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quarta-feira, 17 de abril de 2013

POR QUE AS PESSOAS TÊM QUE SOFRER?


Pergunta:


Querida Jennifer. Eu queria saber se você tem uma ideia conselho sobre como lidar com a visão de alguém que você ama, morrendo? Minha mãe tem DPOC (Doença pulmonar obstrutiva crônica), além de muitas complicações e ela está morrendo. Os médicos disseram que não há nada mais que eles possam fazer e a colocaram no hospital. Seus medicamentos já não funcionam mais e os esteroides prescritos estão destruindo os seus ossos. Seu corpo está afetado por diluentes de sangue e ela não pode mais cuidar de si mesma. Eu já aceitei a sua eventual morte, mas vê-la nesta condição está me torturando, pois já não posso vê-la sofrer assim. Você teria algum conselho sobre como lidar com esta situação e por que as pessoas têm que sofrer assim?

Resposta de Jennifer: 

É difícil ver alguém a quem você ama sofrer assim e especialmente desde que você sabe que, eventualmente, ela deixará o seu corpo e você quer que seja um processo tranquilo e indolor para ela. Você sente que ela está fora do controle aqui, mas ela não está. Seu sofrimento não é causado por algo fora de si mesma, mas por sua disposição em aceitar isto como a sua única opção. Ela poderia escolher uma maneira diferente de morrer e de viver.

Não estou tentando ser insensível a sua dor, ou a sua situação, mas quando nos reconhecemos como poderosos, isto se aplica a cada parte de nossas vidas. Podemos controlar cada aspecto de nossa vida, quando sabemos que temos o controle.

Uma vida inteira, sentindo-se sufocada por sua vida, sendo incapaz de inspirar vida em seus sonhos, com expectativas não realizadas e as tristezas que ela carrega em seu coração, criaram a crença de que a vida é algo que ela deve suportar, sem ser capaz de controlar qualquer parte dela.

Nossos corpos são reflexos de nossas crenças, pensamentos e experiências e a doença no corpo é um sintoma de nossas crenças limitantes. Sua mãe tem uma escolha. Ela tem muitas escolhas disponíveis a ela, mas ela não as percebe ou não as conhece e acredita no que lhe foi dito: que a sua situação é incurável, irreversível, dolorosa, limitante e que ela irá morrer.

Embora seja difícil ver alguém sofrer, é ainda mais difícil considerar que elas estão escolhendo isto como uma opção própria, ainda que esta escolha seja feita de forma muito inconsciente. Por que elas fariam isto quando opções muito mais gratificantes, expansivas, tranquilas e alegres estão disponíveis? Porque elas não sabem disto e não acham que sejam capazes de qualquer outra coisa.

Reconheça este sofrimento que a sua mãe escolheu para si mesma, porque ela não sabe que pode escolher outra coisa e ainda que ela soubesse disto, ela teria também que acreditar que isto seria possível para ela, antes que pudesse torná-lo a sua realidade. Continue a cuidar dela da melhor maneira que possa. Lembre-se dos bons tempos e deixe que ela sinta o amor que você tem por ela.

Permita que o sofrimento dela seja uma experiência de aprendizagem para você também; uma vida se sentindo impotente, fora do controle, de não ter a coragem de tornar os seus sonhos uma realidade, de não acreditar em si mesma e de não se conceder a dádiva da satisfação em cada área de sua vida, acabará por refletir em seu corpo, mente, emoções e espírito.

O sofrimento é uma opção, assim como a alegria. A impotência é outra opção, assim como a vida expansiva e satisfatória.

Crie limites para a sua disposição em escolher a dor e o sofrimento, e expanda a sua consciência das opções ilimitadas para a alegria. Escolha o que você quer para si mesma e permita que isto se torne a sua realidade. Será assim que você irá honrar a vida de sua mãe, o seu sofrimento, a sua morte, tornando-se algo que ela quis, mas que nunca teve a coragem de se tornar ela mesma.

Fonte:      Site original www.enlighteninglife.com      

Direitos reservados © 2004/2013 para Jennifer Hoffman. Todos os direitos são reservados. Todo o material desta página está protegido pela lei dos direitos internacionais dos Estados Unidos da América e não podem ser parcialmente o integralmente reproduzidos sem a permissão escrita e expressa da autora. Todas as reproduções autorizadas, parciais ou em cópias, por inteiro ou em parte, devem fazer referência ao nome da autora e ao website de Curas Uriel 


Tradução de Regina Drumond Chichorro – reginamadrumond@yahoo.com.br     

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