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domingo, 12 de julho de 2015

PRANAYAMA - Cura Natural para Dor de Cabeça


Pranayama é um palavra sânscrita (em sânscrito: प्राणायाम, transl.: prāNāyāma) e significa literalmente "controle respiratório". Ele é o quarto ramo do Raja Yoga exposto no Yoga Sutras de Patañjali.

Prana é a fonte de energia primordial do Universo. Pranayama é o conhecimento e controle do Prana.

Para o Yôga antigo, Pranayama é a expansão da bio-energia no corpo humano através de respiração consciente e estruturada.

Respiração e mente são interdependentes e interpenetrantes. Se você está nervoso, sua respiração se torna curta e rápida, se você está relaxado, sua respiração se torna longa e pausada.

Se o estado emocional define a respiração, o contrário também é verdadeiro, ou seja, a respiração define o estado emocional. Se você respirar rapidamente e fortemente, ficará agitado; ser respirar lentamente e pausadamente, se tornará calmo e relaxado.

O nariz tem um lado direito e um esquerdo; usamos ambos para inspirar e expirar.

Na verdade eles são diferentes: o direito representa o Sol, o esquerdo, a Lua.

Durante uma dor de cabeça, tente fechar a narina direita e usar a esquerda para respirar.

Dentro de cerca de cinco minutos a dor de cabeça deve ir embora.

Se você se sente cansado, faço o contrário: feche a narina esquerda e respire pela direita. 

Num instante sentirá sua mente energizada.

O lado direito pertence ao "quente" (Sol), por isso esquenta rapidamente, o esquerdo pertence ao "frio" (Lua).

Repare no momento em que acordamos, qual dos lados respira melhor, ou mais? Direito ou esquerdo? 

Se for o esquerdo você se sentirá cansado.

Então, feche a narina esquerda e use a direita para respirar, você se sentirá energizado rapidamente.




terça-feira, 29 de abril de 2014

A IMPORTÂNCIA DA BOA RESPIRAÇÃO

“Assim como o fogo queima as impurezas dos minerais das rochas, assim também as impurezas internas são removidas por pranayama.”

A respiração, constante alternância entre a inspiração e a expiração, é considerada a mais importante de todas as funções humanas. Somos capazes de viver vários dias sem comer e alguns sem beber, mas apenas minutos sem respirar. Não só dependemos da respiração para viver, como a sensação de vitalidade está diretamente ligada aos nossos hábitos e padrões respiratórios. Com uma postura deficiente, o peito contraído e os ombros descaídos, a respiração é frequentemente rápida e superficial. O Yoga é talvez o único sistema de exercícios que se concentra extensivamente na respiração como parte intrínseca da sua prática. A respiração consciente e controlada, para além de ser uma prática em si, serve de acompanhamento às posturas físicas. Verificou-se que respirar ajuda o fluxo de movimento e auxilia a mente a concentrar-se no momento presente.

O termo sânscrito Pranayama refere-se às práticas respiratórias do Yoga. “Prana” significa energia ou força vital e “yama” significa alongar. Assim, o principal significado de Pranayama é, como o nome indica, conseguir uma vitalidade aumentada e melhorar a saúde e a qualidade da nossa vida, prolongando a respiração e treinando a arte de respirar mais profunda e plenamente.

No Yoga, respirar é tanto um ato físico como um processo de receber essa energia ou força vital do universo. O prana é a força vital que anima todas as formas de vida do universo, penetra em todas as células do corpo humano e que é a força por detrás da renovação e revitalização de cada uma delas. Assim, a saúde e vitalidade dependem da quantidade de prana comunicada ao corpo.

Uma das formas das quais o prana é absorvido pelo corpo é através da respiração. Respirar mais plena e eficientemente aumentará, assim, a quantidade de prana do organismo, alimentando os tecidos, o sangue e os nervos, e aumentando a sensação geral de vitalidade. A respiração controlada e profunda ajuda a acalmar o sistema nervoso e a relaxar o corpo e a mente. Isso pode ser útil para combater a insônia e o sono de baixa qualidade. Respirar oxigena o cérebro e clarifica a mente. Ao mesmo tempo oxigena os tecidos, as células sanguíneas e os nervos, mantendo-os alimentados. Ajuda a melhorar a circulação, assim como o funcionamento do sistema imunitário, e a respiração profunda pode ser usada com êxito para aliviar e tratar a asma e a bronquite.

A respiração está intimamente ligada às emoções e ao estado de espírito. Por exemplo, quando estamos assustados, sobressaltamo-nos e sustemos a respiração. Quando estamos cansados ou aborrecidos, a nossa respiração é lenta e arrastada – bocejamos. A respiração torna-se irregular e agitada quando estamos zangados ou tristes, e superficial e lenta ou acelerada quando estamos tensos, preocupados ou ansiosos. Porque a respiração e as emoções são interdependentes, é possível diminuir os efeitos da turbulência emocional pelo controle da respiração. Em qualquer altura podemos optar por respirar mais regular, calma e profundamente, depressa descobrindo que não é possível sentirmo-nos ansiosos respirando de forma calma e controlada. Do mesmo modo, não é possível sentirmo-nos calmos quando a respiração é brusca, acelerada e irregular.

A boa respiração deve ser nasal. Dos mamíferos, o homem é o único que, por causas patológicas ou deploráveis maus hábitos, às vezes respira pela boca. Respiração errada. O nariz não foi feito para compor um elegante perfil. Deus o pôs no meio da nossa face para com ele realizarmos sadiamente esta coisa importantíssima que é respirar. Os inconvenientes da respiração bucal são de dupla natureza: físicos e prânicos. Os de ordem física começam com a insuficiente alimentação de ar nos pulmões. Os que respiram pela boca são permanentemente martirizados por uma asfixia parcial, além de serem mais sujeitos às infecções por germes do ar. O nariz é um filtro contra poeiras. Graças à ação bactericida de seu muco, livra-nos de insidiosos invasores. É também um radiador natural que aquece o ar frio do inverno, antes de chegar aos pulmões.

A dificuldade de respirar pelo nariz começa quase sempre na infância, e é quando, por tal motivo, se forma o habito de respirar pela boca. A respiração, na maioria das posições de Yoga, assenta numa postura saudável. Para maximizar o exercício do diafragma, o abdômen inferior é mantido ligeiramente contraído (empurrado levemente contra a coluna) e a respiração faz-se na caixa torácica e no abdômen superior, entre o umbigo e a arcada costal.

Além dos benefícios fisiológicos, pranayama tem, segundo o yoga, uma importância fundamental no desenvolvimento do conhecimento discriminativo. O ‘insight’ sobre nossa dimensão transcendental advém da quietude interior, da parada de todo movimento da matéria em nós. Sendo o prana a própria atividade vibratória da mente, sua restrição leva a esta parada, que só é alcançada completamente em Samyama, ou seja, no processo contínuo de concentração (dhárana), meditação (dhyana) e transe (samádhi).

Em outras palavras, a prática do pranayama sensibiliza para o aspecto transcendente da vida, aponta uma série de sinais sobre si mesmo a partir dos quais se pode adquirir uma resposta genuína e individual à questão ‘quem sou eu?’