Alguns dizem que Namastê e Namaskar são o mesmo cumprimento, mas essa resposta nunca me pareceu satisfatória. Como uma cultura tão genial e sutil poderia criar duas palavras que funcionem exatamente para a mesma coisa?
Curiosa, fui fuçar…
A resposta me confortou e ressoou positivamente no meu coração, o que não significa necessariamente que acontecerá a mesma coisa com você. Então, sugiro a leitura das próximas palavras com os olhos do coração.
Segundo minhas pesquisas, a palavra Namaskar é composta de três aspectos:
Namah significa “Eu saúdo”, a raiz da palavra, kr, quer dizer algo como “fazer” e ghain é simplesmente um sufixo comum em Sânscrito.
Então, quando combinamos essa palavra com o gesto de levar as mãos unidas ao ponto entre os olhos enquanto abaixamos a cabeça em direção ao coração, estamos – conscientemente ou não – dizendo: “Eu saúdo com minha mente e com o amor que reside no meu coração a Divina Consciência que habita dentro de você.”
Então, quando dizemos “Namaskar”, não estamos nos relacionando somente com o ser humano por assim dizer, mas entendemos que aquela pessoa é a manifestação da consciência que nos une.
E Namastê?
Como vimos, Namah significa “Eu saúdo” e te significa você. Ou seja, “Eu lhe saúdo”. Nesse caso, o “você” se refere à Consciência Divina suprema e não a um ser humano.
Por isso, em diversas tradições yoguis, Namastê só é utilizado com uma Entidade Divina e Namaskar se usa para saudar o Supremo que reside no ser humano, lembrando que a existência de cada um de nós tem o mesmo “valor”.
Somos todos centelhas divinas, expressões de algo infinito.
Se essa breve explicação trouxer conforto ao seu coração, você provavelmente fará o mesmo que eu e passará a utilizar o termo Namaskar no fim de suas práticas de Yoga.
Se não, continue fazendo como seu corpo intuir.
Namaskar!
Fonte: Carolina Bergier
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