Quando pensamos juntos em confiança e esperança, nosso pensamento coletivo pode mudar a forma da realidade. Este conhecimento se encontra em nosso ser mais profundo. Ao reivindicá-lo, tornamo-nos emissários de nossas almas…
Hoje, muitos sabem como é se sentir cético em relação ao mundo, seus governos, suas políticas ambientais, seu ritmo lento em lidar com a evidência das mudanças climáticas, a sua destruição injustificada de ligações vitais na cadeia da vida, que é a Terra. No entanto, não percebemos que somos céticos. Atribuímos a nossa falta de ação e de prática a outra coisa. Nós a atribuímos à fadiga, ao cansaço, a estarmos muito ocupados, à sensação de que não podemos, como indivíduos, fazer uma diferença.
Separamo-nos do grau de fé e confiança que nos permite seguir o imperativo espiritual que vive em nosso ser mais profundo. Tal imperativo espiritual nos chama a abandonar o ceticismo, a dúvida, a alienação e a acreditarmos que cada um de nós, individualmente, pode fazer uma diferença para o futuro da Terra. Cada um de nós, individualmente, pode ajudar a moldar este futuro. Precisamos apenas confiar que o nosso eu mais profundo sabe que a verdade é realmente a verdade.
O imperativo espiritual que nos chama a repousar na premissa de que o pensamento cria a realidade, e que se um número suficiente de pessoas fosse se unir na criação de um único pensamento de grande coerência e direção, então o mundo mudaria na direção deste pensamento. Podemos saber que isto é verdade em nosso eu mais profundo, embora não vivamos como se isto fosse verdade em nossas vidas diárias.
Podemos deixar de fazer a nossa parte para formar a atmosfera coletiva da Terra, a partir da dúvida, da fadiga, ou da sensação de uma insignificância pessoal, colocando-nos à parte, embora sem percebermos que estamos fazendo isto. Fazemos isto e podemos desfazer isto. Podemos optar por participar com o nosso pensamento da mudança do mundo, ao longo de cada dia, bem como com as nossas ações. Podemos optar por orar pela cura da Terra e a unirmos as nossas preces com outros para criarmos o grande avanço coletivo pelo qual estamos esperando. Podemos, ao invés de nos determos, tornarmo-nos emissários de nossas próprias crenças, mensageiros de nossas próprias almas, com uma mensagem que traduz para o nível e a prática espiritual. Podemos, juntos, pensarmos e esperarmos um novo mundo.
O nosso ceticismo nos diz que isto não é assim, que é um pensamento ingênuo, pois se um novo mundo pudesse ter sido pensado, isto já teria sido feito. E, no entanto, isto é onde nós não mais vemos o que o passado nos trouxe, o que veio à tona, na forma de remodelar valores e consciência. Vemos a realidade através do filtro do ceticismo e não através da verdade de Deus, e não mais acreditamos que o que fizermos no presente poderá moldar o futuro, de uma forma positiva. Somos o Todo, somos a própria estrutura da realidade que se curva para a nossa visão e a nossa esperança.
Agora, neste momento da Páscoa, dos ritos e rituais associados à nova vida da Primavera, vamos nos determinar a abandonar o ceticismo e contribuirmos com a Vida maior, da qual somos parte. Vamos recuperar as nossas crenças, de onde elas residiam em nosso âmago, unindo-as com as nossas atividades conscientes na luz do dia. Oremos e esperemos, e vamos contribuir através dos nossos pensamentos para o bem-estar do planeta que tanto amamos e pelo qual tanto sofremos, às vezes, sem sentido real de como as coisas irão mudar.
Começamos a destruir a ideia de que não fazemos uma diferença e de que nós, individualmente, não podemos efetuar a mudança. Começamos a reivindicar o nosso espaço no Todo, na rede da Vida. E, a partir desta união, nós nos comprometemos a orar pela cura da Terra, a testemunharmos as nossas ações ao longo do dia, de modo que elas beneficiem o bem-estar da Terra, em vez de prejudicá-la.
Que todas as bênçãos fluam para aqueles que não podem comprometer os seus corações desta maneira, e que, por amor, escolhem viver como servos da Terra e como emissários de suas próprias almas. Amém.