O maior equívoco que podemos cometer na vida é a comparação. Quantos pais destroem, por inconsciência, a autoestima de seus filhos, ao compará-los a outras crianças.
Muitos adultos, por terem uma autoconfiança débil, tentam compensar isto através dos filhos e criam expectativas elevadas quanto ao futuro destes. Exigem que sempre se destaquem dos demais e, quando isto não acontece, despejam sua frustração através de críticas e exigências muitas vezes incabíveis.
Cada ser humano é único em seus talentos e habilidades. De nada adianta querer atuar em algo para o qual a natureza não nos dotou. Os dons que trazemos são nossos e de mais ninguém. E não são menos valiosos do que aqueles apresentados por outros seres humanos.
Descobrir o próprio potencial e expressá-lo no mundo é uma tarefa a qual deveríamos nos dedicar desde cedo. Mas não somos estimulados a isto, a vasculhar nossa interioridade.
Ao contrário, somos ensinados a olhar para fora e encontrar no mundo exterior os modelos que devemos seguir. Tentar ajustar-se a um modo de ser, que é antagônico à sua natureza, é uma das principais causas de angústia e insatisfação do ser humano.
A sociedade nos faz crer que só temos valor se formos capazes de feitos extraordinários, que nos levem a nos destacar através da conquista de fama, poder e dinheiro.
Entretanto, quanto mais gastamos energia correndo atrás destas ilusões, mais desperdiçamos a chance de encontrar a realização simplesmente expressando nosso Ser.
O amor por si mesmo é a mais autêntica forma de gratidão que se pode oferecer à existência. Seja qual for a maneira que ela encontrou para manifestar-se em cada um, este é o modo correto, pois nada no Universo ocorre sem um propósito.
Fonte por Elisabeth Cavalcante