SEJAM TODOS MUITO BEM VINDOS

Aqui é o templo sagrado, em que nos permitimos desfrutar o contemplar da Vida, do Amor, da Alegria, do Perdão, da Gratidão, da Felicidade Plena, da verdadeira Paz ... tudo de bom. Navegue à vontade, deleite-se e se entregue plenamente com todo seu Ser. Um cantinho de amor, realizado para todos nós.

QUEM SOU EU?

EU sou presença Divina da Paz. Eu sou o EU

EU sou presença Divina da Luz. Eu sou o EU

EU sou presença Divina do Amor. Eu sou o EU

EU sou presença de Deus em ação. Eu sou o EU

EU sou a porta aberta do meu coração, que, nada, nem ninguém pode fechar. Eu sou o EU.

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quarta-feira, 18 de março de 2015

A POSIÇÃO DO EGO

Praticamente tudo o que fazemos é um ato do Ego. Quando quer ajudar outros, quando quer sentir-se especial, quando tem razão, quando sofre, quando critica, quando se queixa, quando tudo parece estar mal na sua vida, quando os outros não agem como espera, quando vê estupidez ou inteligência, quando comenta algo. Sempre o Ego em ação.


Já alguma vez viu uma daquelas pessoas loucas na rua, que falam em voz alta com elas próprias? Parece que estão a falar com alguém, mas não há mais ninguém. Pensamos que são loucas.

A ironia é que nós fazemos exatamente a mesma coisa! Só não falamos em voz alta, mas a vozinha que não se cala... Essa está sempre presente e sempre a tagarelar. Chama-se Ego. No fundo todos somos loucos. Desperdiçamos o momento presente para pensar no passado ou no futuro. O problema é que não há passado nem futuro: apenas o momento presente.

Há alguns dias estava com uma pessoa amiga que se queixava ininterruptamente. A sua vida estava um caos. Nada corria bem. Sentia-se só e abandonada, deprimida, angustiada... Sem me aperceber do que estava a fazer limitei-me a sorrir, sem dizer uma palavra. Foquei a atenção no Ser. Na verdade comecei por focar a atenção na sensação da minha respiração. Inspirava e expirava calma e profundamente. Depois foquei a atenção na sensação dos meus órgãos internos, nas minhas mãos, nos pés. E ela falava, e queixava-se, e chorava. A dada altura dei por mim a rir-me! Não conseguia parar de rir! Não me perguntem porquê. Para mim é relativamente fácil rir. Mas rir-me sem ter consciência de o estar a fazer, sem qualquer esforço, isso foi novidade.

A minha amiga calou-se uns segundos. E depois começou a rir-se também! A única coisa que dizia era “Isto não tem importância, pois não?!” E ria-se.

Algo semelhante aconteceu ontem à noite. Um meu querido amigo estava à beira das lágrimas, com um peso enorme no peito e um sofrimento emocional incalculável. Não sei o que passou pela minha cabeça, só me lembro de começar a rir. E este meu amigo, sem compreender porquê, começou a chorar. O choro transformou-se em riso e depois em gargalhadas! Como se de repente nada fosse assim tão importante.

Os nossos problemas, as situações dramáticas, são jogos do Ego. Incapaz de aceitar a sua mortalidade e com muito medo de ser descoberto, cria as situações mais inacreditáveis! E depois diz coisas como “porque ME fizeram isto a mim?!”

Preste muita atenção! Quando pensa algo como “porque ME acontece isto”, a quem é que se está a referir? Quem é o “mim”? Alguma vez se perguntou isto? A sensação de haver duas pessoas na sua mente? A verdade é que há duas pessoas: o Ego e o Ser. O Ser é a consciência acima do “porque ME acontece isto”. 

O Ego é aquela vozinha que nos foi incutida desde muito jovens. A vozinha que quer ter razão, que necessita sentir-se superior ou inferior aos outros, que nunca se cala, que compara tudo, que analisa e compreende (e fica revoltada quando não compreende!).

O Ser é algo muito acima do Ego. O Ser aceita e não coloca rótulos. Para descobrir o Ser em si faça algo no presente sem colocar um rótulo. Eckhart Tolle ensina uma forma fácil de estar no presente. Pergunte-se a si mesmo “Ainda estou a respirar?”. Ao efetuar esta pergunta a sua atenção é focada na respiração e, por conseguinte, no momento presente. Faça-se esta pergunta muitas vezes ao longo do dia. Sinta o ar a entrar dentro de si, os pulmões a dilatar, a sensação de bem-estar produzida pelo ar e o relaxamento muscular enquanto exala.

Pode ainda estar presente descrevendo mentalmente o que está a fazer. Por exemplo “Eu agora estou a caminhar. Sinto a sensação do toque das calças nas pernas, sinto o piso debaixo dos meus pés. Primeiro um pé para a frente, depois o outro. Caminho agora.”

O Ego irá perguntar-lhe algo como “qual o objetivo desta conversa?!” Isto é uma questão típica do Ego. O Ego quer ter objetivos, para poder focar a atenção no futuro, na realização do objectivo, na insatisfação de nunca estar completo. Mas o objectivo desta conversa é precisamente estar presente. E quando estamos presentes o Ego não pode existir.

Já alguma vez reparou que quando está com alguém, no primeiro instante que vê a outra pessoa, a sua mente cria um rótulo? A outra pessoa tem um casaco feio. Ou está triste. Ou é muito alta. Ou está doente. Ou é i*****. Ou é chata. Ou é inteligente. Ou é...

A partir do momento que cria um rótulo será incapaz de sentir a outra pessoa. Irá julgá-la até ao fim. É esse o objectivo do Ego. E porque faz isto? Para se sentir inferior ou superior, com razão, claro!

A melhor maneira de impedir o Ego de colocar rótulos sobre os outros é começar a não colocar rótulos sobre outros seres. Por exemplo, delicie-se a observar uma planta, árvore, flor, animal, sem lhe dar um nome. Limite-se a sentir a sua presença. O seu Ser. Em vez de olhar para um pinheiro, sinta a árvore Ser. Verá que ao fim de uns dias é capaz de fazer o mesmo em relação ás pessoas à sua volta.

O sofrimento é mais um jogo do Ego. Todos temos uma história para justificar o ‘nosso’ sofrimento. E acabamos por acreditar na história e transportar o sofrimento connosco para onde quer que vamos. A verdade é que nós não somos o sofrimento. O sofrimento é apenas um aspecto de quem somos enquanto seres limitados. Se neste momento sofre (estou a falar de dor física), faça o seguinte:

Em primeiro lugar reconheça que você não é a sua doença. Pare de falar na doença quando está com outros. Peça ás pessoas que conhece que não lhe perguntem nem mais uma vez sobre o seu estado de saúde! Este passo é importante. (E é claro que o Ego não vai gostar mesmo nada! Como se atreve a não querer falar da MINHA doença?!) depois foque a sua atenção nas partes do seu corpo onde consegue sentir bem-estar. Pode ser apenas na cartilagem da orelha esquerda! Não se preocupe. Procure apenas a parte física de si onde consegue sentir bem-estar. Um sentimento de estar vivo e saudável. Para ultrapassar a dor tem que se render a essa dor. Aceite a dor. Sem qualquer emoção afirme algo como “ok, dor no braço, estás aí. Quando te cansares de estar aí tens toda a liberdade para partir.” Se a sua mente começar a queixar-se da dor então terá dois níveis de dor, em vez de apenas o nível físico da dor, irá ter que lidar com a dor ao nível da consciência. Mantenha a atenção nas partes do corpo onde encontra bem-estar. Comece por respirar calma e profundamente e depois pergunte-se “quem sou eu”?... Não responda à pergunta! Deixe que a resposta surja do nada.

Se está deprimido, saiba que a parte de si deprimida não é quem você é. Pondere esta questão: quem é o observador da sua depressão?

O que escolhe agora: ter razão ou ter paz? Não pode ter ambos. A escolha é sua.

Eu tinha o hábito de perguntar aos meus clientes, por forma a descobrir a causa do seu sofrimento, algo como “se não tivesse este problema, o que mudaria na sua vida”?

Descobri que este tipo de questão reforça ainda mais o Ego. Então agora pergunto apenas: “está pronto para acordar?” – esta questão significa apenas uma coisa: está pronto para descobrir os jogos do seu Ego? Está pronto para deixar partir todo o lixo emocional que carrega ás costas? Está pronto para aceitar o momento presente apenas?

E se alguma pessoa não está pronta para acordar, não há qualquer problema. Não gasto o meu tempo e energia e deixo-a simplesmente ser em vez de Ser.

Para si, desejo-lhe apenas que se permita tomar consciência dos jogos do Ego. Observe-se. Sempre que algo o afetar emocional ou mentalmente, saiba que é o Ego, não é o Ser. O Ser não precisa nunca de ter razão. O Ser não precisa de sofrer. O Ser não precisa de se sentir especial. O Ser simplesmente É.

Observe-se.

Hari Om Tatsat Jai Guru Datta    Emídio Carvalho





quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

“RÓTULOS”: A FALSA SEGURANÇA SOBRE A NATUREZA

Colocar rótulos é uma especialidade da mente. Assim que nascemos nossos pais correm ao cartório e nos colocam um rótulo: “João da Silva”. Outros virão depois: RG, CPF, títulos acadêmicos, patente militar, cargo político. Num dos símbolos de subjugação da mulher ao homem, como sua propriedade, ela – ao casar-se – adota o rótulo dele.
A memória depende de elementos comparativos, imagens, rótulos e definições para exercer seu trabalho, mas a Consciência não. Ela é a natureza do Ser, algo que não pode ser definido, nem medido e nem pesado, apesar de o chamarmos “Deus” ou “Cristo Interno”. Uma pessoa com amnésia perde a bagagem de memória, e com ela os dados acumulados que sustentam a noção do “eu”, a partir do seu nome. Se alguém lhe perguntar “Quem é você?” ela dirá “Não sei”, mas continuará desfrutando o Ser.
Rótulos são conferidos ainda pela posse de bens, pelo status social. E aí, quem somos nós? Parece que quanto mais rótulos nos são acrescentados ao longo da vida, mais difícil fica responder essa questão. Até na lápide funerária os rótulos estão presentes, subtraindo à morte sua posse legítima: “Aqui jaz fulano de tal”. Quem é o morto? A pessoa está ali?
Tomamos a casca pela essência, a palavra pela coisa. Definições dão segurança, mas nada acrescentam quanto à realidade das coisas, aquilo que “é”. Ao contrário, criam dependências, obscurecem. “Existe uma insegurança muito sutil em nosso inconsciente com relação a tudo que não nos é familiar”, diz Sandra Galeotti (“Karma e Dharma”, Ed. Aquariana).
Numa dependência mais “elevada”, o rótulo de “guru” pode cair bem. Aparentemente tudo reflete a desgraça da memória. Contudo, o problema não está nela, mas sim na sede de segurança vinculada ao ego, o “eu psicológico”, do querer sempre mais. Enquanto ele se enriquece com a memória e seus agregados, a consciência se empobrece. Por isso os candidatos a ingresso nos mosteiros devem renunciar aos bens materiais e ao nome mundano.
Paradoxalmente, porém, segundo Eckhart Tolle, “Há indivíduos que abrem mão de todas as posses, no entanto têm um ego maior do que alguns milionários”. Isso sucede porque “Se deixarmos de lado um tipo de identificação, o ego logo encontrará outro. No fim das contas, não importa ao que ele se apega, desde que isso tenha uma identidade” (“O despertar de uma nova consciência”, Editora Sextante).
“Você quer saber como se livrar do apego às coisas?” pergunta Tolle. “Nem tente fazer isso. É impossível. Esse vínculo desaparece por si mesmo quando paramos de tentar nos encontrar nas coisas. Nesse meio-tempo, simplesmente tenha consciência de que está ligado a elas”. Isso já faz diferença. “Caso esteja consciente de que está identificado com algo, a identificação não é mais total”. A consciência abre caminho para a Consciência.
O eu psicológico e a Consciência parecem andar em pistas paralelas, sem nunca se encontrar. Às vezes, porém (como na ocorrência de uma perda), relâmpagos de comunicação se fazem entre as duas pistas. A “ficha cai” e nos perguntamos: “Como não percebi isso antes?”. Aí, uma fração do eu psicológico se espiritualiza, se converte em Consciência.
Dia virá em que essas duas entidades se fundirão, liberando o Cristo Interno de sua cruz milenar, de sua prisão ao engano dos títulos e posses. Ele nascerá na manjedoura de nosso corpo, que sintetiza os reinos de vida anteriores. Seremos então apenas Consciência.

sexta-feira, 8 de agosto de 2014

VOCÊ QUER SER VÍTIMA OU CRIADOR DE SUA REALIDADE?

Ao adotar uma atitude de abertura e receptividade, estamos prontos para começar a destruir as ilusões que nos impedem de acordar do pesadelo do sofrimento. Quando eu digo destruir soa como algo negativo, mas a verdade é que a sabedoria vem da destruição. O vácuo vem da destruição da nossa conversa interna -das ideias, opiniões, juízos e conceitos que estão lutando para ter a vanguarda da nossa atenção. Este ruído de fundo, esse zumbido de estática é o que nos mantém distraídos, cegos, ignorantes de nossa verdadeira natureza, da glória e da beleza de ser.

Presentes em nós mesmos é onde descobrimos o assombro. Sendo -sem nada mais, apenas o ser puro- é onde achamos a satisfação. Nesse vazio se descobre o indescritível e podemos conseguir tudo aquilo pelo que estivemos lutando, controlando, obtendo e nos queixando no intento de realizá-lo, para ser alguém, para nos superarmos.

Esteve aí o tempo todo, esperando por nós para levantar as mãos com desespero e, finalmente, parar de buscar a satisfação fora de nós. Quando achamos esse estado interior, a alegria do amor-consciência começa a penetrar cada momento, cada uma das nossas ações. Nós nos tornamos artistas, criadores, entregando ao mundo nossa própria expressão tão única. Não estamos tentando tomar, nem nos concentramos em como podemos nos beneficiar. Nós só estamos dando e adicionando nosso próprio sabor à mistura.

Nesta troca é que cada um começa a encontrar a felicidade e a satisfação. Nesta seção, é que destruindo as ilusões que turvam nossa visão de nós mesmos e do mundo, aprenderemos a transformar o vitimismo em criatividade, descobrindo as limitações da comodidade, destruindo a falsa noção da carência, superando a passividade, transcendendo a discriminação, olhando para além da aparente separação, transcendendo o próprio julgamento, entendendo a natureza sufocante do controle e começando a nos libertar de nossa própria repressão.

As circunstâncias que moldaram nossas vidas são tão únicas e individuais como a nossa personalidade -não há duas pessoas iguais. No entanto, a nossa capacidade de crescer como indivíduos, para evoluir como pessoas mais compassivas, amorosas e conscientes, não depende do que nos aconteceu, mas da nossa atitude em relação a essas situações.

Diante das dificuldades nos encolhemos ou crescemos? Resistimos ou usamos a situação para crescer? Em última análise, só há duas atitudes que podemos tomar na vida: a atitude de vítima ou de criador.

A vítima não pode ver a beleza, a abundância nem a perfeição inerente de cada momento porque tem uma ideia de como as coisas deveriam ser, uma ideia que tem sido inevitavelmente violada, uma ideia que está em desacordo com o que é.

Este sentimento de descontentamento gera raiva -raiva perante a vida, perante Deus- mas manifesta-se na vítima como passividade, peso depressivo, inércia e aparente falta de interesse, mostrando-se mais como tristeza que como raiva. Em última análise, representa o ódio e a violência contra si mesmo.

É a rejeição suprema ao que é: a violência em relação à vida. A única maneira de quebrar com este padrão de vitimização é pegando o papel de criador. Um criador aprecia sua criação, a vítima a crítica. O criador vive em apreciação, uma vítima reclama, sem assumir a responsabilidade. São totalmente opostos.

O criador abraça tudo o que se apresenta. Responde sim para tudo, o que lhe permite viver uma vida em abundância. A vítima, por outro lado, é ressentida e negativa. Não pode ver a perfeição e beleza inerentes à vida porque tem uma ideia rígida de como as coisas deveriam ser. Envolto em um cobertor de passividade fervente, transforma-se na ira suprema: a rejeição à existência, a negação ao que é. Toda vez que olho para a minha vida com um não ou com uma ideia melhor de como as coisas deveriam ser, estou rejeitando a vida.

A consciência vive na unidade do coração. Quando você é criativo, vive no amor e a necessidade desesperada de entender desaparece; o medo e sofrimento desaparecem, absorvidos pela alegria plena do ser puro.

Fonte: Isha

segunda-feira, 21 de julho de 2014

ACABE COM A PREPOTÊNCIA

Imagine um personagem que esteja cumprindo pena num presídio por graves crimes e que se ponha a reivindicar confortos impossíveis, como uma cela individual, com cama de casal, suíte, lareira, frigobar lotado de vinhos e queijos, televisor de alta definição, companhia constante de uma bela namorada, computador, telefone, roupas de grife e direito de sair, quando quiser, para programas noturnos, em limusine com motorista. Nada menos que um contrassenso. Trata-se de uma série de pretensões impossíveis para a sua condição de presidiário.

Vamos agora a outra situação, fora dos presídios. Imagine uma pessoa briguenta, arrogante, escandalosa, deselegante, dessas que falam sempre em voz alta, que quando dirigem passam o tempo todo xingando os outros motoristas, que incomodam os vizinhos pelo tanto de barulho que fazem em casa ao gritar com os filhos, bater portas e ouvir música no volume máximo, em qualquer horário do dia ou da noite.

Conseguiu desenhar na mente esse tipo? Então, imagine que essa pessoa ouviu falar que basta formular um desejo para que o Universo o realize. Então, ela começa a mentalizar dizendo palavras otimistas, manifestando a intenção de ser dona de uma escola de ioga, meditação e atendimentos de reiki, por exemplo. Dá para imaginar que alguém com esse perfil consiga trabalhar em um ambiente naturalmente tranquilo e silencioso, falando sempre baixinho, com mensagens de amor universal e caminhando suavemente na sala de meditação, sem fazer barulho?

Não? O Universo também não!

Essa pessoa teria de se tratar primeiro e, então, visualizar-se com o comportamento que combine com a escola de seus sonhos.

Compreendeu o sentido da Lei da Afinidade?

Agora, reflita em silêncio.

Você tem o comportamento apropriado para o que tanto quer realizar?

Caminhe em direção a seus sonhos, mas faça as necessárias adaptações, em suas palavras e atitudes, para que a lei energética da afinidade possa realmente trabalhar a seu favor.

Cada um tem aquilo que merece.

segunda-feira, 26 de maio de 2014

PELOS OLHOS DO EGO


Todos nós sabemos como podem ser convincentes os pensamentos do nosso ego, fazendo parecer que aquilo que estamos vendo e sentindo é a única maneira de olhar o mundo. Nessas ocasiões, devemos lembrar que somos nós mesmos que criamos esses pensamentos. Eles são apenas um aspecto isolado de nós, um aspecto ligado apenas ao corpo físico. Talvez vejamos essas percepções como sendo a única e verdadeira realidade que existe, convencendo-nos de que devemos sempre estar em guarda para nos proteger do mundo exterior. Se o medo é o cartão de visita do ego, então a culpa, a censura e o radicalismo são as suas armas, as armas que ele irá empunhar e usar para agredir os outros toda vez que houver uma oportunidade.
Para nos lembrarmos de que há outras maneiras de encarar os relacionamentos além dessas apresentadas pelo nosso ego, tudo o que temos que fazer é considerá-las como reflexos do nosso próprio medo.
O sistema de pensamento a que chamamos ‘ego’ não só pode ser bastante convincente como também muito ruidoso e insistente. Podemos acalmá-lo momentaneamente com algumas palavras corteses: ‘Por favor, fique quieto por um instante’. Nosso ego geralmente nos concede esse instante, porém não muito mais. Esse precioso instante pode ser a oportunidade de ouro para nos lembrarmos de que existe um outro modo de olhar o mundo. Podemos escolher olhar para as mensagens do nosso amedrontado ego e descobrir nosso próprio pedido de ajuda e amor e nossa própria identidade espiritual.
Pelos olhos do amor, encontramos apenas a união e o perdão. Pelos olhos do ego, podemos facilmente encontrar os pensamentos, as emoções, as palavras e as ações que criam separação em todos os nossos relacionamentos.

quarta-feira, 30 de abril de 2014

O PODER DAS MEMÓRIAS


Uma cliente me procurou para trabalhar um comportamento muito destrutivo nos relacionamentos. O ciúme que ela sentia fazia com que agisse de forma controladora. Desconfiava de tudo, fazia "cenas", fuçava celular, redes sociais do namorado, perdia a cabeça em muitos momentos e discutia. O resultado é que os relacionamentos não duravam mais do que 3 meses. 

Depois das crises de insegurança, ela sempre percebia que havia agido de forma exagerada e doente. Prometia para si mesma que não faria mais aquilo. Prometia também para o namorado que iria melhorar sua forma de agir. Tinha grande vontade de mudar pois percebia o quanto provocava sofrimento. Entretanto, em outra oportunidade seu comportamento se repetia. Ela ficava extremamente frustrada, com raiva de si mesma e impotente. 

Ela relatava que, quando as situações aconteciam, o impulso de agir de forma negativa vinha com toda força. Nem dava tempo para refletir, e mesmo quando conseguia pensar sobre seu comportamento, o impulso negativo era muito mais forte do que sua vontade consciente de fazer diferente. 

Que força é essa que nos leva a comportamentos destrutivos mesmo quando temos consciência de que poderíamos fazer diferente? Racionalmente não faz nenhum sentido. Se sabemos que algo é ruim para nós, deveríamos mudar imediatamente nosso comportamento. Mas não é assim que acontece para a maioria. 

Existe uma força poderosa que influencia de forma muito impactante nossos pensamentos e ações. É a força da sombra que carregamos. Cada emoção negativa que fica impregnada no nosso campo emocional reforça a sombra. A sombra é composta de sentimentos, pensamentos, crenças negativas que acumulamos desde a infância até os dias atuais através das reações geradas por experiências que passamos durante a vida: eventos que nós vivemos, coisas que ouvimos da família, religião e da sociedade, e experiências que observamos outras pessoas passarem. 

A sombra nos leva aos mais diversos tipos de comportamentos negativos, dos mais bobos aos mais destrutivos e sabotadores: roer as unhas, adiar tarefas importantes, discutir por bobagens, perder oportunidades, responder de forma agressiva, tentar manipular os outros através da chantagem emocional, ter preguiça de se exercitar, nos faz dormir mais tarde e perder parte do nosso precioso descanso. 

Em casos mais graves, a sombra pode nos levar à violência física. Existem inúmeros casos de pessoas comuns que nunca cometeram um crime e de repente, em uma briga de trânsito, podem até matar outro ser humano. De repente, a pessoa "perdeu a cabeça" e comete o maior erro da sua vida. 

Quando algo assim ocorre, nada aconteceu simplesmente de uma hora para a outra. A negatividade que a pessoa acumulou durante sua vida formou uma grande sombra. A maior parte do tempo somos condicionados socialmente a reprimir impulsos negativos para que possamos viver em sociedade. Entretanto, a sombra pode se manifestar com toda força em determinados momentos durante a manifestação de uma emoção negativa intensa. Essa emoção intensa dispara um gatilho de uma negatividade muito maior contida no ser humano, e é quando episódios de violência extrema ou outros comportamentos destrutivos podem ocorrer. Pessoas antes vistas como pacíficas fazem barbaridades que elas mesmas podem não acreditar depois. 

A sombra é alimentada pelas frustrações, sentimentos de rejeição, abandono, mágoa, raiva, tristeza, culpa e as mais diversas emoções que o ser humano pode acumular durante a vida. Situações das mais simples as mais graves alimentam a sombra. Quando não nos curamos dessa negatividade, ela vai crescendo no nosso inconsciente e se manifestará na forma de vários tipos comportamentos negativos, gerando prejuízo e infelicidade para a nossa vida e para os que estão ao nosso redor. Quando o nosso comportamento gera sofrimento para outros, a nossa sombra está ajudando a alimentar a sombra de terceiros. 

Toda essa energia negativa acumulada age dentro de nós como se fosse uma entidade. Seu objetivo é se alimentar e crescer cada vez mais usando nosso pensamentos, emoções e comportamentos para isso. Quanto mais pesada for a sombra, mais a nossa vida será permeada por sofrimento, comportamentos e pensamentos negativos. 

Pessoas que sofrem com vícios de todos os tipos estão sendo levadas pela sua própria sombra a se comportar de maneira destrutiva. É mais forte do que a parte racional. Nos momentos de lucidez, elas podem dizer que nunca mais vão beber ou se drogar, mas depois a sombra volta a tomar conta e o impulso se torna irresistível, como no caso da cliente que agia de forma descontrolada com o namorado. 

Pessoas próximas tentam conversar, fazer a pessoa ter mais juízo, mas é inútil. A força que a sombra tem atua além do nível racional. Por isso, conselhos e conversas não adiantam. Nem a própria pessoa que se comporta de maneira negativa tem a compreensão da origem dos seus comportamentos. São taxados muitas vezes de preguiçosos, vagabundos ou fracos que não têm força de vontade para mudar. 

Como não entendem os reais motivos que as levam a agir de forma destrutiva, acabam achando também que são fracas e que não têm força de vontade o suficiente. Isto leva à frustração e sentimentos de impotência, o que acaba reforçando ainda mais a sombra. Buscam mudar através da repressão dos impulsos negativos, o que raramente se consegue manter por muito tempo, ao invés de ir em busca da cura dos sentimentos que alimentam a sombra. 

No caso da cliente citada no início do texto, trabalhamos suas emoções com a utilização da EFT dissolvendo medos, inseguranças vindas de situações de rejeição do passado. A mudança no seu comportamento foi rápida e profunda já que a sombra que estava comandando seus comportamentos foi eliminada. 

Mudar através da "força de vontade" costuma gerar mudanças apenas temporárias e superficiais. Quando reprimimos um comportamento negativo desenvolvemos outros como forma de compensação. Pessoas que param de fumar ou que param de beber começam a comer em excesso ou migram para outros vícios. 

O caminho para uma mudança profunda e natural se dá através da cura da verdadeira causa dos nossos comportamentos destrutivos: as emoções, pensamentos e sentimentos negativos que formam a sombra. 


Fonte: André Lima

sexta-feira, 11 de abril de 2014

SOBRE O EGO - Eckhart Tolle

"Nosso sentido de quem somos determina o que percebemos como nossas necessidades e o que importa na nossa vida - e o que nos interessa tem o poder de nos irritar e perturbar. Podemos usar isso como um critério para descobrir até que ponto nos conhecemos. O que nos interessa não é o que dizemos nem aquilo em que acreditamos, mas o que nossas ações e reações revelam como importante e sério. 
Portanto, talvez queiramos nos fazer a seguinte pergunta: o que me irrita e perturba? Se coisas pequenas têm a capacidade de nos atormentar, então quem pensamos que somos é exatamente isto: pequeno. Essa é nossa crença inconsciente. Quais são as coisas pequenas? No fim das contas, todas as coisas são pequenas porque todas elas são efêmeras.
Podemos até dizer: "Sei que sou um espírito imortal" ou "Estou cansado deste mundo louco. Tudo o que quero é paz" - até o telefone tocar. Más notícias: o mercado de ações caiu, o acordo pode não dar certo, o carro foi roubado, nossa sogra chegou, cancelaram a viagem, o contrato foi rompido, nosso parceiro ou parceira foi embora, alguém exige mais dinheiro somos responsabilizados por algo. De repente ocorre um ímpeto de raiva, de ansiedade.
Uma aspereza brota na nossa voz: "Não aguento mais isto."Acusamos e criticamos, atacamos, defendemos ou nos justificamos, e tudo acontece no piloto automático. Alguma coisa obviamente é muito mais importante agora do que a paz interior que um momento atrás dissemos que era tudo o que desejávamos. E já não somos mais um espírito imortal. O acordo, o dinheiro, o contrato, a perda ou a possibilidade da perda são mais relevantes. Para quem? Para o espírito imortal que dissemos ser? Não, para nosso pequeno eu que busca segurança ou satisfação em coisas que são transitórias e fica ansioso ou irado porque não consegue o que deseja. Bem, pelo menos agora sabemos quem de fato pensamos que somos.
Se a paz é de fato aquilo que desejamos, então devemos escolhê-la. Se ela fosse mais importante para nós do que qualquer outra coisa e se nós nos reconhecêssemos de verdade como um espírito em vez de um pequeno eu, permaneceríamos sem reagir e num absoluto estado de alerta quando confrontados com pessoas ou circunstâncias desafiadoras. Aceitaríamos de imediato a situação e, assim, nos tornaríamos um com ela em vez de nos separarmos dela. Depois, da nossa atenção consciente surgiria uma reação. Quem nós somos (consciência) - e não quem pensamos que somos (um pequeno eu) - estaria reagindo. Isso seria algo poderoso e eficaz e não faria de ninguém nem de uma situação um inimigo.
O mundo sempre se assegura de impedir que nos enganemos por muito tempo sobre quem de fato pensamos que somos nos mostrando o que realmente é importante para nós. A maneira como reagimos a pessoas e situações, sobretudo quando surge um desafio, é o melhor indício de até que ponto nos conhecemos a fundo.
Quanto mais limitada, quanto mais estreitamente egoica é a visão que temos de nós mesmos, mais nos concentramos nas limitações egoicas - na inconsciência - dos outros e reagimos a elas. Os "erros" das pessoas ou o que percebemos como suas falhas se tornam para nós a identidade delas. Isso significa que vemos apenas o ego nos outros e, assim, fortalecemos o ego em nós. Em vez de olharmos "através" do ego deles, olhamos "para" o ego. E quem está fazendo isso? O ego em nós.
As pessoas muito inconscientes sentem o próprio ego por meio do seu reflexo nos outros. Quando compreendemos que aquilo a que reagimos nos outros também está em nós (e algumas vezes apenas em nós), começamos a nos tornar conscientes do nosso próprio ego. Nesse estágio, podemos também compreender que estamos fazendo às pessoas o que pensávamos que elas estavam fazendo a nós. Paramos de nos ver como uma vítima.
Nós não somos o ego. Portanto, quando nos tornamos conscientes do ego em nós, isso não significa que sabemos quem somos - isso quer dizer que sabemos quem não somos. Mas é por meio do conhecimento de quem não somos que o maior obstáculo ao verdadeiro conhecimento de nós mesmos é removido.
Ninguém pode nos dizer quem somos. Seria apenas outro conceito, portanto não nos faria mudar. Quem nós somos não requer crença. Na verdade, toda crença é um obstáculo. Isso não exige nem mesmo nossa compreensão, uma vez que já somos quem somos. No entanto, sem a compreensão, quem nós somos não brilha neste mundo.
Permanece na dimensão não manifestada que, é claro, é seu verdadeiro lar. Nós somos então como uma pessoa aparentemente pobre que não sabe que tem uma conta de 100 milhões de reais no banco. Com isso, nossa riqueza permanece um potencial oculto."


sábado, 8 de fevereiro de 2014

euzinho



Quando você pensa ou fala a respeito de si mesmo, quando diz “eu”, está se referindo a “eu e a minha história”. Está falando do ego com seus gostos e desgostos, medos e desejos, o ego que nunca se satisfaz por muito tempo. Essa é a noção que a sua mente tem de você, condicionada pelo passado e buscando encontrar sua plenitude no futuro. Você se dá conta de que esse ego é fugaz e passageiro como uma onda na superfície do mar? Quem percebe isso? Quem compreende que sua forma física e psicológica é passageira? E o Eu Superior. Esse é o “Eu” mais profundo, que não tem nada a ver com o passado e o futuro.
O que restará de todos os medos e desejos associados aos problemas de sua vida e que diariamente exigem o máximo de sua atenção? Restará apenas seu nome gravado na lápide da sua sepultura e as datas ligando seu nascimento à sua morte. Para o “eu” autocentrado – para o ego -, esse é um pensamento deprimente. Para o que você é essencialmente, é libertador.
Quando cada pensamento absorve toda a sua atenção, isso mostra que você se identifica com a voz que está dentro da sua cabeça. O pensamento se confunde então com o sentido do “eu”. Esse é o “eu” criado pela mente, o que chamamos de “ego”. Esse ego construído pela mente se sente totalmente incompleto e precário. Por isso o medo e o desejo são as emoções e forças dominantes e motivadoras desse ego. Quando você se dá conta de que existe uma voz na sua cabeça que pretende ser você e não para de falar, percebe que, de forma inconsciente, você vem se identificando com a corrente do pensamento. Quando percebe a existência dessa voz, você compreende que não é essa voz, mas a pessoa que a percebe. Ter liberdade é saber que você é a consciência por trás dessa voz.
O ego está sempre buscando. Busca sem cessar isso ou aquilo para se sentir mais completo. Isso explica por que ele se preocupa compulsivamente com o futuro. Ao perceber que está “vivendo para o momento seguinte”, você descobre que começou a abandonar o padrão da mente autocentrada. Torna-se então possível escolher concentrar toda a sua atenção no momento presente. Ao concentrar toda a atenção no momento presente, uma inteligência muito superior à da mente autocentrada entra em sua vida.
Ao viver através do ego, você faz do momento presente apenas um meio para atingir um fim. Você vive em função do futuro, mas, quando atinge seus objetivos, eles não o satisfazem – ou não o satisfazem por muito tempo. Quando você dá mais atenção ao que está fazendo do que ao resultado que quer alcançar com a sua ação, rompe o velho condicionamento autocentrado. Sua ação presente se torna não só muito mais eficaz como infinitamente mais satisfatória e gratificante.
Quase todo ego tem um pouco do que poderíamos chamar de “identidade da vítima”. Muitas pessoas se veem de tal forma como vítimas que essa imagem se torna o ponto central de seu ego. O ressentimento e a mágoa passam a ocupar uma parte essencial da visão que essas pessoas têm de si mesmas. Mesmo que suas mágoas sejam muito “justas”, ao assumir a identidade da vítima, você cria uma prisão cujas grades são feitas de formas de pensar. Veja o que está fazendo com você mesmo, ou melhor: o que a sua mente está fazendo com você. Sinta a ligação emocional que você tem com sua história de vítima e perceba sua compulsão de pensar ou falar a respeito. Testemunhe o seu estado interior. Você não precisa fazer mais nada além disso. Ao perceber isso, a transformação e a liberdade virão.
Fonte: a.d.

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

MENTE ''DURA''


Sempre que estamos em silêncio, na paz, o ego não é. Sempre que a mente está tagarelando, em conflito, o ego se faz presente. Não reconheçamos o ego ... com Amor, Meditação, Deus em nós. 

Olhamos o mundo aparente através de óculos, e esquecemos que eles estão em nossos olhos. Estamos tão habituados no "piloto automático'' que nos reconhecemos com o padrão-ego da mente, acumulando dados e informações que não são reais. A real Consciência/Essência está oculta no passado acumulado da mente. E nós, identificada com ela. Sempre que se diz " eu sou isso, ou aquilo ", está se criando uma mente condicionada, dura de rocha. A mente é mero instrumento, não é necessário identificar-se com ela. Transcendemo-la, permaneçamos acima dela, indo muito além!!! E o TODO que desejamos, vem naturalmente.