SEJAM TODOS MUITO BEM VINDOS

Aqui é o templo sagrado, em que nos permitimos desfrutar o contemplar da Vida, do Amor, da Alegria, do Perdão, da Gratidão, da Felicidade Plena, da verdadeira Paz ... tudo de bom. Navegue à vontade, deleite-se e se entregue plenamente com todo seu Ser. Um cantinho de amor, realizado para todos nós.

QUEM SOU EU?

EU sou presença Divina da Paz. Eu sou o EU

EU sou presença Divina da Luz. Eu sou o EU

EU sou presença Divina do Amor. Eu sou o EU

EU sou presença de Deus em ação. Eu sou o EU

EU sou a porta aberta do meu coração, que, nada, nem ninguém pode fechar. Eu sou o EU.

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sábado, 14 de junho de 2014

O PODER DO SILÊNCIO - Eckhart Tolle



"A calma é a nossa natureza essencial. O que é a calma? É o espaço interior ou a consciência onde as palavras aqui escritas são assimiladas e se transformam em pensamentos. Sem essa consciência, não haveria percepção, não haveria pensamentos nem mundo. Você é essa consciência em forma de pessoa. 

Quando você perde contato com sua calma interior, você perde contato com você mesmo. Quando perde esse contato, você fica perdido no mundo. Sua mais íntima noção de si mesmo, de quem você é, não pode ser separada da calma. Ela é o EU SOU, mais profundo do que seu nome e da sua forma externa. 

O equivalente ao barulho externo é o barulho interno do pensamento. O equivalente ao silêncio externo é a calma interior. Sempre que houver silêncio à sua volta, ouça-o. Isso significa: apenas perceba-o. Preste atenção nele. Ouvir o silêncio desperta a dimensão de calma que já existe dentro de você, porque é só através da calma que você pode perceber o silêncio. Note que, quando você percebe o silêncio à sua volta, você não está pensando. Você está consciente do silêncio, mas não está pensando. 

Quando você percebe o silêncio, instala-se imediatamente uma calma alerta no seu interior. Você está presente. Nesses momentos você se liberta de milhares de anos de condicionamento humano coletivo. 

Olhe para uma árvore, uma flor, uma planta. Deixe sua atenção repousar nelas. Note como estão calmas, profundamente enraizadas no Ser. Deixe que a natureza lhe ensine o que é a calma. 

Quando você olha para uma árvore e percebe a calma da árvore, você também se acalma. Você se conecta à árvore num nível muito profundo. Você sente uma unidade com tudo o que percebe na calma e através dela. Sentir a sua unidade com todas as coisas é amor. 

O silêncio ajuda, mas você não precisa dele para encontrar a calma. Mesmo se houver barulho por perto, você pode perceber a calma por baixo do ruído, do espaço em que surge o ruído. Esse é o espaço interior da percepção pura, da própria consciência. Você pode se dar conta dessa percepção como um pano de fundo para tudo o que seus sentidos apreendem, para todos os seus pensamentos. Dar-se conta da percepção é o início da calma interior. 

Qualquer barulho perturbador pode ser tão útil quanto o silêncio. De que forma? Abolindo a sua resistência interior ao barulho, deixando-o ser como ele é. Essa aceitação também leva você ao reino da paz interior que é a calma. Sempre que você experimenta a calma e fica em paz. 

Preste atenção nos intervalos - o intervalo entre dois pensamentos, o curto e silencioso espaço entre as palavras e frases numa conversa, entre as notas de um piano ou de uma flauta ou o intervalo entre a inspiração e a expiração. Quando você presta atenção nesses intervalos, a percepção de "alguma coisa" se torna apenas percepção. Dentro de você surge a pura consciência desprovida de qualquer forma. Você deixa então de identificar-se com a forma. 

A verdadeira inteligência atua silenciosamente. A calma é o lugar onde a criatividade e a solução dos problemas são encontradas. 

Será que a calma e o silêncio são apenas a ausência de barulho e de conteúdo? Não, a calma e o silêncio são a própria inteligência, a consciência básica da qual provêm todas as formas de vida. A forma de vida que você pensa que é, vem dessa consciência e é sustentada por ela. Essa consciência é a essência das galáxias mais complexa e das folhas mais simples. É a essência de todas as flores, árvores, pássaros e demais formas de vida. 

A calma é a única coisa no mundo que não tem forma. Na verdade, ela não é uma coisa nem pertence a este mundo. 

Quando você olha num estado de calma para uma árvore ou uma pessoa, quem está olhando? É algo mais profundo do que você. A consciência está olhando para a sua própria criação. A Bíblia diz que Deus criou o mundo e viu que era bom. É isso que você vê quando olha num estado de calma, sem pensar em nada. 

Você precisa saber mais coisas do que já sabe? Você acha que o mundo será salvo se tiver mais informações, se os computadores se tornarem mais rápidos ou se forem feitas mais análises intelectuais e científicas? O que a humanidade precisa hoje é de mais sabedoria para viver. 

Mas o que é sabedoria e onde ela pode ser encontrada? A sabedoria vem da capacidade de manter a calma e o silêncio interior. Apenas veja e ouça. Não é preciso nada além disso. Manter a calma, olhando e ouvindo, ativa a inteligência que existe dentro de você. Deixe que a calma interior oriente suas palavras e ações [...medite]. 

A maioria das pessoas passa a vida toda aprisionada nos limites dos próprios pensamentos. Nunca vai além das estreitas idéias já feitas, do sentido do "eu" condicionado ao passado. 

Em você, como em cada ser humano, existe uma dimensão de consciência bem mais profunda do que o pensamento. É a essência de quem você é. Podemos chamá-la de presença, de percepção, de consciência livre de condicionamentos. Nos antigos ensinamentos religiosos, essa consciência é o Cristo interior ou a sua natureza búdica. 

Descobrir essa dimensão liberta você do sofrimento que causa a si mesmo e aos outros, quando você conhece apenas esse pequeno "eu" condicionado e deixa que ele conduza sua vida. O amor, a alegria, a criatividade e a verdadeira paz interior só podem entrar em sua vida quando você atinge essa dimensão de consciência livre de condicionamentos. 

Se você reconhecer, mesmo esporadicamente, que os pensamentos que passam por sua cabeça são meros pensamentos; se você consegue se dar conta dos padrões que se repetem em suas reações mentais e emocionais, é sinal de que essa dimensão de consciência está emergindo. Ela é o espaço interno em que o conteúdo de sua vida se desdobra. 

A corrente do pensamento tem uma enorme força que pode muito facilmente levar você de roldão. Cada pensamento tem a pretenção de ser extremamente importante. Cada pensamento quer sugar sua completa atenção. 

Eis um novo exercício espiritual para você praticar: não leve seus pensamentos muito a sério! 

Com muita facilidade as pessoas ficam aprisionadas nas armadilhas de seus próprios pensamentos! 

Como a mente humana tem um imenso desejo de saber, de compreender e de controlar, ela confunde opiniões e pontos de vista com a verdade. A mente afirma: "as coisas são exatamente assim". Você precisa ir além dos seus pensamentos para perceber que, ao interpretar a "sua vida" ou a vida e o comportamento dos outros, ao julgar qualquer situação, você está expressando apenas um ponto de vista entre muitos possíveis. Suas opiniões e pontos de vista não passam de um punhado de pensamentos. Mas a realidade é outra coisa. Ela é um todo unificado em que todas as coisas se interligam e nada existe em si e por si. Pensar fragmenta a realidade, cortando-a em pequenos pedaços, em pequenos conceitos. 

A mente pensante é uma ferramenta útil e poderosa, mas torna-se muito limitadora quando invade completamente a sua vida, impedindo você de perceber que a mente é apenas um pequeno aspecto da consciência que você é. 

A sabedoria não é um produto do pensamento. A sabedoria é um profundo conhecimento que vem do simples ato de dar total atenção a alguém ou a alguma coisa. A atenção é a inteligência primordial, a própria consciência. Ela dissolve as barreiras criadas pelo pensamento, levando-nos a reconhecer que nada existe em si e por si. A inteligência une a pessoa que percebe ao objeto percebido, num campo unificado de percepção. É a atenção que cura a separação."


Fonte:  Eckhart Tolle lle

quarta-feira, 4 de junho de 2014

CONSCIÊNCIA MANIFESTA - Eckhart Tolle




"A alegria do Ser é a alegria de estar consciente. A consciência já é consciente. Ela é o não manifestado, o eterno. O universo porém, só está se tornando consciente pouco a pouco. A consciência em si é infinita e, portanto, não evolui. Nunca nasceu e não morre. Quando ele se transforma no universo manifestado, parece estar sujeita ao tempo, e a um processo evolutivo. Nenhuma mente humana é capaz de compreender plenamente o motivo desse processo. No entanto, podemos ter um vislumbre dele dentro de nós mesmos e vivenciá-lo como participantes conscientes.

A consciência é a inteligência, o princípio organizador por trás do surgimento da forma. Ela vem elaborando formas por milhões de anos para que possa se expressar através delas no plano manifestado.  Embora o nível não manifestado da consciência pura possa ser considerado outra dimensão, ele não está separado dessa dimensão da forma. A forma e a ausência dela se interpenetram. O não manifestado inunda essa dimensão como consciência, espaço interior, presença. Como ele faz isso? Por meio da forma humana que se torna consciente, e assim, cumpre seu destino.

A consciência encarna na dimensão manifestada, ou seja, toma forma. Quando faz isso entra num estado semelhante ao sonho. A inteligência permanece porém, a consciência fica inconsciente de si mesma. Perde-se nas formas, identifica-se com elas. Isso poderia ser descrito como a descida do divino à matéria.

No nosso planeta, o ego humano representa o estágio final do sono universal, a identificação da consciência com a forma. É uma etapa necessária na evolução da consciência.

O próximo passo na evolução humana não é inevitável, mas pela primeira vez na história do planeta, pode ser uma escolha consciente. Quem está fazendo essa escolha? Você está. E quem é você? A consciência que se tornou consciente de si mesma.

O cérebro humano é uma forma altamente diferenciada pela qual a consciência entra nesta dimensão. Ele contém aproximadamente 100 bilhões de células nervosas ( os neurônios ) quase o mesmo número de estrelas que existem na nossa galáxia, e poderia ser considerado um cérebro macrocósmico. Esse órgão não cria a consciência. No entanto, ela o criou - como a mais complexa forma física sobre a Terra - para sua expressão. Quando ele sofre um dano, isso não significa que perdemos a consciência, e sim que, ela não consegue mais usar essa forma para entrar nessa dimensão. É impossível perder a consciência, porque ela é, em essência, quem nós somos. Só podemos perder aquilo que temos, e não algo que somos.

Embora não possamos conhecer a consciência, somos capazes de nos tornar conscientes dela como nós mesmos. Temos como senti-la diretamente em qualquer situação, não importa onde estejamos. Podemos senti-la aqui e agora como nossa verdadeira presença, o espaço interior em que as palavras dessa página são percebidas e se transformam em pensamentos. Ela é o EU SOU subjacente. Por exemplo, as palavras que você está lendo e nas quais está pensando são o primeiro plano, enquanto o EU SOU é o substrato, o pano de fundo implícito em cada sensação, pensamento e sentimento.

Compreender a espiritualidade é ver com clareza que o que nós percebemos, vivenciamos, pensamos ou sentimos não é, em última análise, quem somos, que não podemos nos encontrar em todas essas coisas transitórias.

É provável que Buda tenha sido o primeiro humano a entender isso - razão de ter sido a anatta ( a noção de não-eu) um dos pontos centrais do seus ensinamentos. Quando Jesus disse: "Negue a si mesmo", sua intenção era formar: Desfaça a ilusão do eu separado. Se o eu - o ego- fosse de fato quem somos, seria um absurdo negá-lo.

O que permanece é a luz da consciência, sob a qual percepções, sensações, pensamentos e sentimentos vêm e vão. Isso é o Ser, o mais profundo e verdadeiro eu. Quando sabemos que somos isso, qualquer coisa que ocorra na nossa vida deixa de ter importância absoluta para adquirir uma importância apenas relativa. Respeitamos os acontecimentos, mas eles perdem sua seriedade plena, seu peso.

Quando as formas com as quais nos identificamos, que nos dão a percepção do eu, desmoronam ou são removidas, o ego entra em colapso, uma vez que ele é a identificação com a forma. No momento em que não há mais nada com que possamos nos identificar, quem somos nós? Assim que as formas ao nosso redor morrem, ou quado sua morte se aproxima, nossa percepção da Existência do EU SOU, fica livre das ligações com a forma; o espírito é libertado de sua prisão na matéria. Passamos a compreender nossa identidade essencial como informe, como uma presença onipresente do Ser, antes de todas as formas, de todas as identificações. Entendemos nossa verdadeira identidade como a consciência propriamente dita, não como algo ao qual a consciência se vinculara.Essa é a paz de Deus."

quinta-feira, 22 de maio de 2014

ECKHART TOLLE ELUCIDA SOBRE TELEVISÃO




Para um número significativo de pessoas, ver televisão é algo “relaxante”. Observe a si mesmo e verá que, quanto mais tempo sua atenção permanece tomada pela tela, mais sua atividade intelectual se mantém suspensa. Assim, por longos períodos você estará assistindo a atrações como programas de entrevistas, jogos, shows de variedades, quadros de humor e até mesmo a anúncios sem que quase nenhum pensamento seja gerado pela sua mente. Você não apenas deixa de se lembrar dos seus problemas como se torna livre de si mesmo por um tempo – e o que poderia ser mais relaxante do que isso?

Então ver televisão cria o espaço interior? Será que isso nos faz entrar no estado de presença? Infelizmente, não é o que acontece. Embora a mente possa ficar sem produzir nenhum pensamento por um bom tempo, ela permanece ligada à atividade do pensamento do programa que está sendo exibido. Mantém-se associada à versão televisiva da mente coletiva e segue absorvendo seus pensamentos.

Sua inatividade é apenas no sentido de que ela não está gerando pensamentos. No entanto, continua assimilando os pensamentos e as imagens que chegam à tela. Isso induz um estado passivo semelhante ao transe, que aumenta a suscetibilidade, e não é diferente da hipnose. E por isso que a televisão se presta à manipulação da “opinião pública”, como é do conhecimento de políticos, de grupos que defendem interesses específicos e de anunciantes – eles gastam fortunas para nos prender no estado de inconsciência receptiva. Querem que seus pensamentos se tornem nossos pensamentos e, em geral, conseguem.

Portanto, quando estamos vendo televisão, nossa tendência é cair abaixo do nível do pensamento, e não nos posicionarmos acima dele. A TV tem isso em comum com o álcool e com determinadas drogas. Embora ela nos proporcione um pouco de alívio em relação à mente, mais uma vez pagamos um preço alto: a perda da consciência. Assim como as drogas, essa distração tem uma grande capacidade de viciar. Procuramos o controle remoto para mudar de canal e, em vez disso, nos vemos percorrendo todas as emissoras.

Meia hora ou uma hora mais tarde, ainda estamos ali, passeando pelos canais. O botão de desligar é o único que nosso dedo parece incapaz de apertar. Continuamos olhando para a tela. Porém, normalmente não porque algo significativo tenha chamado nossa atenção, e sim porque não há nada interessante sendo transmitido.

Television is a drug - from Beth Fulton

Depois que somos fisgados, quanto mais trivial e mais sem sentido é a atração, mais intenso se torna nosso vício. Se isso fosse estimulante para o pensamento, motivaria nossa mente a pensar por si mesma de novo, o que é algo mais consciente e, portanto, preferível a um transe induzido pela televisão. Dessa forma, nossa atenção deixaria de ser prisioneira das imagens da tela.

O conteúdo da programação, caso apresente alguma qualidade, pode até certo ponto neutralizar, e algumas vezes até mesmo desfazer, o efeito hipnótico e entorpecedor da TV. Existem determinados programas que são de uma utilidade extrema para muitas pessoas – mudam sua vida para melhor, abrem seu coração, fazem com que se tornem mais conscientes.

Há também algumas atrações humorísticas que acabam sendo espirituais, mesmo que não tenham essa intenção, por mostrarem uma versão caricata da insensatez humana e do ego. Elas nos ensinam a não levar nada muito a sério, a permitir um pouco mais de descontração e leveza na nossa vida. E, acima de tudo, nos ensinam isso enquanto nos fazem rir. O riso tem uma extraordinária capacidade de liberar e curar.

Contudo, a maior parte do que é exibido na televisão ainda está nas mãos de pessoas que são totalmente dominadas pelo ego. Assim, a intenção oculta da TV é nos controlar nos colocando para dormir, isto é, deixando-nos inconscientes.

Evite assistir a programas e anúncios que o agridam com uma rápida sucessão de imagens que mudam a cada dois ou três segundos ou menos. O hábito de assistir à televisão em excesso e essas atrações em particular são duas causas importantes do transtorno de déficit de atenção, um distúrbio mental que vem afetando milhões de crianças em todo o mundo.

A atenção deficiente, de curta duração, torna todos os nossos relacionamentos e percepções superficiais e insatisfatórios. Qualquer coisa que façamos nesse estado, qualquer ação que executemos, carece de qualidade, pois a qualidade requer atenção.

O hábito de ver televisão com frequência e por longos períodos não só nos deixa inconscientes como induz a passividade e drena toda a nossa energia. Portanto, em vez de assistir à TV ao acaso, escolha os programas que despertam seu interesse. Enquanto estiver diante dela, procure sentir a vívida atividade dentro do seu corpo – faça isso toda vez que se lembrar. De vez em quando, tome consciência da sua respiração. 

Desvie os olhos da tela em intervalos regulares, pois isso evitará que ela se aposse completamente do seu sentido visual. Não ajuste o volume acima do necessário para que a televisão não o domine no nível auditivo. Tire o som durante os intervalos. Procure não dormir logo após desligar o aparelho ou, ainda pior, adormecer com ele ligado. 

quinta-feira, 1 de maio de 2014

SOU O AGORA - Eckhart Tolle



"Este exato momento AGORA é a única coisa da qual você jamais conseguirá escapar, o único fator constante em sua vida.

Aconteça o que acontecer, e por mais que sua vida mude, uma coisa é certa: é sempre o AGORA.

Se não for possível fugir do AGORA, por que não acolhê-lo e tratá-lo bem?

A divisão da vida em passado, presente e futuro é uma construção da mente, em última análise: ILUSÓRIA.

Passado e futuro são formas pensamento, abstrações mentais.
O PASSADO só pode ser lembrado AGORA.
O que você lembra é um fato que aconteceu no AGORA e do qual você se lembra AGORA.
O FUTURO, quando chega, é o AGORA.
Portanto, a única coisa real, a única coisa que sempre existe,é o AGORA.

Concentrar sua atenção no AGORA, não é negar o que é necessário em sua vida. É reconhecer o que é prioritário.
Depois, você poderá lidar mais facilmente com o que é secundário.
Veja o que é prioritário e faça do AGORA seu amigo, não seu inimigo. Reconheça-o, respeite-o. Quando o AGORA é a base e o foco principal de sua vida, ela flui com facilidade.

Sinta a vida em seu corpo.
Isso enraíza você no AGORA.
Enquanto não se responsabilizar por este exato momento - O AGORA - você não estará assumindo qualquer responsabilidade por sua vida.

É por isso que o Agora é o único lugar onde a Vida pode ser encontrada.
O AGORA é como é porque não pode ser de outro jeito.
Assumir responsabilidade por este momento presente é estar em harmonia com a vida.

Quando você passa a dar atenção ao AGORA, cria-se um estado de alerta. É como se você acordasse de um sonho, o sonho do pensamento, o sonho do passado e do futuro.
É tão claro é tão simples.
Não sobra lugar para criar problemas.
Só esse momento, tal como ele é.

Quando concentra sua atenção no AGORA, você se dá conta de que a vida é SAGRADA. Existe algo de SAGRADO em tudo que você percebe quando se encontra no presente. Quanto mais você viver no AGORA, mais vai sentir a simples e profunda alegria de SER e do caráter sagrado da Vida.

A maior parte das pessoas confunde o AGORA com o que ACONTECE no agora. Mas não é isso.

O AGORA é mais profundo do que qualquer conteúdo que ocorre nele.
É o ESPAÇO no qual tudo ACONTECE.
Você sempre ignora o fato mais óbvio: o seu sentido mais profundo de ser não tem nada a ver com o que acontece na sua vida, nada a ver com o conteúdo de
sua vida.
O sentido de ser, de EU SOU, está intimamente ligado ao AGORA.
Ele sempre permanece o mesmo.
Na infância e na velhice, na saúde ou na doença, no sucesso ou no fracasso, o EU SOU, o espaço do AGORA permanece imutável no nível mais profundo. Mas como ele costuma se confundir com o que acontece em sua vida, você sente o EU SOU ou o AGORA muito tênue e indiretamente, através do conteúdo da sua vida.

Em outras palavras: sua noção de ser fica obscurecida pelas circunstâncias, por sua corrente de pensamento e pelos inúmeros fatos que ocorrem no mundo à sua volta.

O Agora fica encoberto pelo tempo.

No entanto, é tão simples lembrar a verdade e dessa forma voltar às origens (...)
Eu NÃO SOU os meus pensamentos, NÃO SOU minhas emoções, minhas percepções sensoriais e minhas experiências.
NÃO SOU o conteúdo da minha vida.

Sou o espaço onde todas as coisas acontecem.
EU SOU A CONSCIÊNCIA.
SOU O AGORA."

sexta-feira, 11 de abril de 2014

SOBRE O EGO - Eckhart Tolle

"Nosso sentido de quem somos determina o que percebemos como nossas necessidades e o que importa na nossa vida - e o que nos interessa tem o poder de nos irritar e perturbar. Podemos usar isso como um critério para descobrir até que ponto nos conhecemos. O que nos interessa não é o que dizemos nem aquilo em que acreditamos, mas o que nossas ações e reações revelam como importante e sério. 
Portanto, talvez queiramos nos fazer a seguinte pergunta: o que me irrita e perturba? Se coisas pequenas têm a capacidade de nos atormentar, então quem pensamos que somos é exatamente isto: pequeno. Essa é nossa crença inconsciente. Quais são as coisas pequenas? No fim das contas, todas as coisas são pequenas porque todas elas são efêmeras.
Podemos até dizer: "Sei que sou um espírito imortal" ou "Estou cansado deste mundo louco. Tudo o que quero é paz" - até o telefone tocar. Más notícias: o mercado de ações caiu, o acordo pode não dar certo, o carro foi roubado, nossa sogra chegou, cancelaram a viagem, o contrato foi rompido, nosso parceiro ou parceira foi embora, alguém exige mais dinheiro somos responsabilizados por algo. De repente ocorre um ímpeto de raiva, de ansiedade.
Uma aspereza brota na nossa voz: "Não aguento mais isto."Acusamos e criticamos, atacamos, defendemos ou nos justificamos, e tudo acontece no piloto automático. Alguma coisa obviamente é muito mais importante agora do que a paz interior que um momento atrás dissemos que era tudo o que desejávamos. E já não somos mais um espírito imortal. O acordo, o dinheiro, o contrato, a perda ou a possibilidade da perda são mais relevantes. Para quem? Para o espírito imortal que dissemos ser? Não, para nosso pequeno eu que busca segurança ou satisfação em coisas que são transitórias e fica ansioso ou irado porque não consegue o que deseja. Bem, pelo menos agora sabemos quem de fato pensamos que somos.
Se a paz é de fato aquilo que desejamos, então devemos escolhê-la. Se ela fosse mais importante para nós do que qualquer outra coisa e se nós nos reconhecêssemos de verdade como um espírito em vez de um pequeno eu, permaneceríamos sem reagir e num absoluto estado de alerta quando confrontados com pessoas ou circunstâncias desafiadoras. Aceitaríamos de imediato a situação e, assim, nos tornaríamos um com ela em vez de nos separarmos dela. Depois, da nossa atenção consciente surgiria uma reação. Quem nós somos (consciência) - e não quem pensamos que somos (um pequeno eu) - estaria reagindo. Isso seria algo poderoso e eficaz e não faria de ninguém nem de uma situação um inimigo.
O mundo sempre se assegura de impedir que nos enganemos por muito tempo sobre quem de fato pensamos que somos nos mostrando o que realmente é importante para nós. A maneira como reagimos a pessoas e situações, sobretudo quando surge um desafio, é o melhor indício de até que ponto nos conhecemos a fundo.
Quanto mais limitada, quanto mais estreitamente egoica é a visão que temos de nós mesmos, mais nos concentramos nas limitações egoicas - na inconsciência - dos outros e reagimos a elas. Os "erros" das pessoas ou o que percebemos como suas falhas se tornam para nós a identidade delas. Isso significa que vemos apenas o ego nos outros e, assim, fortalecemos o ego em nós. Em vez de olharmos "através" do ego deles, olhamos "para" o ego. E quem está fazendo isso? O ego em nós.
As pessoas muito inconscientes sentem o próprio ego por meio do seu reflexo nos outros. Quando compreendemos que aquilo a que reagimos nos outros também está em nós (e algumas vezes apenas em nós), começamos a nos tornar conscientes do nosso próprio ego. Nesse estágio, podemos também compreender que estamos fazendo às pessoas o que pensávamos que elas estavam fazendo a nós. Paramos de nos ver como uma vítima.
Nós não somos o ego. Portanto, quando nos tornamos conscientes do ego em nós, isso não significa que sabemos quem somos - isso quer dizer que sabemos quem não somos. Mas é por meio do conhecimento de quem não somos que o maior obstáculo ao verdadeiro conhecimento de nós mesmos é removido.
Ninguém pode nos dizer quem somos. Seria apenas outro conceito, portanto não nos faria mudar. Quem nós somos não requer crença. Na verdade, toda crença é um obstáculo. Isso não exige nem mesmo nossa compreensão, uma vez que já somos quem somos. No entanto, sem a compreensão, quem nós somos não brilha neste mundo.
Permanece na dimensão não manifestada que, é claro, é seu verdadeiro lar. Nós somos então como uma pessoa aparentemente pobre que não sabe que tem uma conta de 100 milhões de reais no banco. Com isso, nossa riqueza permanece um potencial oculto."


quarta-feira, 9 de abril de 2014

CARÊNCIAS E ABUNDÂNCIA

"A pessoa que nós julgamos ser, está também intimamente relacionada com o modo como julgamos ser tratados pelos outros.
Muitas pessoas queixam-se de que os outros não as tratam suficientemente bem. "Não me respeitam, não me dão atenção, nem reconhecem o meu valor".
Quando as outras pessoas são simpáticas, desconfiam de razões dissimuladas. "Os outros querem manipular-me, aproveitar-se de mim. Ninguém me ama."A pessoa que julgam ser assim como: "Eu sou um "pequeno eu" carente, cujas necessidades não estão satisfeitas."
Esta é uma falsa percepção básica, que gera disfunção e conflitos em todos os seus relacionamentos. Essas pessoas, acreditam que não têm nada para dar e que o mundo ou as outras pessoas estão lhe negando aquilo de que elas realmente precisam.
Toda a sua realidade é baseada numa percepção ilusória de quem são, o que afeta negativamente as situações e arruína todas as relações. 
Se a ideia de carência - seja dinheiro, reconhecimento ou amor - se tornou parte de quem pensamos ser, sentiremos sempre carência. Em vez de reconhecermos tudo o que de bom já existe na nossa vida, só nos concentramos na carência. Reconhecermos o que de bom já existe na nossa vida é a base para que a abundância surja.
O fato é este: aquilo que julgamos que o mundo nos está negando é aquilo que nós estamos negando ao mundo. Estamos negando-o porque, no fundo, pensamos que somos pequenos e não tempos nada para dar.
Experimente fazer o seguinte durante algumas semanas, e veja como tal mudará a sua realidade: tudo o que pensar que as outras pessoaslhe estão a negar - estima, consideração, ajuda, atenção afetiva, etc.. dê você a elas.
Você não possui essas coisas? Aja como se as possuísse e elas aparecerão. Então, pouco depois de começar a dar, começará a receber. Você não não pode receber aquilo que não der.
O que sai de si determina o que entra. Você já tem tudo o que pensa que o mundo não lhe está a dar, mas se não permitir que isso flua para o exterior, nem sequer saberá que o possui. Isto inclui a abundância.
A lei que estipula que o que sai determina o que entra é expressa por Jesus nesta poderosa imagem: "Dai e dar-se-vos-á: uma boa medida, cheia, recalcada, transbordante será lançada no vosso regaço."
A fonte de toda a abundância não se encontra fora de si. Faz parte de quem você é. No entanto comece por reconhecer a abundância no exterior. Observe a riqueza da vida que existe à sua volta: ao sentir o calor do Sol na sua pele, ao contemplar as flores magníficas em exposição à porta de uma florista, ao dar uma dentada num fruto suculento ou ao ficar ensopado debaixo de uma copiosa chuva caída do céu.
A abundância da vida reside em cada passo que der. O reconhecimento dessa abundância que existe ao seu redor desperta a abundância adormecida dentro de si. Depois deixe-a sair. Ao sorrir para um estranho, já se verifica um pequena saída de energia. Você torna-se um doador. Pergunte a si mesmo regularmente: "O que posso dar aqui? Como posso ser útil para esta pessoa, nesta situação?"
Você não tem de possuir nada para se sentir abundante, embora as coisas venham com certeza até você, no caso de se sentir abundante consistentemente. A abundância só chega àqueles que já a possuem. Isto parece quase injusto, mas obviamente que não é.
É uma lei universal.
Tanto a abundância como a escassez são estados interiores que se manifestam como a nossa realidade.

terça-feira, 8 de abril de 2014

ENTRE EM SINTONIA COM A CONSCIÊNCIA MAIOR - Eckhart Tolle


"Existe uma energia vital que você pode sentir em todo o seu Ser, em cada célula do seu corpo, independentemente dos seus pensamentos.
Nesse estado de consciência, se você precisar usar a mente para algum fim prático, ela estará presente. E a mente funciona muito bem quando a inteligência maior que é você se expressa através dela. Talvez você não tenha se dado conta, mas aqueles breves períodos em que fica "consciente sem pensar" já estão ocorrendo natural e espontaneamente em sua vida. Você pode estar fazendo algum trabalho manual, andando pela casa, aguardando o embarque num aeroporto e estar tão presente que a estática habitual do pensamento se interrompe e é substituída por um estado de alerta. Ou você pode estar olhando o céu ou ouvindo alguém falar, sem fazer qualquer comentário mental. Suas percepções se tornam transparentes como cristal, sem qualquer pensamento para toldá-las.
Mesmo que você não perceba, a verdade é que essa é a coisa mais importante que pode acontecer a você. E o começo do processo de mudança, do pensar para o estar presente, alerta e atento. Sinta-se à vontade com o "não saber". Isso leva você para além da mente, pois ela está sempre querendo tirar conclusões e interpretar. A mente teme não saber. Assim, quando consegue ficar à vontade com o "não saber", você já foi além da mente. Um conhecimento mais profundo que não é baseado em qualquer conceito vai emergir desse estado.
Quando há um domínio completo da criação artística, dos esportes, da dança, do ensino, do aconselhamento, é sinal de que a mente pensante não está mais envolvida ou, no mínimo, está em segundo plano. Nessas áreas predominam uma força e uma inteligência que são maiores do que você e, ao mesmo tempo, fazem parte de você. Não existe mais um processo de decisão. As ações corretas acontecem espontaneamente, e não é "você" quem as faz. Ter o domínio completo da vida é o contrário de controlá-la. Você entra em sintonia com a consciência maior. É ela quem age, fala e faz o que é necessário.
A Verdade nos leva muito além do que a mente é capaz de compreender. Nenhum pensamento pode conter toda a Verdade. No máximo, pode apontar para a Verdade dizendo, por exemplo: "Todas as coisas são intrinsecamente uma só." Essa é uma indicação, não uma explicação.
Compreender essas palavras é sentir profundamente dentro de si mesmo a Verdade para a qual elas apontam.
Quando você pensa ou fala a respeito de si mesmo, quando diz "eu", está se referindo a "eu e a minha história". Está falando do ego com seus gostos e desgostos, medos e desejos, o ego que nunca se satisfaz por muito tempo. Essa é a noção que a sua mente tem de você, condicionada pelo passado e buscando encontrar sua plenitude no futuro. Você se dá conta de que esse ego é fugaz e passageiro como uma onda na superfície do mar? Quem percebe isso? Quem compreende que sua forma física e psicológica é passageira? E o Eu Sou.
Esse é o "eu" mais profundo, que não tem nada a ver com o passado e o futuro.
Quando cada pensamento absorve toda a sua atenção, isso mostra que você se identifica com a voz que está dentro da sua cabeça. O pensamento se confunde então com o sentido do "eu". Esse é o "eu" criado pela mente, o que chamamos de "ego".
Esse ego construído pela mente se sente totalmente incompleto e precário. Por isso o medo e o desejo são as emoções e forças dominantes e motivadoras desse ego. Quando você se dá conta de que existe uma voz na sua cabeça que pretende ser você e não para de falar, percebe que, de forma inconsciente, você vem se identificando com a corrente do pensamento. Quando percebe a existência dessa voz, você compreende que não é essa voz, mas a pessoa que a percebe.
Ter liberdade é saber que você é a consciência por trás dessa voz."

segunda-feira, 7 de abril de 2014

A MENTE, MENTE - Eckhart Tolle

"O reino da consciência é muito mais vasto do que aquilo que o pensamento é capaz de abranger. Quando você deixa de acreditar em tudo o que pensa, você sai do pensamento e vê claramente que quem está pensando não é quem você é essencialmente.
A mente funciona com "voracidade" e por isso está sempre querendo mais. Quando você se identifica com a sua mente, fica facilmente entediado e ansioso. O tédio demonstra que a mente deseja avidamente mais estímulo, mais o que pensar, e que essa fome não está sendo saciada. Quando você fica entediado, pode querer satisfazer a fome da mente lendo uma revista, dando um telefonema, assistindo à tevê, navegando na Internet, fazendo compras ou - o que é bem comum - transferindo a sensação mental de carência e sua necessidade de quero mais para o corpo e se satisfazendo temporariamente comendo mais.
A alternativa é aceitar o tédio e a ansiedade e observar como é sentir-se entediado e ansioso. A medida que você se dá conta dessa sensação, surge de repente um espaço e uma calma em volta dela.
Primeiro é um pequeno espaço interno, mas, à medida que esse espaço aumenta, o tédio começa a diminuir de intensidade e de significado. Dessa forma, até o tédio pode ensinar quem você é e quem não é. Você descobre que não é uma "pessoa entediada".
O tédio é simplesmente um movimento de energia condicionada dentro de você. Da mesma forma, você não é uma pessoa irritada, rancorosa, triste ou medrosa. O tédio, a raiva, a tristeza e o medo não são "seus", não fazem parte da sua pessoa. Eles são estados da mente humana.
E, por isso, vão e voltam. Nada daquilo que vai e volta é você. "Estou entediado." Quem sabe disso? "Estou irritado, triste, com medo." Quem sabe disso? Você é a pessoa que sabe disso. Você não é seus sentimentos.
Qualquer tipo de preconceito mostra que você está identificado com a mente pensante. Mostra que você não está vendo o outro ser humano, está vendo apenas seu conceito sobre aquele ser humano. Reduzir alguém a um conceito já é uma forma de violência.
O pensamento que não tem raízes na consciência passa a servir apenas aos interesses daquele que pensa e deixa de ter função.
A inteligência desprovida de sabedoria torna-se muito perigosa e destrutiva. E nesse estado que se encontra a maior parte da humanidade.
O predomínio do pensamento na ciência e na tecnologia – embora intrinsecamente não seja um fato ruim nem bom – tornou-se algo destrutivo, porque frequentemente esse pensamento não está enraizado na consciência.
O próximo passo na evolução humana é transcender o pensamento. Hoje é a nossa tarefa mais premente. Isso não significa que não devemos mais pensar, mas simplesmente que não devemos nos identificar com o pensamento nem ser dominados por ele.
Existe uma energia vital que você pode sentir em todo o seu Ser, em cada célula do seu corpo, independentemente dos seus pensamentos. Nesse estado de consciência, se você precisar usar a mente para algum fim prático, ela estará presente.
E a mente funciona muito bem quando a inteligência maior que é você se expressa através dela. Talvez você não tenha se dado conta, mas aqueles breves períodos em que fica "consciente sem pensar" já estão ocorrendo natural e espontaneamente em sua vida.
Você pode estar fazendo algum trabalho manual, andando pela casa, aguardando o embarque num aeroporto e estar tão presente que a estática habitual do pensamento se interrompe e é substituída por um estado de alerta.
Ou você pode estar olhando o céu ou ouvindo alguém falar, sem fazer qualquer comentário mental. Suas percepções se tornam transparentes como cristal, sem qualquer pensamento para toldá-las."

segunda-feira, 24 de março de 2014

EMOÇÃO É PENSAMENTO ENERGIZADO - Eckhart Tolle


"A emoção nasce no lugar onde a mente e o corpo se encontram. É a reação do corpo à nossa mente ou, podemos dizer, um reflexo da mente no corpo.

Em geral, não temos consciência de todos os nossos padrões de pensamento. Só é possível trazê-los à consciência quando observamos nossas emoções.
Quanto mais identificados estivermos com nosso pensamento, com as coisas que nos agradam ou não, com nossos julgamentos e interpretações, ou seja, quanto menos presentes estivermos como consciência observadora, mais forte será a carga emocional, tenhamos ou não consciência disso.

Se quisermos conhecer mesmo a nossa mente, o corpo sempre nos dará um reflexo confiável. Portanto, observe a sua emoção ou melhor, sinta-a em seu corpo... Você pode permitir que a emoção esteja ali, sem deixar que ela assuma o controle. Você não é mais a emoção. Você é o observador, a presença que observa.

Concentre sua atenção dentro de você. Sinta a energia da emoção. Se não há emoção presente, concentre sua atenção mais fundo no campo da energia interna do seu corpo. Essa é a porta de entrada para o Ser.

Uma emoção, em geral, representa um padrão de pensamento amplificado e energizado. Por conta da carga energética quase sempre excessiva que ela contém, não é fácil, a princípio, termos condições de observá-la. A emoção quer assumir o controle, e quase sempre consegue, a menos que você esteja presente e alerta. Se você for empurrado para uma identificação inconsciente com a emoção, ela se tornará, temporariamente, ‘você’. É comum se estabelecer um círculo vicioso entre o pensamento e a emoção porque um alimenta o outro. O padrão do pensamento cria um reflexo amplificado em si na forma de uma emoção, fazendo com que a frequência vibratória desta permaneça alimentando o padrão do pensamento original. Ao lidar mentalmente com a situação, acontecimento ou pessoa que é identificada como causadora da emoção, o pensamento fornece a energia para a emoção, a qual, por sua vez, energiza o padrão de pensamento, e assim por diante.

Quanto mais a mente tenta se livrar do sofrimento, mais ele aumenta. A mente nunca pode achar a solução, nem pode permitir que encontremos a solução, porque é, ela mesma, uma parte intrínseca do ‘problema’.

Não nos livraremos desse sofrimento enquanto não extrairmos o sentido de eu interior da identificação com a mente, ou seja, do ego. A mente é, então, derrubada da sua posição de poder, e o Ser se revela em si mesmo, como a verdadeira natureza da pessoa.

Precisamos nos tornar plenamente conscientes de nossas emoções e sermos capazes de senti-las, antes de sermos capazes de sentir aquilo que está além delas. A palavra emoção significa, literalmente, ‘desordem’. A palavra vem do latim emovere, que significa ‘movimentar’.”

As emoções... sendo uma parte da mente dualística, estão sujeita à lei dos opostos. Enquanto estivermos identificados com as nossas mentes, o que significa dizer, enquanto estivermos inconscientes espiritualmente, o sofrimento será inevitável. Refiro-me aqui ao sofrimento emocional, que é também a causa principal do sofrimento físico e da doença. O ressentimento, o ódio, a autopiedade, a culpa, a raiva, a depressão, o ciúme e até mesmo uma leve irritação são formas de sofrimento. É o inseparável oposto, que se manifestará com o tempo.”