O Divino vem apenas em completo descanso – não com esforço. Todo seus feitos espirituais são para ajudá-lo a ficar em silêncio. Você vai mais longe quando você não para a desfrutar da bem-aventurança ou da paz, senão os desejos surgem.
Se a existência quer dar-lhe paz e bem-aventurança, ótimo, sua natureza verdadeira é bem-aventurada. Mas, ao tentar desfrutar da bem-aventurança você muda do sentimento “sou” para “eu estou algo” – “eu estou em paz”, “eu estou bem-aventurado”. A isso se segue “eu estou infeliz”. É preciso coragem para simplesmente dizer “eu sou – ponto final.” “Eu sou” é desapaixonamento.
Desapaixonamento significa aceitar tudo. Você pode estar em qualquer lugar e estar desapaixonado. O equilíbrio desapaixonado traz energia, uma faísca. A indulgência com a bem-aventurança traz inércia. Se você fica desapaixonado, a bem-aventurança permanece. Quando o congelador está cheio de sorvete, você não precisa se preocupar.
Sempre que algo está em abundância, o desapaixonamento acontece. E quando se fica desapaixonado, tudo vem em abundância.
Fonte: Arte de Viver
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