SEJAM TODOS MUITO BEM VINDOS

Aqui é o templo sagrado, em que nos permitimos desfrutar o contemplar da Vida, do Amor, da Alegria, do Perdão, da Gratidão, da Felicidade Plena, da verdadeira Paz ... tudo de bom. Navegue à vontade, deleite-se e se entregue plenamente com todo seu Ser. Um cantinho de amor, realizado para todos nós.

QUEM SOU EU?

EU sou presença Divina da Paz. Eu sou o EU

EU sou presença Divina da Luz. Eu sou o EU

EU sou presença Divina do Amor. Eu sou o EU

EU sou presença de Deus em ação. Eu sou o EU

EU sou a porta aberta do meu coração, que, nada, nem ninguém pode fechar. Eu sou o EU.

quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

A CRENÇA DO "BONZINHO"


Na verdade, o “bonzinho” sempre age com a intenção de seduzir. Faz tudo para os outros, esperando que lhe retribuíam com o apoio e proteção nas possíveis situações de rejeição.

Dentro dele há um enorme vazio, pois ele não se dá valor e vive cheio de problemas e perturbações.

Bondade não é fazer tudo pelo outro, não é uma obrigação. É um ato de generosidade que vem da essência. É a ajuda sem paternalismo, sem temor e sem expectativa.

Se você tiver a coragem de quebrar a regra que lhe manda sempre dizer sim para tudo, se não se preocupar de ficar à margem do padrão considerado como normal, vai estar cada vez melhor consigo mesmo. Marginalizado e solitário você está, quando não está com você.

Muitas vezes, por medo de ficar à margem, você busca a aprovação dos outros, serve cegamente aos ouros e se torna manipulável. Estando ligando ao que você sente, ao seu centro, você não se deixa manipular e isso é digno. E é com essa dignidade que você pode direcionar sua vida rumo ao sucesso e à prosperidade.




segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

ENTÃO, É NATAL!!!

A Grande magia que envolve o final de ano em especial o mês de dezembro, desperta em todos nós um enorme sentimento de solidariedade e compaixão. Estamos vibrando os festejos de final de ano, especialmente o “ Natal” , comemoração do aniversário daquele que se deu em sacrifício por nós e que nos legou o maior de todos os ensinamentos que é o AMOR.


Não devemos nos esquecer da máxima: Amai ao próximo como a ti mesmo!
No Natal muitos de nós passamos juntos aos familiares, nesta ocasião muitos desafetos são desfeitos e o exercício do perdão ocorre mutuamente, desenvolvendo-se um sentimento de solidariedade e compaixão, e então compartilhamos a emoção que envolve a história do menino Jesus e a lenda do papai Noel que gira em torno do amor.

A energia que envolve o Mestre Jesus, nos remete a meditação e entendimento, do quanto temos de capacidade de desenvolver através do exercício, a humildade, a generosidade e o exercício compassivo de amar e compartilhar, respeitar ao nosso semelhante e preocupar-se com ele, independente de crenças e outros rótulos que possam colocá-lo em patamar diferente do nosso. E que também é possível fazer em cada um dos trezentos e sessenta e cinco dias o dia de NATAL.

A crença e a filosofia religiosa que conduziu até os dias atuais a humanidade, onde muitos entendem que ser generoso é oferecer tudo o que se tem sem pedir nada em troca, nos coloca nos dias atuais, diante de uma profunda reflexão e ativação em nós da sabedoria do quanto esta atitude é plena de ser exercida, já que só podemos dar aquilo que temos, e aqui abrimos um parêntese para dizer que não estamos nos referindo a bens materiais. É necessário esclarecer que generosidade é capacidade emocional que se relaciona a desprendimento e a auto-estima.

Que esta mensagem leve para todos um incentivo para que comecemos a exercitar e vivenciar o natal todos os dias e assim deixar o cristo em nós se manifestar.
Namastê!

sábado, 6 de dezembro de 2014

DAR E RECEBER - A FÓRMULA PERFEITA PARA A ABUNDÂNCIA

Para compreendermos o ciclo de dar e receber, nós devemos começar primeiro avaliando alguns conceitos e crenças relacionados ao dinheiro e às posses. Vamos começar compreendendo a função do dinheiro.

Retornando aos velhos dias, antes que o conceito de dinheiro fosse concebido... era usada a troca. Acordos tais como:: “os meus bens em troca pelos seus bens”, funcionaram bem por algum tempo. As pessoas naquela época estavam tanto dando como recebendo.

Mas, enquanto a civilização evoluía e mais bens e serviços se tornaram disponíveis, surgiu um novo problema...

E se eu quisesse as suas tangerinas, mas você não estivesse interessado no que eu pudesse lhe dar em troca? É por isto que a invenção das moedas e do “papel moeda” (ou notas), se tornou uma necessidade para ajudar a resolver este dilema.

Enquanto o tempo passava, o dinheiro se tornou a ferramenta universalmente conhecida para o intercâmbio de mercadorias e de serviços.

A propósito, quando compreendemos a verdadeira função do dinheiro, a idéia de que o dinheiro é a raiz de todo o mal, se torna insustentável. A verdade é que o dinheiro é uma necessidade, uma ferramenta coletiva para trocar bens e serviços.

Isto, portanto, ajuda a todos nós prosperarmos.

Dinheiro, Crenças e Espiritualidade

Muitos cresceram com a crença de que a abundância monetária e a espiritualidade não podem co-existir. Esta idéia cria um estado dividido da mente; um ciclo incompleto de dar e de receber, o que torna difícil alcançarmos os nossos objetivos financeiros.

Por um lado, a nossa mente consciente deseja que nos libertemos das preocupações financeiras. Por outro lado, a nossa mente subconsciente faz votos de nos manter fielmente conectados ao nosso ser espiritual.

Entretanto, a espiritualidade e a riqueza monetária não deveriam ser mutuamente exclusivas. O dinheiro é uma fonte de energia que deve trocar de mãos para criar o equilíbrio e a prosperidade. Manter o dinheiro com o único propósito de acumulá-lo, somente criará um desequilíbrio, tal como quando colocamos mais peso em um prato de uma balança.

Assim, o dinheiro é como uma chave poderosa que pode abrir muitas portas. E como uma chave, ela não é nem positiva e nem negativa por si só. Nós decidimos quais portas devemos abrir. Nós decidimos quais valores colocamos no dinheiro, com base em como o adquirimos e como o usamos.

Isto pode ser facilmente compreendido. Entretanto, um aspecto importante que influencia ainda mais os valores que colocamos no dinheiro, se encontra em nosso sistema de crenças.

É esta crença que cria as associações subconscientes entre o dinheiro e a moral. E é onde muitas pessoas têm bloqueios que impedem a criação da abundância.

Percebam que as nossas crenças não estão baseadas na verdade universal absoluta. A verdade difere de uma pessoa para outra, de acordo com o condicionamento pessoal e os eventos da vida. Em outras palavras, a verdade depende da pessoa que a experiencia. É por isto que alguns têm muito, enquanto outros, não. Em muitas ocasiões vocês notarão que a abundância financeira não se relaciona à educação ou às mentes de gênios, mas aos sistemas de crenças que regulam as vidas e os resultados daqueles que criam a abundância, ou não.

Portanto, o modo com que interagimos e usamos o dinheiro reflete os nossos pensamentos e idéias de acordo com as crenças de nossa existência, as quais, muito provavelmente, são diferentes daquelas de outros. A boa notícia é que as crenças não são permanentes. Elas são bem maleáveis. Nós podemos nos libertar das crenças que não mais nos servem e substituí-las por crenças que favoreçam a nossa prosperidade. Pensem nisto...

Vocês podem ganhar um dólar fornecendo um serviço útil ou vendendo aparelhos sem valor. Do mesmo modo, vocês podem usar o mesmo dólar que vocês ganharam para ajudar a uma pessoa carente ou adquirir algo somente por razões egoístas.

É o mesmo dólar, mas é tudo uma questão de escolha. Sua escolha. Quais são as suas crenças em referência a ganhar e a usar o dinheiro após terem lido estas afirmações? Baseados nisto, quais crenças escolherão para implantar em sua mente?

Sim, o dinheiro nos proporciona os meios para obter as necessidades básicas para vivermos, tais como o alimento, o vestuário, e um teto sobre as nossas cabeças, mas ele também nos dá a habilidade de contribuirmos com uma causa digna. Assim, o dinheiro também nos concede a paz da mente, um estado essencial para vivermos uma vida espiritual e abundante.

Sonhem um pouco. Comecem a pensar em todas as coisas boas que vocês poderiam fazer com uma abundância de dinheiro. Convençam-se do seu poder de fazer o “bem” com o dinheiro, porque isto é o que vocês escolhem acreditar e o que querem fazer. Vocês estão escolhendo este caminho com base no livre arbítrio. Este é o primeiro passo para a compreensão que ter dinheiro em abundância e ter uma vida espiritual podem realmente acontecer simultaneamente.

Acondicionem estes últimos pensamentos, se o dinheiro for um símbolo de energia usado para a troca. Quando trocamos dinheiro relacionado a algo de valor, nós participamos do movimento de energia positiva e da criação do ciclo de “dar e receber” que prosperam outros, enquanto nós prosperamos. O resultado é que todos nós prosperamos juntos. Vamos também nos lembrarmos de que cabe a cada um de nós decidir como usar este dinheiro, assim como que significado lhe damos.

A Dinâmica de Dar e de Receber

A maior parte de nós se sente melhor quando o dinheiro chega do que quando ele sai. Paradoxalmente, em nossos esforços do dia a dia, nos sentimos muito melhor quando damos do que quando recebemos.

Isto é porque nos foi ensinado desde uma tenra idade que é mais gracioso dar do que receber. Em alguns casos, estes ensinamentos podem ir tão longe a ponto de nos fazer acreditar que receber está ligado ao egoísmo. Isto cria um conflito interno e produz obstáculos a um nível subconsciente que podem impedir a nossa prosperidade. Além disto, não podemos passar a vida apenas dando. Eventualmente, nós terminaremos nos sentindo vazios...

Portanto, o único meio de criar a abundância na vida é regulando a dinâmica de dar e de receber nos dois níveis, consciente e subconsciente. Quando atingimos o equilíbrio, nós criamos a abundância e a prosperidade em nossas vidas e nas vidas daqueles a nossa volta. O ciclo de dar e de receber pode realmente fluir eternamente.

A analogia a seguir ajudará a esclarecer isto. Cada vez que um fazendeiro planta uma semente, ele está começando o ciclo de dar e receber.

O fazendeiro está realmente dando uma semente à Mãe Natureza com a plena expectativa de receber algo em troca. Em seguida, ele cultiva a colheita e colhe a safra.

Ele deu e sabe que ele receberá. A Mãe Natureza dá novamente o fruto, o que coloca o fazendeiro no final da equação de receber. Então ele começa tudo novamente com a intenção de receber durante a próxima estação da colheita. É assim que ele participa e desfruta do ciclo da vida, assim como o Planeta Terra gira para nos dar o dia e a noite.

O cenário anterior cria outro ponto importante. Para começar a receber, nós devemos primeiro dar. Cabe a cada um de nós iniciarmos o ciclo de dar e de receber. E uma vez que nós damos, nós devemos receber. Tudo isto depende da semente que plantamos. Ninguém plantará uma semente esperando nada colher e isto não é diferente para vocês e para mim, referente ao dinheiro. A verdade é que o mesmo vale para tudo na vida. Quando semeamos amor, nós recebemos afeição, quando semeamos trabalho, nós recebemos a remuneração, quando semeamos bondade, nós recebemos simpatia, quando semeamos a paz, nós recebemos a tranqüilidade... Isto contribui com o Equilíbrio Universal, assim como o equilíbrio existe através dos opostos, tais como quente e frio, luz e escuridão, riso e tristeza, em cima e embaixo, a saúde e a doença, e a lista continua...

Portanto, dar e receber são ambos, partes da mesma equação. O ato de dar e de receber cria um ciclo e um equilíbrio saudável ao mesmo tempo.

A filosofia Chinesa, chamada de Tao te Ching por Lao Tsu, escrita durante o Século 3 A.C., explica como todas as energias no mundo estão equilibradas em igual medida. Nós podemos encontrar o mesmo equilíbrio no símbolo Ying Yang.

Assim, o ato de dar e de receber inicia uma troca de energia que garante o equilíbrio necessário para o ciclo financeiro fluir facilmente de mão a mão. Quando as coisas saem do equilíbrio que conseguimos a desarmonia, a discórdia, o conflito, a carência e a limitação, entre outros efeitos indesejáveis. Dar e receber é uma via com dois sentidos!

A importância da Atitude no Ciclo de Dar e Receber

Como com cada coisa na vida, a atitude é tudo. Quando vocês derem, sempre se lembrem de colocar um sentimento de alegria naquilo que vocês estiverem dando. Certifiquem-se de saberem, sem sombra de dúvida que vocês receberão em breve de acordo, pois vocês iniciaram o ciclo de “semeadura-colheita”. À medida que vocês derem se tornarão o instrumento que transmite energia positiva. Por sua vez, vocês receberão mais do mesmo.

O seguinte mantra (retirado do treinamento dos “cidadãos”, ressoa perfeitamente com o artigo acima. Repitam-no em silêncio, enquanto vocês estiverem dando...

“A minha prosperidade prospera aos outros. A prosperidade deles me prospera.”

Finalmente, certifiquem-se de darem do coração e com convicção. O resto cairá no lugar adequadamente.

“O Universo opera através da troca dinâmica... dar e receber são aspectos diferentes do fluxo de energia no Universo. E em nossa disposição de dar aquilo que buscamos, nós mantemos a abundância do Universo circulando em nossas vidas.” – Deepak Chopra

Fonte: Luz de Gaia  Tradução: Regina Drumond – reginamadrumond@yahoo.com.br

quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

PROLONGAR A DOR: EFEITO DA RESISTÊNCIA ÀQUILO QUE ''É''

Aceitar as coisas “como elas são” é um dos argumentos fundamentais de Eckhart Tolle na obra “O poder do Agora” (Editora Sextante). Essa receita, que parece nos convidar ao imobilismo, é por sinal freqüentemente citada como uma das causas do estado de pobreza do povo indiano, não obstante lá se apresentar também um dos mais baixos índices de criminalidade. O teósofo C. Jinarajadasa aborda esse paradoxo em um de seus textos, ressaltando a profunda diferença entre o pensamento indiano e o ocidental, em face dos reveses da vida.
Marcado pela cultura hinduísta, o indiano típico não procura racionalizar a causa de seu desconforto, segundo Jinarajadasa. Diante de um resfriado, por exemplo, provavelmente não dirá, como faria um europeu ou americano: “Peguei esse resfriado porque tomei chuva ontem”. Para ele tudo é fruto do carma, de uma sucessão de causas e efeitos cujo início pode até se encontrar muito longe daquele momento específico. Em face disso, ele apenas aceitará em seu “agora” o fato de estar resfriado, ou seja, aquilo que “é”.
O relato de Jinaradasa nos leva a pensar que, não tendo o indivíduo atentado para a provável causa do resfriado, será levado a repetir o problema. Mas o que ocorre quando pensamos “saber” a causa de um problema e o repetimos sempre, como é bastante comum?
Primeiramente temos que ver o sentido daquilo que “é”, segundo Tolle, e isso corresponde ao fato que se encontra diante de nós. O que é um fato? Independentemente de julgamentos, é tudo o que nos rodeia, e também o que aparece como condição de nossos corpos neste momento: perturbação, doença ou fadiga. São ocorrências do mundo fenomênico, tratadas como a Grande Ilusão (Maya) na filosofia hindu, em virtude de sua impermanência.
Podemos negar a impermanência de tudo o que vivemos agora, seja em matéria de saúde, bens materiais ou relações afetivas? Tudo isso dentro em  pouco, ou no máximo alguns anos, vai mudar, vai passar, mas atuamos em nosso mundo de inconsciência como se fosse durar para sempre. Aí, nossa ânsia de prolongar o prazer (ou evitar a dor) nos faz correr atrás de qualquer mágica que possa apagar de nossa frente aquilo que “é”: a impermanência.
Apesar da impermanência de tudo, neste momento cada situação é um fato, incluindo nossos limites pessoais. E aí está um dos maiores problemas de convivência: ignorando nosso limite ou o limite alheio como um fato – dentro da natureza do agora – esperar dos outros mais do que podem nos dar, e até mais do que o nosso direito de pedir.
Ao nos sugerir a aceitação daquilo que “é”, Tolle não nega a validade de se tentar mudar, buscando, por exemplo, o remédio para uma doença. Ele diz “Aceite” e depois, se for o caso, “Aja”. Qual é o efeito disso? Quando você aceita a situação, agradável ou desagradável, apenas comoum fato – e não como algo a que se agarrar (ou rejeitar) de imediato – deixa de fazer o eterno jogo da polaridade prazer-dor, repetindo os problemas. Aí surge à sua frente um outro fato: a escolha mais sábia e menos dolorosa possível, por nascer de seus canais espirituais, intuitivos, e não de sua mente, que é prisioneira da reatividade e do tempo.
Esse talvez seja o resultado da fé que produz “milagres”, ou da resignação indiana que, se é boa ou má, de fato não podemos avaliar. Em ambos os casos, porém, a implícita atitude de entrega deve abrir caminho para nosso Deus Pessoal. Infinitamente mais capaz do que o intelecto para fazer escolhas, ele é livre do tempo, em harmonia com a Vida Universal.

quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

“RÓTULOS”: A FALSA SEGURANÇA SOBRE A NATUREZA

Colocar rótulos é uma especialidade da mente. Assim que nascemos nossos pais correm ao cartório e nos colocam um rótulo: “João da Silva”. Outros virão depois: RG, CPF, títulos acadêmicos, patente militar, cargo político. Num dos símbolos de subjugação da mulher ao homem, como sua propriedade, ela – ao casar-se – adota o rótulo dele.
A memória depende de elementos comparativos, imagens, rótulos e definições para exercer seu trabalho, mas a Consciência não. Ela é a natureza do Ser, algo que não pode ser definido, nem medido e nem pesado, apesar de o chamarmos “Deus” ou “Cristo Interno”. Uma pessoa com amnésia perde a bagagem de memória, e com ela os dados acumulados que sustentam a noção do “eu”, a partir do seu nome. Se alguém lhe perguntar “Quem é você?” ela dirá “Não sei”, mas continuará desfrutando o Ser.
Rótulos são conferidos ainda pela posse de bens, pelo status social. E aí, quem somos nós? Parece que quanto mais rótulos nos são acrescentados ao longo da vida, mais difícil fica responder essa questão. Até na lápide funerária os rótulos estão presentes, subtraindo à morte sua posse legítima: “Aqui jaz fulano de tal”. Quem é o morto? A pessoa está ali?
Tomamos a casca pela essência, a palavra pela coisa. Definições dão segurança, mas nada acrescentam quanto à realidade das coisas, aquilo que “é”. Ao contrário, criam dependências, obscurecem. “Existe uma insegurança muito sutil em nosso inconsciente com relação a tudo que não nos é familiar”, diz Sandra Galeotti (“Karma e Dharma”, Ed. Aquariana).
Numa dependência mais “elevada”, o rótulo de “guru” pode cair bem. Aparentemente tudo reflete a desgraça da memória. Contudo, o problema não está nela, mas sim na sede de segurança vinculada ao ego, o “eu psicológico”, do querer sempre mais. Enquanto ele se enriquece com a memória e seus agregados, a consciência se empobrece. Por isso os candidatos a ingresso nos mosteiros devem renunciar aos bens materiais e ao nome mundano.
Paradoxalmente, porém, segundo Eckhart Tolle, “Há indivíduos que abrem mão de todas as posses, no entanto têm um ego maior do que alguns milionários”. Isso sucede porque “Se deixarmos de lado um tipo de identificação, o ego logo encontrará outro. No fim das contas, não importa ao que ele se apega, desde que isso tenha uma identidade” (“O despertar de uma nova consciência”, Editora Sextante).
“Você quer saber como se livrar do apego às coisas?” pergunta Tolle. “Nem tente fazer isso. É impossível. Esse vínculo desaparece por si mesmo quando paramos de tentar nos encontrar nas coisas. Nesse meio-tempo, simplesmente tenha consciência de que está ligado a elas”. Isso já faz diferença. “Caso esteja consciente de que está identificado com algo, a identificação não é mais total”. A consciência abre caminho para a Consciência.
O eu psicológico e a Consciência parecem andar em pistas paralelas, sem nunca se encontrar. Às vezes, porém (como na ocorrência de uma perda), relâmpagos de comunicação se fazem entre as duas pistas. A “ficha cai” e nos perguntamos: “Como não percebi isso antes?”. Aí, uma fração do eu psicológico se espiritualiza, se converte em Consciência.
Dia virá em que essas duas entidades se fundirão, liberando o Cristo Interno de sua cruz milenar, de sua prisão ao engano dos títulos e posses. Ele nascerá na manjedoura de nosso corpo, que sintetiza os reinos de vida anteriores. Seremos então apenas Consciência.