O yoga é uma ferramenta de transformação, não é a toa que é dito desde de tempos imemoriais que Shiva, aspecto do Todo relacionado a dissolução das formas, é seu patrono. Quem já entrou em contato com a prática, comprova com facilidade esse poder que muitas vezes se apresenta nas primeiras aulas e muda de forma significativa o rumo de uma vida. Para essas pessoas, pouco importa a tal da comprovação científica, no entanto, se a ciência “descobre” o que já era sabido pelos mestres e já sabíamos por experiência própria, tudo bem, é bem vinda a validação que ainda satisfaz nossa curiosidade ocidental de entender o “como isso acontece?”
Em novembro de 2013 foi apresentado um trabalho no encontro anual de Neurociência em San Diego que demonstrou através de exames de ressonância magnética modificações benéficas na estrutura cerebral em pessoas que praticavam regularmente yoga (70% do tempo com posturas, 10% com os respiratórios e 20% para meditação).
A pesquisa foi coordenada por Chantal Villemure e Catherine Bushnell, do Centro Nacional para Medicina Complementar e Alternativa em Bethesda, Maryland. Usando exames de ressonância magnética, Villemure detectou mais massa cinzenta, células cerebrais, em certas áreas do cérebro das pessoas que praticavam regularmente yoga em comparação com o grupo controle. “Descobrimos que, com a prática, algumas áreas do cérebro foram ampliadas” diz Villemure.
Em resumo, a pesquisa aponta que os praticantes de yoga tiveram um aumento do volume do cérebro no córtex somatossensorial, que contém um mapa mental de nosso corpo, o córtex parietal superior, envolvidos em dirigir a atenção, e o córtex visual. O hipocampo, uma região crítica para atenuar o stress, também foi ampliado, assim como o precuneus e o córtex cingulado posterior, áreas-chave para o nosso conceito de Eu, o que indica de forma concreta a atuação das técnicas como meio para o auto-conhecimento.
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