“Somos seres espirituais a viver uma experiência humana e não seres humanos a ter uma experiência espiritual”
Uma frase simples e quase verdadeira que muitos não a entenderão assim, pois não reconhecem a sua eternidade como seres espirituais que são. Toda esta questão começa com a simples pergunta:
Quem sou eu?
Ao tentarmos responder buscamos a continuidade do nosso Ser e começamos a descobrir que tudo o que percebemos é descontínuo ou seja: Começa e acaba. Reparem que, por exemplo, quando nos tentamos identificar com o corpo deparamo-nos com a morte das células de uma forma cíclica e mesmos o aglomerado celular do nosso corpo nasce, cresce, envelhece e morre. O Corpo é um dos nossos veículos de expressão na materialidade. É impossível identificarmo-nos com o nosso corpo pois isso seria a mesma coisa que dizermos que somos o nosso carro quando de facto somos apenas aquele que viaja nele.
Na mente residem pensamentos que começam e acabam e que se interligam como as pequenas células se interligam no nosso corpo físico para formar o órgão. Na mente o fluxo de pensamentos permite-nos raciocinar, resolver, criar, relacionar… tem memórias que se interligam formando corpos mentais tais como: crenças, conhecimento, mitos, etc. Na prática a nossa mente não é mais do que mais um veículo da nossa expressão da criação na fisicalidade.
Outros dos aspectos associados aos nossos pensamentos são as emoções. Esses ainda são mais subtis… um facto ou um pensamento podem nos emocionar de determinada forma e no momento seguinte, os mesmos pensamentos e os mesmos fatos, podem-nos emocionar de forma completamente diferente. Tal como os pensamentos, as emoções também começam e acabam. As emoções interligam-se permitindo-nos vivenciar sentimentos e aglomeram-se constituindo corpos emocionais. Um dos exemplos é o nosso corpo de dor, aquele que se deixa hipnotizar por imagens de dor e sofrimento. Por isso, estes corpos emocionais são também eles veículos da nossa expressão da nossa vivência neste mundo material.
Nesta incrível busca do contínuo e presente que nos possa identificar chegamos à energia que anima os diversos corpos percebidos e não percebidos. Esta chama de consciência universal que tende a encontrar individualidade na fisicalidade mas que é igual na essência de cada Ser Humano. É a chispa da Divindade em nós. É a pequena parcela da consciência e energia universal que nos habita. A esta presença que detectamos sutilmente em nós chamamos de espírito, aquele que simplesmente observa e que não pensa, não se emociona, não objeta, não critica e não julga.
Essa parcela de energia consciencial existente no mais profundo vazio de nós é eterna, não envelhece, não cresce nem se altera. Por isso o tempo não é referência e muito menos é o espaço.
Esta é a energia que nos anima desde a fecundação do óvulo de nossa mãe e que habita em nós, até à hora da nossa morte, libertando-se de seguida e reunindo-se à luz cósmica, se não levar consigo as memórias dos apegos e das cargas emocionais que em si cristalizaram. No momento em que nos libertamos dos nossos corpos deixamos de ser seres humanos encarnados para passarmos a ser pessoas espíritos até nos despirmos de toda a individualidade.
A tomada de consciência deste simples facto, transforma a morte apenas num portal que nos transporta para uma outra dimensão e que nos proporciona o retorno a casa e ao nossos estado mais natural que é o de sermos seres espirituais unidos e em comunhão com Mãe/Pai que TUDO é.
Como seres espirituais eternos que somos, os meros 80 anos confinados a uma fatiota biológica proporciona-nos a capacidade de criar na fisicalidade, expressando-nos não só em obras e ações espantosas mas também em pensamentos e emoções que integram uma imensa energia em evolução e expansão.
Tal como se deu o BIG BANG para a matéria no nosso Universo de LUZ também se deu o BIG BANG da Consciência divina que se mantém através de nós em evolução e expansão.
Sim… nós somos de fato Seres espirituais que escolheram viver uma experiência Humana na Fisicalidade. No entanto e nessa condição todos nós procuramos viver cada vida como vivemos a nossa eternidade, ou seja, como uma experiência espiritual.
Resta-nos uma pergunta sobre o que afinal nós somos: O que são 80 anos perante a eternidade?
Fiquem bem... (A Mónada)
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