SEJAM TODOS MUITO BEM VINDOS

Aqui é o templo sagrado, em que nos permitimos desfrutar o contemplar da Vida, do Amor, da Alegria, do Perdão, da Gratidão, da Felicidade Plena, da verdadeira Paz ... tudo de bom. Navegue à vontade, deleite-se e se entregue plenamente com todo seu Ser. Um cantinho de amor, realizado para todos nós.

QUEM SOU EU?

EU sou presença Divina da Paz. Eu sou o EU

EU sou presença Divina da Luz. Eu sou o EU

EU sou presença Divina do Amor. Eu sou o EU

EU sou presença de Deus em ação. Eu sou o EU

EU sou a porta aberta do meu coração, que, nada, nem ninguém pode fechar. Eu sou o EU.

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

TER UMA FÉ QUE MOVE MONTANHAS


Vós conheceis a expressão “ter uma fé que move montanhas”. Ela passou para a linguagem corrente e muitas pessoas usam-na sem saber que ela tem origem na passagem dos Evangelhos onde Jesus diz: «Se a vossa fé for como um grão de mostarda, podereis dizer àquela montanha: “Move-te para além!”, e ela mover-se-á.»
Será que Jesus pensava realmente que os humanos poderiam fazer as montanhas deslocarem-se? Não, pois elas estão muito bem, onde a Natureza as colocou. Então, que montanhas são essas de que Jesus fala?
São montanhas situadas no intelecto, no coração e na vontade dos humanos, montanhas de escuridão, de egoísmo, de preguiça. Essas é que é preciso deslocar, o que só é possível com uma fé inabalável. Jesus, na Palestina, deslocou montanhas? Não, ele não se ocupava desse tipo de coisas. No entanto, ele deslocou montanhas, reinos e continentes inteiros na cabeça e no coração dos humanos.
Mais um excelente texto de Omraam Mikhaël Aïvanhov que nos leva a questionar-nos sobre a nossa fé. Mas fé em quê e em quem? – perguntaram alguns.
A fé de que aqui se fala é o aceitar a nossa essência Divina, o que significa acreditar que somos filhos de Deus e que dele somos parte integrante, que confiamos nos seus desígnios e que nos entregamos ao nosso propósito maior.
Dar assim uma definição parece simples, no entanto é de dificílima aplicação. A nossa ilusão da individualidade que fomos criando ao longo dos anos retiram-nos a ligação inicial que mantínhamos enquanto criança. A integridade e a falta de sermos genuínos retiram-nos a verdade da Unidade com o nosso criador.
Então, para que possamos nos voltar para a nossa essência, com o passar dos anos, a todo o Ser Humano acontecem diversos episódios que geram conflitos internos e as adversidades acontecem. São as crises.
Hoje é comum aceitarmos que vivemos numa crise de valores. Que não sabemos o que é certo e errado e o principal problema reside de que fazemos disto um cavalo de batalha. Vivemos num mundo dual em que parece fundamental discernir o bem do mal sem nos darmos conta que caminhamos para a Unidade com o nosso valor supremo que é Deus.
Tal como na física, quando nos referimos à escuridão como sendo a ausência de luz, assim o “mal”, é um mero afastamento do BEM supremo emanado do AMOR de Pai/Mãe e por isso como algo em si mesmo, ele não existe, tal como não existe a escuridão. Assim de fato, tal como não existe a escuridão, pois é apenas uma mera ausência de luz, também o mal em si mesmo não existe. Apenas existe a ilusão da separação deste BEM supremo.
Em nós, Seres Humanos em processo de aprimoramento e evolução, existe zonas mais e menos iluminadas. Nas menores, reside o conceito do “mal” e de tudo o que geramos com essas vibrações mais densas.
Com o nosso permanente olhar para a LUZ do Amor incondicional do Pai/Mãe que agora nos chega por via de irradiação cósmica, desde o núcleo da Galáxia, somos permanente impulsionadas para as nossas crises, para que nos possamos libertar dessas áreas mais densas e de menor vibração. Para nos iluminarmos em todas as áreas e dimensões do nosso Ser.
É neste processo que entra a fé. É aqui que nós podemos mover as montanhas kármicas geradas por diversas encarnações passadas, pela nossa ancestralidade que determinou todo o desenvolvimento civilizacional e ainda pelas nossas representações em realidades paralelas.
São de fato montanhas enormes! Mas, como disse Jesus, é na fé que está a chave do nosso sucesso em todas as áreas da nossa vida.
Vivam pois na fé para que ela vos ilumine em cada crise por que tenhais de passar.

Fonte: publicado por  A MÓNADA http://nave-azul.blogspot.com.br/

VOCÊ TEM CORAGEM PARA MUDAR?

Filme "O lado bom da vida" traz reflexão sobre desapego

O filme "O Lado Bom da Vida" (Silver Linings, 2013), indicado ao Oscar deste ano, proporciona reflexões acerca de alguns temas interessantes, como saúde mental, traição, perdas e relacionamentos. Todos os assuntos fazem parte de um emaranhado que vai se desenrolando aos poucos entre os personagens. Mas é sobre a essência, o pano de fundo da obra, que vamos refletir.
A história é sobre o homem Pat Solitano Jr. (Bradley Cooper), que após presenciar a traição da esposa e ter um acesso de fúria, fica internado em um hospital psiquiátrico por oito meses. O filme inicia com o retorno do personagem à casa dos pais. Pat, então, tenta reconstruir sua vida, buscando resgatar o que perdeu no passado, incluindo seu casamento. Contudo, ele conhece Tiffany (Jennifer Lawrence), uma mulher que também tenta superar suas dores do passado, e que pode mudar seus planos.
Pat quer retomar sua vida do mesmo ponto antes de ser internado. Ele não percebe que tudo está diferente. Seus pais, sua casa, o antigo trabalho, sua ex-esposa e, principalmente, ele mesmo. Isso nos ajuda a refletir sobre como muitas vezes nos apegamos a coisas e relacionamentos que tivemos e que já se foram. Ficamos presos ao passado e isso nos impede de olhar o que está a nossa frente.
Claro que não é mesmo simples desapegar daquilo que não nos serve mais. É mais seguro e cômodo ficar com algo que já conhecemos, ao invés de nos lançar no desconhecido. Com os relacionamentos amorosos não é diferente. Às vezes permanecemos em uma relação fracassada e infeliz, pois ao menos é algo familiar, sabemos até quais são os defeitos que nos incomodam. Além disso, o outro também nos conhece e da mesma maneira sente-se seguro sabendo que precisa lidar com tantas diferenças.
"Mas se você não solta o passado, com qual mão agarra o futuro? "
Essa frase de autoria desconhecida pode resumir o enredo de "O lado bom da vida" - e da nossa vida também. A personagem Tiffany entra na história de Pat para lembrá-lo disto. Ela também está presa a uma perda do passado, mas, ao contrário do protagonista, não deixa que isso a impeça de olhar para o presente. Ambos os personagens acabam ajudando um ao outro a continuarem caminhando em suas vidas. E isso também ocorre na realidade, sempre há alguém para nos ajudar a caminhar.
Então, mesmo que você esteja acomodado a uma situação antiga, experimente olhar para o lado e ver que há algo novo reservado para você. Mas isso requer coragem de nossa parte. Coragem de mudar. Afinal, como diria Harold MacMillan, o primeiro ministro do reino Unido, "deveríamos usar o passado como trampolim e não como sofá".

Fonte: por Maria Cristina (Revista Eletrônica Personare) http://www.personare.com.br/voce-tem-coragem-para-mudar-m3215

terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

SOU O AGORA - Eckhart Tolle


Este exato momento AGORA é a única coisa da qual você jamais conseguirá escapar, o único fator constante em sua vida.

Aconteça o que acontecer, e por mais que sua vida mude, uma coisa é certa: é sempre o AGORA.

Se não for possível fugir do AGORA, por que não acolhê-lo e tratá-lo bem?

A DIVISÃO DA VIDA EM PASSADO, PRESENTE E FUTURO É UMA CONSTRUÇÃO DA MENTE, EM ÚLTIMA ANÁLISE: ILUSÓRIA.

Passado e futuro são formas pensamento, abstrações mentais.
O PASSADO só pode ser lembrado AGORA.

O que você lembra é um fato que aconteceu no AGORA e do qual você se lembra AGORA.

O FUTURO, quando chega, é o AGORA.

Portanto, a única coisa real, a única coisa que sempre existe,é o AGORA.

Concentrar sua atenção no AGORA, não é negar o que é necessário em sua vida. É reconhecer o que é prioritário. Depois, você poderá lidar mais facilmente com o que é secundário.

Veja o que é prioritário e faça do AGORA seu amigo, não seu inimigo. Reconheça-o, respeite-o. Quando o AGORA é a base e o foco principal de sua vida, ela flui com facilidade.

Sinta a vida em seu corpo.
Isso enraíza você no AGORA.

Enquanto não se responsabilizar por este exato momento - O AGORA - você não estará assumindo qualquer responsabilidade por sua vida.

É POR ISSO QUE O AGORA É O ÚNICO LUGAR ONDE A VIDA PODE SER ENCONTRADA.

O AGORA é como é porque não pode ser de outro jeito.
Assumir responsabilidade por este momento presente é estar em harmonia com a vida.

Quando você passa a dar atenção ao AGORA, cria-se um estado de ALERTA. É como se você acordasse de um sonho, o sonho do pensamento, o sonho do passado e do futuro.

É TÃO CLARO E TÃO SIMPLES.
Não sobra lugar para criar problemas.
Só esse momento, tal como ele é.

Quando concentra sua ATENÇÃO NO AGORA, você se dá conta de que a vida é SAGRADA. Existe algo de SAGRADO em tudo que você percebe quando se encontra no presente. Quanto mais você viver no AGORA, mais vai sentir a simples e profunda alegria de SER e do caráter SAGRADO DA VIDA.

A maior parte das pessoas confunde o AGORA com o que ACONTECE no agora. Mas não é isso.

O AGORA é mais profundo do que qualquer conteúdo queocorre nele.
É o ESPAÇO no qual tudo ACONTECE.

Você sempre ignora o fato mais óbvio: o seu sentido mais profundo de ser não tem nada a ver com o que acontece na sua vida, nada a ver com o conteúdo de
sua vida.

O sentido de ser, de EU SOU, está intimamente ligado ao AGORA.
Ele sempre permanece o mesmo.
Na infância e na velhice, na saúde ou na doença, no sucesso ou no fracasso, o EU SOU, o espaço do AGORA permanece imutável no nível mais profundo. Mas como ele costuma se confundir com o que acontece em sua vida, você sente o EU SOU ou o AGORA muito tênua e indiretamente, através do conteúdo da sua vida.

Em outras palavras: sua noção de ser fica obscurecida pelas circunstâncias, por sua corrente de pensamento e pelos inúmeros fatos que ocorrem no mundo à sua volta.

O AGORA FICA ENCOBERTO PELO TEMPO.

No entanto, é tão simples lembrar a verdade e dessa forma voltar às
origens (...)

Eu NÃO SOU os meus pensamentos, NÃO SOU minhas emoções, minhas percepções sensoriais e minhas experiências. NÃO SOU o conteúdo da minha vida.

SOU O ESPAÇO NO QUAL TODAS AS COISAS ACONTECEM.
EU SOU A CONSCIÊNCIA.

SOU O AGORA. 


Fonte: Trechos do Capitulo IV do livro: "O Poder do Silêncio" de Eckhart Tolle  http://stelalecocq.blogspot.com.br/2009/11/o-agora.html

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

ACESSANDO O PODER DO AGORA - Eckhart Tolle


Momentos atrás, quando você falou sobre o eterno presente e a irrealidade do passado e do futuro, peguei-me olhando através da janela para uma determinada árvore. Já a tinha olhado muitas vezes antes, mas agora foi diferente. Não percebi muita diferença na forma externa, exceto que as cores pareciam mais vivas. Mas havia uma dimensão adicional que antes eu não tinha notado. É difícil de explicar. Não sei bem, mas achei ter percebido alguma coisa invisível, como se fosse a essência daquela árvore, ou melhor, um espírito interior. E, de alguma forma, era como se eu fosse parte dela. Percebo, agora, que nunca tinha visto de fato a árvore, apenas uma imagem plana e morta. Quando olho para a árvore agora, parte daquela impressão ainda permanece, mas posso sentir que ela está desaparecendo. A experiência já está parecendo algo do passado. Será que alguma coisa como essa pode ser considerada mais do que um vislumbre passageiro?
Por um instante, você se libertou do tempo. Ao se concentrar no presente, pôde perceber a árvore sem o enquadramento da mente. A consciência do Ser tornou-se parte da sua percepção. Suprimir a dimensão do tempo faz surgir um tipo diferente de conhecimento, que não "mata" o espírito que mora dentro de cada criatura e de cada coisa. Um conhecimento que não destrói o aspecto sagrado nem o mistério da vida, e que contém um amor e uma reverência profundos por tudo o que é. Um conhecimento sobre o qual a mente nada sabe.
A mente não pode conhecer a árvore. O que ela conhece são apenas fatos ou informações sobre a árvore. A minha mente não pode conhecervocê, só rótulos, julgamentos, fatos e opiniões sobre você. Só o Ser conhece diretamente.
Há um lugar para a mente e para o conhecimento da mente. Situa-se na prática do dia-a-dia. Entretanto, quando a mente domina todos os aspectos da nossa vida, incluindo as relações com as outras pessoas e com a natureza, transforma-se em um parasita monstruoso que, se não for reprimido, pode acabar matando todo o tipo de vida no planeta e, finalmente a si mesmo, ao matar quem o hospeda.
Você teve uma breve visão de como a ausência do tempo pode transformar nossa percepção. Mas não basta uma experiência, não importa quanto ela seja linda ou profunda. O que é necessário e o que nos interessa, é uma mudança definitiva de consciência.
Portanto, rompa com o velho padrão de negação e resistência ao momento presente. Torne uma prática desviar a atenção do passado e do futuro, afaste-se da dimensão do tempo na vida diária, tanto quanto possível. Se você achar difícil entrar diretamente no Agora, comece observando como a sua mente tende a fugir do Agora. Vai notar que geralmente imaginamos o futuro como algo melhor ou pior do que o presente. Imaginar um futuro melhor nos traz esperança e uma antecipação do prazer. Imaginá-lo pior nos traz ansiedade. Ambos os casos são ilusões. Ao observarmos a nós mesmos, um maior grau de presença surge automaticamente em nossas vidas. No momento em que percebemos que não estamos presentes, estamos presentes. Sempre que formos capazes de observar nossas mentes, deixamos de estar aprisionados. Um outro fator surgiu, algo que não pertence à mente: a presença observadora.
Esteja presente como alguém que observa a mente e examine seus pensamentos, suas emoções, assim como suas reações em diferentes circunstâncias. Concentre seu interesse não só nas reações, mas também na situação ou pessoa que leva você a reagir. Perceba também com que freqüência a sua atenção está no passado ou no futuro. Não julgue nem analise o que você observa. Preste atenção ao pensamento, sinta a emoção, observe a reação. Não veja nada como um problema pessoal. Sentirá então algo muito mais poderoso do que todas aquelas outras coisas que você observa, uma presença serena e observadora por trás do conteúdo da sua mete: o observador silencioso.
Uma presença intensa se faz necessária quando certas situações provocam uma reação de grande carga emocional, como, por exemplo, no momento em que acontece uma ameaça à nossa auto-imagem, um desafio na vida que nos causa medo, quando as coisas "vão mal" ou quando um complexo emocional do passado vem à tona. Nessas situações, tendemos a nos tornar "inconscientes". A reação ou a emoção nos domina, "passamos a ser" ela. Passamos a agir como ela. Arranjamos uma justificativa, erramos, agredimos, defendemos... só que não somos nós e sim uma reação padronizada, a mente em seu modo habitual de sobrevivência.
Identificar-se com a mente dá a ela mais energia, enquanto observar a mente retira a sua energia. Identificar-se com a mente gera mais tempo, enquanto observar a mente revela a dimensão do infinito. A energia retirada da mente se transforma em presença. No momento em que conseguimos sentir o que significa estar presente, fica muito mais fácil escolher simplesmente escapar da dimensão do tempo e entrar mais profundamente no Agora. Isso não prejudica nossa capacidade de usar o tempo - passado ou futuro - quando precisamos nos referir a ele em termos práticos. Nem prejudica nossa capacidade de usar a mente. Na verdade, estar presente aumenta nossa capacidade. Quando você usar a mente de verdade, ela estará mais alerta, mais focalizada.
 A Aceitação do Agora
Você mencionou a palavra "entrega" algumas vezes. Essa idéia não me agrada. Soa um pouco fatalista. Se aceitarmos sempre as coisas como elas são, não vamos fazer nenhum esforço para melhorá-las. Para mim, o significado de progresso, tanto em nossa vida pessoal quanto em coletividade, é não aceitarmos as limitações do presente e nos empenharmos para ir além, para superá-las e criar coisas melhores. Se não tivéssemos agido assim, ainda estaríamos vivendo em cavernas. Como conciliar essa entrega com a mudança e a realização das coisas?
Para muitas pessoas, a entrega talvez tenha conotações negativas, como uma derrota, uma desistência, uma incapacidade de se reerguer das ciladas da vida, certa letargia, etc. A verdadeira entrega, entretanto, é algo completamente diferente. Não significa suportar passivamente uma situação qualquer que nos aconteça e não fazer nada a respeito, nem deixar de fazer planos ou de ter confiança para começar algo novo.
A entrega é a sabedoria simples mas profunda de nos submetermos e não de nos opormos  ao fluxo da vida. O único lugar em que podemos sentir o fluxo da vida é no Agora. Isso significa que se entregar é aceitar o momento presente sem restrições e sem nenhuma reserva. É abandonar a resistência interior àquilo que é. A resistência interior acontece quando dizemos "não" para aquilo que é, através do nosso julgamento mental e de uma negatividade emocional. Isso se agrava especialmente quando as coisas "vão mal", o que significa que há um espaço entre as exigências ou expectativas rígidas da nossa mente e aquilo que é. Esse é o espaço do sofrimento. Se você já tiver vivido bastante tempo, certamente saberá que as coisas "vão mal" com muita freqüência. É precisamente nesses momentos em que a entrega tem de ser praticada, caso queiramos eliminar o sofrimento e as mágoas da nossa vida. A aceitação daquilo que é nos liberta imediatamente da identificação com a mente e nos religa com o Ser. A resistência é a mente.
A entrega é um fenômeno puramente interior. Isso não quer dizer que não possamos fazer alguma coisa no campo exterior para mudar a situação. Na verdade, não é a situação completa que temos de aceitar quando falo de entrega, mas apenas o segmento minúsculo chamado Agora.
Por exemplo, se você estiver atolado na lama, não tem de dizer: "Está bem, me conformo de estar atolado na lama." Resignação não quer dizer entrega. Você não precisa aceitar uma situação indesejável ou desagradável na sua vida. Nem precisa se iludir e dizer que não tem nada de errado em estar atolado na lama. Nada disso. Você tem completa consciência de que deseja sair dali. Então reduz a sua atenção ao momento presente, sem atribuir a essa situação nenhum rótulo mental. Isso significa que não existe nenhum julgamento do Agora. Em conseqüência, não existe nenhuma resistência, nenhuma negatividade emocional. Você aceita a "existência" do momento. A seguir, toma uma atitude e faz tudo o que puder para sair da lama. Chamo essa atitude de ação positiva. Funciona muito mais do que uma ação negativa, que decorre da raiva, do desespero ou da frustração. Até que alcance o resultado desejado, você continua a praticar a entrega ao se abster de rotular o Agora.
Vou fazer uma analogia visual para ilustrar o ponto que estou sustentando. Você está andando por uma estrada à noite, com uma neblina cerrada, mas possui uma lanterna potente que corta a neblina e cria um espaço estreito e nítido na sua frente. A neblina é a sua situação de vida, que inclui o passado e o futuro. A lanterna é a sua presença consciente, e o espaço nítido é o Agora.
Não se entregar endurece a forma psicológica, a casca do ego, e assim cria uma forte sensação de separação. O mundo e as pessoas à sua volta passam a ser vistos como ameaças. Surge uma compulsão inconsciente para destruir os outros através do julgamento e uma necessidade para destruir os outros através do julgamento e uma necessidade de competir e dominar. Até mesmo a natureza vira sua inimiga e o medo passa a governar a sua percepção e a interpretação das coisas. A doença mental conhecida como paranóia é apenas uma forma ligeiramente mais aguda desse estado normal, embora disfuncional, da consciência.
A resistência faz com que tanto a sua mente quanto o seu corpo fiquem mais "pesados". A tensão se manifesta em deferentes partes do corpo, que contrai para se defender. O fluxo de energia vital, essencial para o funcionamento saudável do corpo, fica prejudicado. Algumas formas de terapia corporal podem ser úteis para restaurar este fluxo, mas a menos que você pratique a entrega na sua vida diária, essas coisas só podem lhe proporcionar um alívio temporário, porque a causa, o padrão de resistência, não foi ainda dissolvida.
Porém, existe alguma coisa dentro de você que não é afetada pelas circunstâncias transitórias que constroem a sua situação de vida e a que você só tem acesso através da entrega. Trata-se da sua vida, do seu próprio Ser, que existe no eterno domínio do presente. Encontrar essa vida é "a única coisa necessária" de que Jesus fala.
Se a sua situação de vida e insatisfatória ou mesmo intolerável, somente através da entrega você vai conseguir quebrar o padrão inconsciente de resistência, que permite a permanência dessa situação.
A entrega é perfeitamente compatível com tomar uma atitude, iniciar uma mudança ou atingir objetivos. Mas, no estado de entrega, uma energia totalmente diferente flui naquilo que fazemos. A entrega nos religa com a fonte de energia do Ser, elas se tornam uma alegre celebração da energia da vida, que nos aprofunda cada vez mais no Agora. Através da não-resistência, a qualidade da nossa consciência, e, portanto, a qualidade do que estivermos fazendo ou criando, aumenta sem medidas. Os resultados vão falar por si mesmos e refletir essa qualidade. Podemos chamar isso de "ação de entrega". Não é um trabalho tal como nós conhecemos por milhares de anos. À medida que mais seres humanos despertarem, a palavra trabalho vai desaparecer do nosso vocabulário e talvez seja criada uma nova palavra para substituí-la.
A qualidade da sua consciência neste momento é o que vai determinar o tipo de futuro que você vai viver. Portanto entregar-se é a coisa mais importante que você pode fazer para provocar uma mudança positiva. Qualquer outra coisa que você fizer será secundária. Nenhuma ação positiva pode surgir de um estado de consciência onde não existe entrega.
Fonte: Texto do livro "O Poder do Agora" de Eckhart Tolle http://www.simplesmenteyoga.com.br/conteudo.php?id=99



domingo, 10 de fevereiro de 2013

VIVER COM AUTENTICIDADE

A maioria dos seres humanos, em algum momento, vive o dilema entre ser autêntico, expor de modo claro e aberto seus sentimentos, ou incorporar uma persona, alguém que age de modo a ser aceito e respeitado pelo restante do mundo.

Esta é uma condição considerada natural, pois fomos treinados desde muito cedo a mascarar a verdade acerca de quem somos de fato, para garantir o amor dos demais.

Mas, ao longo da vida, quando muitos desafios se apresentam, continuar vivendo o falso eu pode se tornar um enorme fardo. Até que chega um ponto em que o real dentro de nós grita para ser reconhecido.

Esse grito pode tomar a forma de uma crise de pânico, uma forte depressão ou até mesmo um surto de loucura, quando todas as nossas defesas e as couraças, que armamos para ocultar a realidade de nosso ser, atingem uma dimensão insuportável.

Trazer de volta nosso ser autêntico, aquele que foi amorosamente criado pelo divino, é um trabalho árduo, que deve ser empreendido aos poucos, com paciência e dedicação.

Muitas vezes a mente nos levará a querer desistir e a acreditar que esta é uma tarefa impossível. Mas, se tivermos a coragem de seguir em frente, apesar do medo, a existência amorosamente nos trará a ajuda e o apoio de que necessitarmos.

Ela sempre responde ao chamado daqueles que buscam, acima de tudo, a verdade. O grande segredo é confiar e entregar-se sem resistência a este objetivo. 

Esta é a atitude que faz a diferença entre os que alcançaram a paz e a felicidade permanentes e os que ainda se encontram perdidos na escuridão de uma vida inconsciente.

Fonte: postado por Elisabeth Cavalcante http://somostodosum.ig.com.br/conteudo/conteudo.asp?id=12724