SEJAM TODOS MUITO BEM VINDOS

Aqui é o templo sagrado, em que nos permitimos desfrutar o contemplar da Vida, do Amor, da Alegria, do Perdão, da Gratidão, da Felicidade Plena, da verdadeira Paz ... tudo de bom. Navegue à vontade, deleite-se e se entregue plenamente com todo seu Ser. Um cantinho de amor, realizado para todos nós.

QUEM SOU EU?

EU sou presença Divina da Paz. Eu sou o EU

EU sou presença Divina da Luz. Eu sou o EU

EU sou presença Divina do Amor. Eu sou o EU

EU sou presença de Deus em ação. Eu sou o EU

EU sou a porta aberta do meu coração, que, nada, nem ninguém pode fechar. Eu sou o EU.

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quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

“RÓTULOS”: A FALSA SEGURANÇA SOBRE A NATUREZA

Colocar rótulos é uma especialidade da mente. Assim que nascemos nossos pais correm ao cartório e nos colocam um rótulo: “João da Silva”. Outros virão depois: RG, CPF, títulos acadêmicos, patente militar, cargo político. Num dos símbolos de subjugação da mulher ao homem, como sua propriedade, ela – ao casar-se – adota o rótulo dele.
A memória depende de elementos comparativos, imagens, rótulos e definições para exercer seu trabalho, mas a Consciência não. Ela é a natureza do Ser, algo que não pode ser definido, nem medido e nem pesado, apesar de o chamarmos “Deus” ou “Cristo Interno”. Uma pessoa com amnésia perde a bagagem de memória, e com ela os dados acumulados que sustentam a noção do “eu”, a partir do seu nome. Se alguém lhe perguntar “Quem é você?” ela dirá “Não sei”, mas continuará desfrutando o Ser.
Rótulos são conferidos ainda pela posse de bens, pelo status social. E aí, quem somos nós? Parece que quanto mais rótulos nos são acrescentados ao longo da vida, mais difícil fica responder essa questão. Até na lápide funerária os rótulos estão presentes, subtraindo à morte sua posse legítima: “Aqui jaz fulano de tal”. Quem é o morto? A pessoa está ali?
Tomamos a casca pela essência, a palavra pela coisa. Definições dão segurança, mas nada acrescentam quanto à realidade das coisas, aquilo que “é”. Ao contrário, criam dependências, obscurecem. “Existe uma insegurança muito sutil em nosso inconsciente com relação a tudo que não nos é familiar”, diz Sandra Galeotti (“Karma e Dharma”, Ed. Aquariana).
Numa dependência mais “elevada”, o rótulo de “guru” pode cair bem. Aparentemente tudo reflete a desgraça da memória. Contudo, o problema não está nela, mas sim na sede de segurança vinculada ao ego, o “eu psicológico”, do querer sempre mais. Enquanto ele se enriquece com a memória e seus agregados, a consciência se empobrece. Por isso os candidatos a ingresso nos mosteiros devem renunciar aos bens materiais e ao nome mundano.
Paradoxalmente, porém, segundo Eckhart Tolle, “Há indivíduos que abrem mão de todas as posses, no entanto têm um ego maior do que alguns milionários”. Isso sucede porque “Se deixarmos de lado um tipo de identificação, o ego logo encontrará outro. No fim das contas, não importa ao que ele se apega, desde que isso tenha uma identidade” (“O despertar de uma nova consciência”, Editora Sextante).
“Você quer saber como se livrar do apego às coisas?” pergunta Tolle. “Nem tente fazer isso. É impossível. Esse vínculo desaparece por si mesmo quando paramos de tentar nos encontrar nas coisas. Nesse meio-tempo, simplesmente tenha consciência de que está ligado a elas”. Isso já faz diferença. “Caso esteja consciente de que está identificado com algo, a identificação não é mais total”. A consciência abre caminho para a Consciência.
O eu psicológico e a Consciência parecem andar em pistas paralelas, sem nunca se encontrar. Às vezes, porém (como na ocorrência de uma perda), relâmpagos de comunicação se fazem entre as duas pistas. A “ficha cai” e nos perguntamos: “Como não percebi isso antes?”. Aí, uma fração do eu psicológico se espiritualiza, se converte em Consciência.
Dia virá em que essas duas entidades se fundirão, liberando o Cristo Interno de sua cruz milenar, de sua prisão ao engano dos títulos e posses. Ele nascerá na manjedoura de nosso corpo, que sintetiza os reinos de vida anteriores. Seremos então apenas Consciência.