SEJAM TODOS MUITO BEM VINDOS

Aqui é o templo sagrado, em que nos permitimos desfrutar o contemplar da Vida, do Amor, da Alegria, do Perdão, da Gratidão, da Felicidade Plena, da verdadeira Paz ... tudo de bom. Navegue à vontade, deleite-se e se entregue plenamente com todo seu Ser. Um cantinho de amor, realizado para todos nós.

QUEM SOU EU?

EU sou presença Divina da Paz. Eu sou o EU

EU sou presença Divina da Luz. Eu sou o EU

EU sou presença Divina do Amor. Eu sou o EU

EU sou presença de Deus em ação. Eu sou o EU

EU sou a porta aberta do meu coração, que, nada, nem ninguém pode fechar. Eu sou o EU.

sábado, 31 de agosto de 2013

VIVENDO NO MEDO - Anna Sharp


Vivendo no medo, somos constantemente impulsionados a fazer algo para nossa proteção e para provar nossa qualificação como merecedores de amor, em quaisquer de suas manifestações.

Realizamos apenas para demonstrar que somos capazes, e usamos o orgulho para preencher o vazio insuportável da carência. Desnorteada, a nossa antena de auto-preservação, fica direcionadaà proteção do orgulho (a defesa do orgulho ferido por rejeição é a origem do ressentimento, ou raiva fria, origem de quase todas as doenças), ao invés do amor.

A única saída do medo muitas vezes insuportável, é através da raiva que, ou projetamos nos outros (julgamos, rejeitamos, castigamos), ou introjetamos (nos sabotamos, adoecemos, punimos e vitimizamos); ou ainda, quando nos sentimos agredidos (medo de que ameacem ou firam nosso orgulho), atacamos para nos defender, explícita ou implicitamente.

Escondido sob o disfarce da raiva está o medo. Sempre! A raiva nos impulsiona a realizações com o objetivo de finalmente alcançar o poder como proteção contra a rejeição! Muitas vezes exercemos o poder de ser melhor que o outro, de possuir a verdade ou a razão (“Eu não disse…? ou “Eu te avisei…!”). Sentimos orgulho ao demonstrar a nossa superioridade, a nossa espiritualidade e até a nossa humildade (?)!

Atrás da imagem reluzente de nossas conquistas, está o verdadeiro eu, submerso na culpa de não corresponder ao modelo de perfeição exigido pelos pais, religião, sociedade, cultura. O sentimento de ser uma eterna fraude nos persegue incessantemente.

De onde surgiu essa culpa de “ser humano”, que nos obriga a construir barreiras de proteção contra nossos iguais? Da rejeição! E não seria ela o “pecado original”?

Fonte: ANNA SHARP

sexta-feira, 30 de agosto de 2013

LIDANDO COM AS EMOÇÕES


As emoções são o resultado da nossa percepção diante das circunstâncias da vida, sejam elas positivas ou negativas, sendo que essas últimas, quando não são bem administradas, podem causar desequilíbrios como a depressão, o stress, acessos de fúria, síndrome do pânico, etc. A raiva, o medo e a tristeza, na verdade, são sentimentos naturais do ser humano e não devem ser reprimidos, mas, sim, observados para se entender o que eles estão tentando nos mostrar. 

Às vezes, eles podem estar ligados a aspectos da nossa personalidade que precisam vir à tona, serem reconhecidos e trabalhados para que a partir daí possamos agir sempre de forma harmoniosa e equilibrada. 

Devemos nos observar sempre e questionar de forma objetiva, com uma postura de receptividade e de abertura para as revelações que possivelmente teremos sobre nós mesmos. O medo, por exemplo, é o sentimento humano mais primitivo e está ligado ao instinto de sobrevivência. Está ligado também ao esquecimento da nossa filiação divina e à ilusão de separatividade. É o não-reconhecimento da nossa origem que nos dá a sensação de desamparo, de abandono, de fragilidade diante de questões da vida. Somente a fé na Totalidade traz de volta o sentimento de completude interna, nos fazendo sentir mais fortalecidos e corajosos. 

A raiva geralmente é o resultado de um xeque-mate em nossas questões mais íntimas. Por que nos sentimos tão ofendidos e feridos no nosso orgulho? Na verdade, só o ego se sente ofendido ou magoado, por isso é importante discernir quais são as razões por trás dos sentimentos e das emoções. Será que esses sentimentos são egoístas ou não? Será que não se está precisando trabalhar a humildade ou o desapego? 

Para lidarmos com esses sentimentos e emoções precisamos estar centrados e serenos, buscando com calma compreender as lições que nos são apresentadas pela vida. Não podemos nos deixar levar por ondas emotivas e tomarmos atitudes puramente instintivas. É preciso respirar fundo e serenar a mente para tentar visualizar a questão por um ângulo mais impessoal e intuitivo. 

Porém, não se culpem por terem esses sentimentos, aos poucos com a observação constante do seu ser e a prática diária da meditação vocês irão conquistar um estado pacífico, sereno e distanciado da situação e poderão, então, ter uma noção ampla do que se passa no seu interior e ao seu redor. 

Vamos lá, respirem fundo, resgatem a coragem e a fé no seu interior, acalmem o seu coração e digam pra vocês mesmos quando alguma situação difícil se apresentar a vocês: Calma... Tudo passa... Deixem que os sentimentos esfriem antes de tomarem alguma decisão, respirem...   

Vocês também podem orar e cantar mantras para ajudar a serenar a mente e os sentidos. É importante diminuir o ritmo das emoções para que elas não se transformem em turbilhões incontroláveis, utilizem sempre a respiração e a concentração na paz de Deus para não se deixar levar por elas. 

Precisamos nos lembrar que, na verdade, somos seres conscientes, capazes e inteligentes para tomarmos decisões maduras e sensatas. Precisamos aliar a nossa intuição com a nossa potencialidade criativa e construtiva para lidarmos com as emoções do nosso dia a dia. Não se esqueçam que a paz e a serenidade já existem dentro de nós, precisamos apenas aprender a acessá-las. 

Calma... Respirem... 

Amor sempre Amor.

quinta-feira, 29 de agosto de 2013

DESPERTAR PARA O AMOR


O que é o tempo senão, relativo aos olhos do observador, toda a passagem que tens no decorrer da vida? A passagem das estações, o anoitecer e o amanhecer, o crescer, desenvolver, morrer, renascer...

O que são as riquezas materiais senão meros objetos que só tem valor porque vós fazeis assim? Quanto vale uma nota de cem reais no reino dos Céus? Quanta vale uma barra de ouro, infinitas barras de ouro? Nada disso tem valor no reino de Nosso Pai-Mãe Celestial.

O que é a vaidade senão a insegurança em si mesmo e necessidade de autoafirmação?

O que é a arrogância senão o medo de encarar a si mesmo e reconhecer a própria ignorância?

O que é o orgulho senão o medo camuflado em autossuficiência?

O que é o ódio senão a pura ausência e esquecimento do Amor?

O que é a luxúria senão a busca para preencher um profundo e grande vazio na alma? É a ausência do amor próprio.

O que é a maledicência senão a falta de coragem em enxergar os próprios defeitos e apontar o argueiro no olho do vosso irmão?

O que é a plenitude senão o encontro consigo mesmo e conexão com tudo que existe?

O que é a paz senão a quietação interior, quando tudo se faz silêncio em vosso intimo e há somente a presença de Deus?

O que é a alegria senão a consciência de que tudo o que o Nosso Pai Mãe Celestial faz é belo e certo? A alegria é o êxtase do despertar...

O que é a compaixão senão a compreensão para com vossos irmãos que ainda se encontram perdidos em seus caminhos...

O que é a caridade senão o amor e a compaixão, juntos em ação?

O que é a misericórdia senão a generosidade para com os defeitos, limitações e injúrias de vossos irmãos?

O que é o Amor, senão a Luz que dá a vida, o sorriso que embeleza o rosto, o doce mel de ser vossa própria essência, de ser Luz, pura e simples maravilhosa Luz?

O que é o Amor senão vosso próprio Ser?

O que é o Amor senão o Nosso Pai e Mãe Divinos?

O que é o Amor senão toda energia que mantém e sustenta toda criação?

O que é o Amor senão tudo o que há? Tudo que é manifesto e não manifesto, tudo que há e não há e vai além de vossas compreensões é Amor! Não existe nada além do Amor! Todo o resto é consequência deste grande e nobre sentimento, se é que sentimento for uma palavra adequada para descrever tamanha energia. Não existe nada além do Amor, pois Deus é Amor, vós sois Amor, nós somos Amor!

Amados, despertai-vos para esta poderosa energia. O Mestre Jesus disse que as Grandes Leis se resumem em duas: amar a Deus acima de todas as coisas e ao próximo como vós mesmos. Jesus, O Cristo, trouxe esta mensagem. Estas palavras foram ditas a mais de dois mil anos atrás, meus amados! E é chegado o momento de Ser o Amor que vós sois em verdade.

Bem aventurados, repito: invoquem nossa presença, invoquem nossa energia, invoquem o vosso Eu Sou. Nós vós apoiaremos e prestaremos assistência. Façam isso agora, pois cada vez mais que vosso amado planeta entrar na Quinta Dimensão, menos auxílios prestaremos, pois será chegado o momento em que terás que trilhar a senda da luz provando a vossa energia interior.

Fiquem em paz, um grande abraço fraternal,


Fonte: Direitos Autorais  Amanda Jonas Nascimento  http://www.luzdegaia.net/outros/diversos/despertar_amor.html

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

TODA DOENÇA TEM ORIGEM NUM ESTADO DE NÃO-PERDÃO


Sempre que estamos doentes, necessitamos procurar dentro de nossos corações para descobrirmos quem precisamos perdoar.
O conhecido livro Um curso em milagres diz: “Toda doença tem origem num estado de não-perdão” e “Sempre que ficamos doentes, precisamos olhar à nossa volta para vermos a quem precisamos perdoar”.
Eu acrescentaria a isso que a pessoa a quem você achará mais difícil perdoar é a da qual você mais precisa se libertar. Perdoar significa soltar, desistir. Não tem nada a ver com desculpar um determinado comportamento. É só deixar toda a coisa ir embora. Não precisamos saber como perdoar. Tudo o que necessitamos fazer é estarmos dispostos a perdoar. O Universo cuidará dos “como”.
Compreendemos bem demais nossa própria dor. Como é difícil para a maioria de nós compreendemos que eles, sejam lá quem forem, que mais precisam de nosso perdão, também estão sofrendo dor. Precisamos entender que eles estavam fazendo o melhor que podiam com a compreensão, a consciência e o conhecimento que tinham na época.
Quando alguém vem a mim com um problema, não importa qual seja – má saúde, falta de dinheiro, relacionamentos insatisfatórios, criatividade sufocada -, trabalho unicamente numa só coisa, ou seja, em amar o eu.
Aprendi que, quando realmente amamos, aceitamos e aprovamos a nós mesmos exatamente como somos, tudo na vida funciona.
É como se pequenos milagres estivessem em todos os cantos. Nossa saúde melhora, atraímos mais dinheiro, nossos relacionamentos tornam-se mais satisfatórios e começamos a nos expressar de forma plena e criativa. Tudo parece acontecer sem nem mesmo tentarmos.
Amar e aprovar a si mesmo, criar um espaço de segurança, confiança, merecimento e aceitação resultará na criação da organização da sua mente, criar relacionamentos mais amorosos em sua vida, atrair um novo emprego e um novo e melhor lugar para viver, e até permitir que seu peso corporal se equilibre. Pessoas que amam a si mesmas e aos seus corpos não se prejudicam nem prejudicam os outros.
A auto aprovação e a auto aceitação no aqui e agora são as principais chaves para mudanças positivas em todas as áreas de nossas vidas.
O amar a si mesmo, amar o eu, começa com jamais nos criticarmos por nada. A crítica nos tranca dentro do padrão que estamos tentando modificar. A compreensão e os sermos gentis conosco mesmos nos ajudam a sair dele. Lembre-se, você esteve se criticando por anos e não deu certo. Tente se aprovar e veja o que acontece.
Na infinidade da vida onde estou, tudo é perfeito, pleno e completo.
Acredito num poder muito maior do que eu que flui através de mim cada momento de cada dia.
Abro-me à sabedoria interior, sabendo que existe apenas Uma Inteligência neste Universo.
Desta Inteligência vêm todas as respostas, todas as soluções, todas as curas, todas as novas criações.
Confio nesse Poder e Inteligência, sabendo que seja o que for que eu precise saber é revelado a mim e que seja o que for que eu precise vem a mim na hora, no espaço e na sequência certos.
Tudo está bem no meu mundo.

Fonte: Louise Hay

terça-feira, 27 de agosto de 2013

AS SEMENTES DE CURA SEMPRE NASCEM


Parece milagre,
mas as sementes de cura
começam a florescer nos mesmos jardins
onde parecia que nenhuma outra flor brotaria.
A alma é sábia:
 Enquanto achamos que só existe dor, ela trabalha, em silêncio, para tecer o momento novo. E ele chega.

Fonte: Ana Jácomo

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

A VORACIDADE DA MENTE


O reino da consciência é muito mais vasto do que aquilo que o pensamento é capaz de abranger. Quando você deixa de acreditar em tudo o que pensa, você sai do pensamento e vê claramente que quem está pensando não é quem você é essencialmente.

A mente funciona com “voracidade” e por isso está sempre querendo mais. Quando você se identifica com a sua mente, fica facilmente entediado e ansioso. O tédio demonstra que a mente deseja avidamente mais estímulo, mais o que pensar, e que essa fome não está sendo saciada. Quando você fica entediado, pode querer satisfazer a fome da mente lendo uma revista, dando um telefonema, assistindo à tevê, navegando na Internet, fazendo compras ou – o que é bem comum – transferindo a sensação mental de carência e sua necessidade de quero mais para o corpo e se satisfazendo temporariamente comendo mais. A alternativa é aceitar o tédio e a ansiedade e observar como é sentir-se entediado e ansioso. A medida que você se dá conta dessa sensação, surge de repente um espaço e uma calma em volta dela.

Primeiro é um pequeno espaço interno, mas, à medida que esse espaço aumenta, o tédio começa a diminuir de intensidade e de significado. Dessa forma, até o tédio pode ensinar quem você é e quem não é. Você descobre que não é uma “pessoa entediada”. O tédio é simplesmente um movimento de energia condicionada dentro de você. Da mesma forma, você não é uma pessoa irritada, rancorosa, triste ou medrosa. O tédio, a raiva, a tristeza e o medo não são “seus”, não fazem parte da sua pessoa. Eles são estados da mente humana. E, por isso, vão e voltam. Nada daquilo que vai e volta é você. “Estou entediado.” Quem sabe disso? “Estou irritado, triste, com medo.” Quem sabe disso? Você é a pessoa que sabe disso. Você não é seus sentimentos.

Qualquer tipo de preconceito mostra que você está identificado com a mente pensante. Mostra que você não está vendo o outro ser humano, está vendo apenas seu conceito sobre aquele ser humano. Reduzir alguém a um conceito já é uma forma de violência. O pensamento que não tem raízes na consciência passa a servir apenas aos interesses daquele que pensa e deixa de ter função. A inteligência desprovida de sabedoria torna-se muito perigosa e destrutiva. E nesse estado que se encontra a maior parte da humanidade.

O predomínio do pensamento na ciência e na tecnologia – embora intrinsecamente não seja um fato ruim nem bom – tornou-se algo destrutivo, porque frequentemente esse pensamento não está enraizado na consciência. O próximo passo na evolução humana é transcender o pensamento. Hoje é a nossa tarefa mais premente. Isso não significa que não devemos mais pensar, mas simplesmente que não devemos nos identificar com o pensamento nem ser dominados por ele.

Existe uma energia vital que você pode sentir em todo o seu Ser, em cada célula do seu corpo, independentemente dos seus pensamentos. Nesse estado de consciência, se você precisar usar a mente para algum fim prático, ela estará presente.

E a mente funciona muito bem quando a inteligência maior que é você se expressa através dela. Talvez você não tenha se dado conta, mas aqueles breves períodos em que fica “consciente sem pensar” já estão ocorrendo natural e espontaneamente em sua vida.

Você pode estar fazendo algum trabalho manual, andando pela casa, aguardando o embarque num aeroporto e estar tão presente que a estática habitual do pensamento se interrompe e é substituída por um estado de alerta. Ou você pode estar olhando o céu ou ouvindo alguém falar, sem fazer qualquer comentário mental. Suas percepções se tornam transparentes como cristal, sem qualquer pensamento para toldá-las.

domingo, 25 de agosto de 2013

COMO VIVER UM GRANDE AMOR - Anna Sharp


Para se viver e manter um grande amor é preciso usar três qualidades, normalmente esquecidas quando se trata de relacionamentos: atenção, para usar a compreensão no lugar do julgamento; esforço, em controlar as reações automatizadas que nos fazem disputar a razão; e finalmente responsabilidade, sobre nossos erros, escolhas e consequências decorrentes. 


Qualquer tipo de relacionamento envolve uma troca de interesses. E quando começamos uma relação, existe sempre uma segunda intenção por trás de todos os pequenos gestos aparentemente inocentes: o homem querendo chegar até a cama e a mulher ao altar. Nesse momento usamos de todos os recursos para a sedução e contamos com a nossa química orgânica fabricando hormônios para nos auxiliar. Para que esta relação possa se aprofundar, é preciso estar consciente do estado quase permanente de ''carência'' em que vivemos: existe em nosso interior uma criança esfomeada de amor e aceitação, procurando desesperadamente ser saciada. 
A tendência natural é buscar no companheiro(a) a completude, e é preciso muita atenção para não cair na tentação de colocar na correspondência do outro, a avaliação de nós mesmos, ou seja, entregar a chave do poder sobre nossa felicidade: - Se ele me amar é porque sou ótima, e se ele não me amar, é porque sou horrível! 

Vivemos em um permanente estado de culpa, consciente ou inconsciente de não sermos verdadeiramente o que exigimos que o outro seja, ou de não correspondermos às expectativas dos outros nem as nossas. No íntimo, nos sentimos uma fraude e reagimos de duas maneiras: ou projetamos a culpa no outro, ou nos castigamos através de mil esquemas de ''auto-sabotagem''. Assim sendo, não nos sobra energia para aprendermos com nossos erros, e a responsabilidade sobre nossas escolhas fica esquecida. 

Também é preciso estar atento a outro grande inimigo da felicidade: o orgulho, um dos maiores responsáveis por nossos sofrimentos. Quando ele é tocado por palavras descuidadas a reação é imediata: revidamos imediatamente, provando ao atacante a sua inferioridade; ou nos sentimos menor, guardando cuidadosamente o ressentimento (re-sentindo várias vezes a mesma dor), nos envenenando com ele através do bloqueio da corrente energética do amor, esperando o momento da vingança. A competição destrutiva é a responsável por muitos amores abortados.  Nessas horas é recomendável se perguntar: - O que é mais importante pra mim: ter razão ou ser feliz? 

Muito se fala, desde as mais remotas civilizações, sobre o amor, mas historicamente sabe-se que muito poucos foram os atos condizentes com a palavra, seu significado, ou o sentimento a que se refere. A aceitação do diferente é a mais importante. 

A felicidade é construída pela valorização dos pequenos e simples instantes do cotidiano: a abelha não espera pelas orquídeas, nem pelas rosas para fabricar o seu mel; elas voam alegres ao encontro das pequenas flores do campo para adoçar a nossa vida...


sábado, 24 de agosto de 2013

REVERÊNCIA AO DESTINO


Falar é completamente fácil, quando se tem palavras em mente que expressem sua opinião.

Difícil é expressar por gestos e atitudes o que realmente queremos dizer, o quanto queremos dizer, antes que a pessoa se vá.

Fácil é julgar pessoas que estão sendo expostas pelas circunstâncias.
Difícil é encontrar e refletir sobre os seus erros, ou tentar fazer diferente algo que já fez muito errado.

Fácil é ser colega, fazer companhia a alguém, dizer o que ele deseja ouvir.
Difícil é ser amigo para todas as horas e dizer sempre a verdade quando for preciso.
E com confiança no que diz.

Fácil é analisar a situação alheia e poder aconselhar sobre esta situação.
Difícil é vivenciar esta situação e saber o que fazer ou ter coragem pra fazer.

Fácil é demonstrar raiva e impaciência quando algo o deixa irritado.
Difícil é expressar o seu amor a alguém que realmente te conhece, te respeita e te entende.
E é assim que perdemos pessoas especiais.

Fácil é mentir aos quatro ventos o que tentamos camuflar.
Difícil é mentir para o nosso coração.

Fácil é ver o que queremos enxergar.
Difícil é saber que nos iludimos com o que achávamos ter visto.
Admitir que nos deixamos levar, mais uma vez, isso é difícil.

Fácil é dizer "oi" ou "como vai?"
Difícil é dizer "adeus", principalmente quando somos culpados pela partida de alguém de nossas vidas...

Fácil é abraçar, apertar as mãos, beijar de olhos fechados.
Difícil é sentir a energia que é transmitida.
Aquela que toma conta do corpo como uma corrente elétrica quando tocamos a pessoa certa.

Fácil é querer ser amado.
Difícil é amar completamente só.
Amar de verdade, sem ter medo de viver, sem ter medo do depois. Amar e se entregar, e aprender a dar valor somente a quem te ama.

Fácil é ouvir a música que toca.
Difícil é ouvir a sua consciência, acenando o tempo todo, mostrando nossas escolhas erradas.

Fácil é ditar regras.
Difícil é seguí-las.
Ter a noção exata de nossas próprias vidas, ao invés de ter noção das vidas dos outros.

Fácil é perguntar o que deseja saber.
Difícil é estar preparado para escutar esta resposta ou querer entender a resposta.

Fácil é chorar ou sorrir quando der vontade.
Difícil é sorrir com vontade de chorar ou chorar de rir, de alegria.

Fácil é dar um beijo.
Difícil é entregar a alma, sinceramente, por inteiro.

Fácil é sair com várias pessoas ao longo da vida.
Difícil é entender que pouquíssimas delas vão te aceitar como você é e te fazer feliz por inteiro.

Fácil é ocupar um lugar na caderneta telefônica.
Difícil é ocupar o coração de alguém, saber que se é realmente amado.

Fácil é sonhar todas as noites.
Difícil é lutar por um sonho.

Eterno, é tudo aquilo que dura uma fração de segundo, mas com tamanha intensidade, que se petrifica, e nenhuma força jamais o resgata.

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

PLEXO SOLAR - PORTA PELA QUAL A LUZ DO SOL PENETRA EM NÓS


"Todas manhãs, ao alvor do dia, o sol projeta no espaço uma profusão de palhetas de ouro; e nós podemos encher com essas palhetas de ouro o nosso espírito, a nossa alma, o nosso intelecto, o nosso coração e também o nosso corpo físico. Todo o nosso organismo pode beneficiar desse ouro, desde o sistema nervoso até aos pés.

Existem diferentes espécies de luzes. Aquela de que o nosso sistema nervoso e todo o nosso organismo mais têm necessidade é a luz do sol antes de ele nascer. É a luz mais subtil, a mais espiritual, e ela age sobre os nossos corpos psíquicos. Por isso, se soubermos como olhar o sol, abre-se uma porta no nosso plexo solar e começamos a beber a luz. É como um reservatório que se enche de uma quintessência preciosa. Quando o reservatório transborda, o que se sente é unicamente a necessidade de distribuir esse elixir a todas as criaturas vivas, e não há maior alegria do que dar aquilo que se recebeu do sol."



quinta-feira, 22 de agosto de 2013

O QUANTO VOCÊ SE CRITÍCA?


O quanto você se critíca?
O quanto você se sente animado depois?
Pare de procurar o erro em você.
Não existe possibilidade de crescimento com as críticas, engana-se quem pensa que elas levam a motivação para mudar, pelo contrário, elas lhes tiram toda sua energia, alegria e criatividade.
Inimiga da intuição e da persistência.
Reduza suas críticas , aumente sua aceitação.
Quando os nãos da vida chegarem, caia 7 e levante 8.
O amor por sí mesmo é a fonte do resgate. 
Não abandone você, não se afaste.
Quanto mais gentil, mais energia terá para a superação.
Afinal, no final é você com você.
Seja um bom parceiro!

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

83 CONSELHOS DO MESTRE GURDJIEFF


Gurdjieff, um dos grandes  Mestres do Autoconhecimento e dos Caminhos Iniciáticos Ocidentais, deixou à sua filha uma lista de 83  conselhos.
O interessante é que cada um deles parece ter vida própria e exige  muita atenção:
    Fixe sua atenção em você mesmo. Seja consciente e presente em cada   instante do que você pensa, sente, deseja e faz.
    Termine sempre o que você começou. 
    Faça o melhor possível, aquilo que você está fazendo. 
    Não   se prenda a nada que, com o tempo, te destrua.
    Desenvolva a sua generosidade sem testemunhas. 
    Trate cada pessoa como se fosse um parente próximo e querido. 
    Organize o que você desorganizou. 
    Aprenda a receber e a doar, agradeça cada dom que possui. 
    Pare de se auto definir. Liberte-se.
    Não   minta nem roube, pois estará mentindo e roubando a você mesmo. 
    Ajude às pessoas, mas sem fazê-las dependentes de você . 
    Não   deseje ser imitado. Aceite e aprenda com as pessoas diferentes de você .
    Faça planos de trabalho e cumpra-os observando opções pelo caminho. 
    Não   ocupe muito espaço.
    Não   faça ruídos nem gestos desnecessários.
    Se   você não tem fé, procure obtê-la.
    Não se deixe impressionar ou fascinar por personalidades fortes.
    Não se aproprie de nada nem de ninguém.
    Reparta equitativamente.
    Não   seduza.
    Coma e durma o estritamente necessário. 
    Não fale dos seus problemas pessoais.
    Não julgue nem critique quando você não conheçer a maior parte dos fatos. 
    Não  estabeleça amizades inúteis.
    Não  siga modismos.
    Não se venda, não traia seus princípios
    Respeite os contratos e compromissos.
    Seja pontual. Respeito o tempo alheio.
    Não   inveje os bens ou os êxitos do seu próximo.
    Fale só o necessário.
    Não   pense nos benefícios que virão da sua obra.
    Nunca ameace.
    Cumpra suas promessas.
    Em   uma discussão, coloque-se no lugar do outro.
    Admita que alguém te pode superar. 
    Não   elimine... Transforme.
    Vença seus medos, cada um deles é um desejo que se   camufla.
    Ajude o outro a ajudar-se a si mesmo. 
    Vença suas antipatias e aproxime-se das pessoas que você   quer rejeitar.
    Não   reaja ao que digam de bom ou mau sobre vc.
    Transforme seu orgulho em dignidade. 
    Transforme sua cólera em criatividade. 
    Transforme sua avareza em generosidade e respeito pela beleza. 
    Transforme sua inveja em admiração e respeito pelos talentos do   outro.
    Transforme seu ódio em compaixão e caridade. 
    Não   se vanglorie nem se insulte menosprezando a si mesmo.
    Trate o que não te pertence como se te pertencesse. 
    Não   se queixe nem reclame.
    Desenvolva a sua imaginação e criatividade. 
    Não   dê ordens só pelo prazer de ser obedecido.
    Pague pelos serviços que te prestam. 
    Não   faça propaganda de suas obras ou idéias.
   Não tente despertar, nos outros em relação a você, emoções como piedade, admiração, simpatia, cumplicidade.
    Não   tente chamar a atenção pela sua aparência.
    Nunca contradiga, apenas cale-se. 
    Não contraia dívidas. Compre e pague em seguida.
    Se você ofender alguém, peça perdão.
    Se você ofender alguém publicamente, peça perdão publicamente também. 
    Se você perceber que falou algo errado, admita a falha, e não insista no erro por orgulho
   Não defenda suas idéias se se tornaram antigas só pelo fato de ter sido você quem as enunciou. 
    Não colecione objetos inúteis.
    Não se aproprie das idéias alheias.
    Não tire fotos com personagens famosos para engrandecer-se..
    Não dê satisfação a ninguém, seja seu próprio juiz.
    Nunca se defina pelo que você possui. 
    Nunca fale de você sem conceder-se a possibilidade de   transformações.
    Aceite que nada é seu.
    Quando  perguntem sua opinião sobre algo ou alguém,  diga só suas qualidades.
    Quando você ficar doente, em lugar de odiar esse mal,  considere-o como seu mestre.
    Não olhe dissimuladamente, olhe firme e fixamente.
   Não esqueça seus mortos, mas dê a eles um lugar limitado que lhes impeça de invadir a   sua vida.
    No lugar onde você mora, consagre sempre um espaço para o sagrado. 
    Quando você realizar um serviço, não ressalte seus   esforços.
    Se você decidir trabalhar para os outros, faça-o com prazer. 
    Se você tem dúvida entre fazer ou não fazer, tenha coragem, arrisque-se e faça. 
   Não   trate de ser tudo para o seu companheiro,(a); aceite confiante que ele(a) busque nos amigos e livros o que você   não pode dar-lhe.
    Quando alguém tenha seu público, não tente   contradizê-lo e roubar-lhe a audiência.
    Viva de um dinheiro ganho por você mesmo. 
    Não se vanglorie por ter aventuras amorosas.
    Não se vanglorie das suas fraquezas nem das conquistas.
    Nunca visite alguém só para preencher o seu tempo. 
    Obtenha coisas para poder repartir.
  Se você está meditando e uma pessoa ou espírito terrível se aproxima, coloque-o para meditar também.

    Nós temos o caminho, devemos ter a perseverança e coragem de segui-lo..

Fonte: recebido por e-mail de  Sonia Muller 

terça-feira, 20 de agosto de 2013

OLHOS ABERTOS, CORAÇÃO ABERTO

Enquanto o chamado para a quietude continua, somos levados a lembrar que quietude não é igual a fuga, e que é importante reconhecermos quando escorregamos da primeira para a segunda. Um coração verdadeiramente quieto, silencioso, pode conter tudo o que existe, tanto a sombra quanto a luz, a dor e o prazer, o amor e o ódio. A dualidade da consciência do dia-a-dia pode ser amorosamente mantida dentro de um coração silente e reconhecida pelo que é. Mas quando escapamos da quietude e escorregamos para a fuga, fica mais difícil encarar a verdade: a intensidade e poder de nossas emoções, as dores do mundo, a quantidade de vidas destruídas, incluindo as nossas próprias às vezes… estas coisas são mais difíceis de suportar quando estamos na fuga, pois não podemos abrir suficientemente nossos corações para permitir que elas entrem.

Muitas vezes a vida está longe de ser uma tigela de cerejas e às vezes corremos o risco de nos retirarmos para a fuga disfarçada de quietude ou para a negação disfarçada de positividade. É necessária uma percepção aguçada para reconhecermos se fazemos isso e quando o fazemos, e também para sabermos o que provoca essa mudança. Pode ser algum medo que não conseguimos enfrentar e então nos afastamos para a segurança do não-envolvimento. Ou talvez seja o desconforto com a raiva, que nos faz sorrir um falso sorriso e dizer “está tudo bem… o que for será”. Dizemos a nós mesmos que um pensamento positivo será o suficiente para superarmos uma vida inteira de ressentimentos, ou que uma mudança de foco fará com que nossos “demônios” desapareçam. Mas nada disso vem da quietude que, por sua própria natureza, é quieta, imóvel. Ela não requer nenhum movimento para mudar o que é. Tudo que ela faz é expandir-se ao redor da situação, incluí-la e segurá-la, pois só assim pode ter início qualquer mudança duradoura.

Isto não quer dizer que não podemos agir, porque, na verdade, podemos e geralmente devemos, de modo a transformar a nós mesmos, nossas vidas e os outros. Mas agir antes de permitir que a nossa quietude interior penetre tudo o que existe no momento, necessariamente reduz o poder das nossas ações. Se não conseguirmos sentir a profundidade total daquilo que desejamos curar, não conseguiremos curá-lo totalmente. Se não conseguirmos encarar a devastação que predomina em muitas vidas nos dias de hoje, não conseguiremos respeitar a enormidade da alquimia necessária para trazer vidas de volta ao equilíbrio. Tanto a enormidade dessa tarefa quanto o poço infindável de cura do qual todos nós podemos beber, são evidentes nos céus agora. Nenhum ato de cura é grande demais para um cosmos infinito que continua a se expandir, assim como nenhum sofrimento é maior do que um coração tranquilo pode suportar. O grau em que evitamos encarar os subprodutos da dualidade em nossas vidas reflete o grau em que estamos desconectados daquele coração silente dentro de nós. Se dermos as costas ao sofrimento também daremos as costas ao seu remédio. Não podemos cuidar de um ferimento que nos recusamos a enxergar.

O maior desafio da condição humana é reconhecer a profundidade do sofrimento no mundo, ao mesmo tempo em que olha através da sua natureza ilusória para enxergar a quietude que está além dele. Este é o desafio que se encontra diante de nós agora, pois ao olharmos para ele e depois através dele, podemos fazer muito mais do que olhando ao redor, ou simplesmente dando-lhe as costas. Um coração quieto é um coração aberto, com olhos abertos para enxergar, ouvidos abertos para ouvir e mãos para doar. E nessa própria abertura se encontra o caminho da cura e da inteireza, para você, para mim, para todos os seres vivos e para este lindo planeta em que vivemos e temos nossa existência.

Com amor para todos
Fonte: Sarah Varcas

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

COMO SE DESAPEGAR

O desapego é parte fundamental do processo de crescimento humano. De fato, sem o desapego, esse processo torna-se lento e pouco produtivo, pois está no desprendimento, a raiz para a experiência da felicidade e do amor incondicional. Sem o desapego, o sofrimento tem total liberdade de adentrar na vida das pessoas.


O apego surge naturalmente a partir do momento em que a mente cria uma imagem e, por conseguinte, um vínculo com uma pessoa ou um objeto. E esse vínculo traz segurança para a pessoa, uma vez que está baseado numa imagem preestabelecida. Todavia tal criação é puramente mental e fundamentada a princípio na falta de autoconhecimento.

Deste modo, mesmo que você agora já esteja desperto e já tenha avançado muito em seu desenvolvimento pessoal, ainda assim passou a maior parte de sua vida criando imagens a respeito de tudo; portanto criando vínculos ou preconceitos. Logo, no ponto em que se encontra, ainda há muito a ser revisto a respeito do mundo e das pessoas ao redor.

Quando o apego surge, temos então o sofrimento, pois nos identificamos com tudo, positiva ou negativamente. E quando algo abala a imagem que criamos, então experimentamos o sofrimento e seus desdobramentos como ódio, tristeza, ojeriza, depressão, saudosismo, etc.

Eis então o porquê da importancia de aprender a permanecer sempre no presente. Pois todas as imagens são baseadas em lembranças ou em imaginação. Quando estamos no agora, as imagens são apenas reflexos de outras linhas de percepção temporal, todavia podem ser encaradas de outra maneira, levando-nos a desconstruir todos os nossos conceitos a respeito de algo.

O estado de pura consciência consiste em acordar todas as manhãs como se fosse o primeiro dia de nossas vidas. Pois isso leva a ver e a observar as coisas sem preconceitos ou imagens, vendo-as como são e não como achamos que são. Esse estado de pura consciência é parecido com o que as crianças de colo experimentam. E a diferença é que o nosso intelecto já está desenvolvido. Assim sendo, temos consciência de que temos consciência.

Portanto a criança observa o mundo de maneira desprendida, vendo tudo como algo novo e de ramificações incríveis. Tudo é novidade, portanto tudo é observado com bastante interesse. Esse estado precisa ser readquirido na fase adulta. Porém devido às influências da sociedade, das religiões e dos pais, nossos egos ganham força e perdemos a simplicidade da observação.

Deste modo, o primeiro passo para o desapego é destruir todas as imagens que se cria a respeito de algo ou alguém. Logo, se você vê seu conjuge como sua fortaleza, destrua-a agora! Veja seu companheiro como se fosse a primeira vez, sem julgamentos, sem imagens, sem preconceitos, sem tentar compreender de maneira intelectual a outra pessoa. Apenas observe e aproveite o momento.

Da mesma forma, não veja mais o seu filho como algo pertencente a você. Ele é livre e precisa expressar essa liberdade. E se ele já está crescido, apague todas as imagens de quando ele era criança, do contrário você continuará vinculado a uma imagem que já não mais corresponde ao que se apresenta no agora.

Na verdade, nenhuma imagem que criamos corresponde à verdade. Todas elas são apenas projeções pessoais que acabamos encarando como algo alheio a nós. É preciso que as pessoas aprendam a ver as coisas de maneira pura, sem véus e sem filtros.

Quando observamos as coisas sem a criação de imagens, não apenas o desapego surge, como também a primeira fagulha de um amor verdadeiro, mais profundo, pois começamos a ver as outras pessoas como elas são por detrás de todas as máscaras, de todos os condicionamentos, inclusive dos nossos próprios.

E essa nudez é o que realmente nos aproxima uns dos outros. É a partir dela que começamos a realmente nos tornar apenas um.

Fonte: por Marcos Keld - autor do livro Potencialidade Pura   http://mutamos.blogspot.com.br/2011/07/como-se-desapegar.html

domingo, 18 de agosto de 2013

EXISTE UM LUGAR ESPECIAL ...

Existe um lugar especial

Nele há sementes
Há flores
E sol...

Nesse lugar......
Podemos colher muitas coisas
... E são coisas tão preciosas
Que não podem ser desperdiçadas

E para que haja uma boa colheita
É preciso cuidar bem desse lugar
Regando todos os dias com
Ingredientes indispensáveis
Esperança, Fé e muito Amor

Esse lugar
É o nosso interior
Onde tudo é semeado
E pode florir a cada nova manhã.

Não perca jamais a esperança
Tenha fé em você mesmo
Ame-se!

sábado, 17 de agosto de 2013

MELATONINA - O SUPER HORMÔNIO

Recentes estudos provam que a melatonina faz muito mais do que ajudar a dormir. Entre outros benefícios, ela auxilia no emagrecimento, combate a diabetes, controla a enxaqueca e protege contra os danos do mal de Alzheimer


Uma substância fabricada naturalmente pelo organismo está despontando das pesquisas científicas como uma espécie de super-remédio. De acordo com estudos realizados em todo o mundo, a melatonina, hormônio responsável pela indução ao sono, é eficaz contra uma ampla gama de enfermidades. Só para se ter uma ideia, ela ajuda a emagrecer, protege contra os danos causados pelo acidente vascular cerebral, auxilia no controle da hipertensão e da diabetes e reduz as crises de enxaqueca. Um dos últimos benefícios descobertos foi o de diminuir a queda de cabelo provocada por causas genéticas, a alopécia androgenética, conhecida como calvície masculina.
Ainda não se sabe ao certo quais são os mecanismos que levam a esse espectro tão grande de atuação. O que se descobriu recentemente e que ajuda a entender parte desse fenômeno foi que existem receptores sensíveis à ação do hormônio em todo o organismo. Produzida pela glândula pineal – localizada no cérebro – na ausência da luz, até pouco tempo acreditava-se que a substância agisse basicamente sobre os centros cerebrais envolvidos no controle do relógio biológico, estimulando o sono. Por essa razão, suas indicações mais conhecidas eram contra a insônia e outros distúrbios associados ao sono, como o jet lag.
HERANÇA
Regina constatou que o hormônio passa
de mãe para filho pelo leite materno
A descoberta de suas outras funções foi gradativa. Hoje, uma das áreas nas quais é possível encontrar conhecimento mais sólido a esse respeito é a do câncer. A relação entre a melatonina e a doença começou a ser mais investigada quando surgiram indicações de uma associação entre o risco aumentado para a enfermidade e o trabalho noturno. A última delas foi divulgada há poucas semanas na edição online do “British Medical Journal”, uma das mais importantes publicações científicas do mundo. Realizado no Queen’s University, no Canadá, um levantamento mostrou que mulheres que trabalharam em turnos noturnos por mais de 30 anos apresentaram duas vezes mais chances de desenvolver tumor de mama. Outra, divulgada no “American Journal of Epidemiology”, indicou a associação entre homens trabalhadores noturnos a risco elevado para câncer de próstata, pulmão, bexiga, reto, pâncreas e linfoma não Hodgkin. Os resultados levantaram a hipótese de que a ligação entre as duas coisas – trabalho noturno e câncer – fosse a baixa produção de melatonina. “A exposição à luz, mesmo à noite, pode induzir a um desequilíbrio na regulação biológica que propicia o desenvolvimento de tumores”, disse à ISTOÉ a cientista Marie-Élise Parent, que comandou o estudo com os homens.
'' O POTENCIAL TERAPÊUTICO
DA MELATONINA 
É MUITO GRANDE ''
Sergio Klepacz, psiquiatra e psicofarmacologista de São Paulo
Outros experimentos avançaram na elucidação da questão. Apontaram que de fato o hormônio impede o crescimento das células tumorais, e por caminhos diversos. “Ele protege o material genético das células”, afirmou à ISTOÉ Antonio Soriano, da Universidade de Granada, na Espanha, autor de uma revisão recente sobre o tema. Entre outras ações, a melatonina impede que as células sofram com o estresse oxidativo – processo que danifica o DNA – e ajuda a interromper a formação de novos vasos sanguíneos destinados a alimentar o tumor. 
Mecanismos como esses contribuem para explicar, por exemplo, o resultado obtido pelos pesquisadores da Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto (SP) em relação aos efeitos do composto sobre o câncer de mama. Em animais, a substância reduziu pela metade a forma mais comum da doença. Além disso, o hormônio atenua efeitos colaterais da quimioterapia. Na Universidade de Granada, os cientistas criaram um gel à base de melatonina para proteger as mucosas do aparelho gastrointestinal da inflamação decorrente do uso de quimioterápicos.
Sua ação sobre doenças neurológicas e psiquiátricas também parece expressiva. O neurologista Mario Peres, da Universidade Federal de São Paulo, concluiu um trabalho no qual ficou demonstrada sua eficácia contra a enxaqueca. O médico comparou por dois anos a eficiência e a tolerabilidade da suplementação de melatonina ao uso da amitriptilina, antidepressivo receitado para prevenção das crises, e ao placebo. Participaram 196 pessoas, com dois a oito episódios de crises por mês. O médico observou redução de 2,7 pontos no uso de analgésicos e na frequência e na intensidade das crises entre os que usaram melatonina; de 2,1 entre os que tomaram amitriptilina; e de 1,1 nos que usaram placebo. “E ela não causou sonolência diurna, ganho de peso, boca seca e outros efeitos observados com o antidepressivo”, explica Peres.
Dos EUA vieram informações sobre efeitos de proteção aos neurônios, algo importante, por exemplo, para impedir mais danos após acidentes vasculares cerebrais. Uma pesquisa da Universidade do Sul da Flórida revelou de que maneira a substância ajuda nessa tarefa. Uma de suas ações é estimular que células-tronco se especializem em neurônios, auxiliando, indiretamente, a repovoar áreas nas quais houve morte neuronal. “A melatonina protege contra danos cerebrais e déficits de comportamento resultantes do acidente vascular cerebral. Por esses motivos, vislumbramos seu uso clínico contra o problema”, disse à ISTOÉ Cesario Borlongan, coordenador do trabalho. Benefícios semelhantes foram observados contra o mal de Alzheimer. Pesquisa da Universidade de Barcelona, feita em cobaias, mostrou que uma dose diária do hormônio, combinada a exercício físico, retardou a progressão da enfermidade. “Os resultados foram extraordinários. O hormônio aumenta a capacidade de o neurônio se defender de danos”, disse à ISTOÉ o fisiologista Dario Acuña Castroviejo, líder do estudo. “Como sua produção natural costuma cair depois dos 40 anos, recomendo a suplementação a partir dessa idade.”
SEM DOR
Pesquisa do neurologista Peres mostrou que a melatonina
diminui a frequência e a intensidade das crises de enxaqueca
Na Itália, há pesquisas em curso a respeito do papel do hormônio sobre a depressão. Sabe-se que, na presença da doença, o ritmo circadiano, mediado pela substância, encontra-se alterado. Um novo tipo de antidepressivo – a agomelatina – entrou no mercado com o objetivo de atuar sobre a melatonina e ajudar a regular o relógio biológico. No Instituto Nacional de Saúde italiano, cientistas buscam entender como o remédio atua. “Há interações que o tornam eficiente. E acredito que os suplementos de melatonina devem ser usados com os antidepressivos, para melhorar a qualidade do sono dos pacientes”, ponderou à ISTOÉ Domenico De Berardis, coordenador do trabalho.
Por se tratar de um hormônio envolvido em operações básicas do organismo, a melatonina também tem ação sobre o metabolismo – propriedade que a torna eficaz para a perda de peso, segundo várias pesquisas. Uma delas foi feita na Universidade de Granada, com animais, e revelou perdas consideráveis entre as cobaias submetidas à suplementação. “O resultado dá suporte à proposta da administração do hormônio para tratar o excesso de peso em humanos”, escreveram os pesquisadores.
Seus colegas italianos identificaram mecanismos pelos quais ocorre o emagrecimento. Segundo experimento da Università Politecnica delle Marche, entre outros efeitos, o hormônio reduz a ingestão de comida porque estimula a atividade de moléculas envolvidas na supressão do apetite. Além disso, outro trabalho, feito também na Itália, demonstrou que a melatonina auxilia no controle da compulsão por comer à noite. Experiência feita com um paciente tratado com a medicação agomelatina terminou com uma perda de 5,5 quilos após três meses de uso. Os desdobramentos desse tipo de estudo ajudarão a entender, por exemplo, por que os obesos têm menos melatonina do que as pessoas com peso normal.
No Brasil, o endocrinologista Bruno Halpern, coordenador da Liga de Diabetes do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo (USP), está concluindo um projeto de pesquisa para investigar como se dá a ação do hormônio sobre a gordura marrom, chamada de gordura que emagrece. Ela se deposita na região do pescoço, abaixo da clavícula e ao longo da espinha e tem como função gerar calor, o que é feito a partir da queima de calorias armazenadas – é por essa razão que leva à perda de peso. “O estudo será feito com pessoas que produzem pouca melatonina. A ideia é comprovar a menor ativação do tecido marrom nessas condições”, diz o médico. Entre os indivíduos com produção reduzida da substância estão aqueles expostos a mais luz à noite.
Já no Instituto de Ciências Biomédicas da USP, os estudos pretendem elucidar como a melatonina influencia o metabolismo energético e repercute na manifestação da diabetes. “Ela potencializa a ação da insulina”, diz o pesquisador José Cipolla. A insulina é o hormônio que possibilita a entrada, nas células, da glicose circulante na corrente sanguínea. Quando sua produção é baixa ou sua atuação é prejudicada, acumula-se açúcar no sangue, caracterizando a diabetes. “A redução da melatonina intensifica o quadro diabético”, completa o cientista brasileiro. Estudo da Universidade de Harvard (EUA), confirma a relação. Foram selecionadas 370 mulheres com diabetes tipo 2 e outras 370 saudáveis. Nas portadoras da enfermidade, os níveis do hormônio eram significativamente menores.
Motivados por evidências como essas, pesquisadores de cinco laboratórios internacionais criaram a rede MELABETES. Uma das metas é aprofundar as investigações, principalmente sobre o que leva alguns pacientes diabéticos a apresentarem menor concentração de melatonina. “Podemos ajudar essas pessoas dando a elas suplementos do hormônio”, explicou à ISTOÉ Ralf Jockers, da Université Paris Descartes, na França, organizador da iniciativa. “Mas isso deve ser feito em conjunto com o médico.”
No laboratório comandado pela pesquisadora Regina Markus, na USP, descreveu-se que a melatonina pode ser um dos motivos dos benefícios da amamentação. “Encontrei uma maneira de medir sua concentração no leite materno. Descobrimos que uma das principais razões da importância do aleitamento materno é que, por meio dele, a melatonina passa de mãe para filho”, diz Regina.
No Brasil, o hormônio não possui registro de comercialização na Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Mas não é proibido, o paciente pode importá-lo. No entanto, os cientistas defendem sua maior disponibilidade por aqui. “Temos todas as evidências para que ela seja utilizada e vendida no País”, diz Regina Markus. “Ela deveria ser comercializada ao menos como remédio”, diz Mario Peres. “É necessário que seja suplementada no idoso, já que sua produção diminui com a idade”, diz José Cipolla.
ACESSO
O cientista Cipolla defende que seja feita uma
suplementação para as pessoas mais velhas

Por enquanto, não é o que pensa o Conselho Federal de Medicina. A entidade faz uma restrição ao seu uso como recurso antienvelhecimento. Publicou uma resolução na qual determina que “são vedados no exercício da medicina” alguns recursos antienvelhecimento usados “com a finalidade de triagem, diagnóstico ou acompanhamento de doenças relacionadas ao envelhecimento”. Entre eles está a melatonina. O médico que desobedecer a norma pode ser advertido ou até perder o registro profissional. “Não há evidência científica do efeito antienvelhecimento da melatonina. Os estudos são experimentais”, diz Rubens França, membro do CFM.
Na opinião de médicos atualizados, que acompanham de perto os avanços sobre o tema, isso não é verdade. “É o momento de se repensar o potencial terapêutico da melatonina. Ele é muito grande. É hora de reabilitá-la no arsenal de tratamento”, afirma o psiquiatra e psicofarmacologista Sergio Klepacz, de São Paulo, autor do livro Equilíbrio Hormonal e Qualidade de Vida. Na Europa e nos EUA, esse poder já foi reconhecido há algum tempo. No continente europeu, o hormônio é vendido como remédio e, nos Estados Unidos, como suplemento alimentar.
Fotos: Kelsen Fernandes; Gabriel Chiarastelli; PEDRO DIAS/Ag. Istoé; Anderson Christian; Masao Goto Filho /Ag. IstoÉ; Rafael Hupsel/Agência Istoé