergunta! Deixe que a resposta surja do nada.

Se está deprimido, saiba que a parte de si deprimida não é quem você é. Pondere esta questão: quem é o observador da sua depressão?

O que escolhe agora: ter razão ou ter paz? Não pode ter ambos. A escolha é sua.

Eu tinha o hábito de perguntar aos meus clientes, por forma a descobrir a causa do seu sofrimento, algo como “se não tivesse este problema, o que mudaria na sua vida”?

Descobri que este tipo de questão reforça ainda mais o Ego. Então agora pergunto apenas: “está pronto para acordar?” – esta questão significa apenas uma coisa: está pronto para descobrir os jogos do seu Ego? Está pronto para deixar partir todo o lixo emocional que carrega ás costas? Está pronto para aceitar o momento presente apenas?

E se alguma pessoa não está pronta para acordar, não há qualquer problema. Não gasto o meu tempo e energia e deixo-a simplesmente ser em vez de Ser.

Para si, desejo-lhe apenas que se permita tomar consciência dos jogos do Ego. Observe-se. Sempre que algo o afetar emocional ou mentalmente, saiba que é o Ego, não é o Ser. O Ser não precisa nunca de ter razão. O Ser não precisa de sofrer. O Ser não precisa de se sentir especial. O Ser simplesmente É.

Observe-se.

Hari Om Tatsat Jai Guru Datta    Emídio Carvalho