Acho muito generoso vibrarmos luz e amor para os problemas do mundo, como as Guerras por exemplo. Entretanto, a meu ver, é fundamental também que observemos a nossa atitude bélica de cada dia: as guerras que fazemos no trânsito, as críticas destrutivas e gratuitas que fazemos a determinadas pessoas, os indivíduos que eventualmente ofendemos na rua, os amigos com quem somos agressivos e principalmente, as guerras que travamos diariamente conosco mesmo quando: olhamos para o nosso corpo e nos rejeitamos, sentimos uma culpa profunda por termos um ego com limitações, nos auto-criticamos, nos auto-punimos e temos medo de olhar para dentro de nós mesmos.
O pior combate, no meu entendimento, sujeito a erros de percepção, é aquele que acontece dentro do nosso templo interno pois, nessa batalha, inibimos nossa verdadeira expressão e retardamos a conexão consciente com a nossa essência.
Essa guerra interna reverbera no coletivo. Quem está em guerra consigo, projeta essa atitude reativa no mundo externo. O sentimento bélico vaza pelos poros de quem é guerreiro e contamina o ambiente, motivando outras pessoas a agressão, competição, medo e reatividade. A solução, a meu ver, está na ampliação da consciência que vem da meditação. Quanto mais meditação, menos alienação de si.
Quanto maior o grau de consciência, maior a capacidade afetiva e, portanto, menor será a necessidade da autoafirmação através de comportamentos bélicos.
Quem está em guerra é porque, provavelmente, ainda não percebeu que o amor é subversivo e, portanto, é a maior revolução que existe. Tudo bem, cada um dá aquilo que tem no momento, o importante é continuarmos com foco no afeto.
Amor, leveza e alegria.
Fonte : Gisela Vallin